PAULO VANZOLINI: A BELEZA DA BOEMIA EM PROSA E VERSO (terceira parte) Mentore Conti Mtb 0080415 SP colaboração especial José Petruccelli  // foto: internet/dominio publico Jaboticabal, 20 de julho de 2020 (editado in 8/agosto/23) Era 1959, depois da eleição, por intermédio de José Bonifácio Nogueira, que fora o tesoureiro da campanha do  Carvalho Pinto. Nogueira, foi Secretário da Agricultura do Governo de São Paulo e Vanzolini, que era muito próximo à Nogueira se tornou assessor cientifico da secretaria Vanzolini atuando na secretaria, deu a ideia inicial e ajudou a montar a FAPESP, já que era biólogo é pesquisador. Vanzolini disse em entrevista que a Constituição Paulista de 1947, previa a Fundação, mas que ninguém tinha tirado a ideia de tirá-la do papel e, ele sugeriu que se fizesse este trabalho. Em uma entrevista no Roda Viva disse que eu trabalho com os índios (questão que conheceu em suas viagens no Amazonas para suas pesquisas) é complicado e dependendo de como se faz, você pode criar um zoológico de humanos. Paulo Vanzolini na biologia, trabalhou ainda com a ideia de recuo, que a ideia pela qual em época de estiagem por um longo período (milhões de anos), a mata se retrai formando várias “ilhas” de mata numa floresta, onde em cada local, aparecem espécies diferentes. Paulo Vanzolini em relação ao período militar de 64 a 85, disse que uma vez foi chamado pelo General Golbery por que suas pesquisas eram escritas em inglês, o que poderia ser tido como perigoso, já que muitos oficiais, não falavam inglês, ao que ele respondeu que quem não lesse em inglês, não leria trabalho nenhum no mundo inteiro. Também durante esse período ele, quando percebia que estava sendo censurado, ouvido por um censor, ou espião ao telefone antes de começar a falar, ele dava um bom dia ao censor  Vanzolini faleceu aos 89 anos, era um 28 de abril, era domingo e o compositor cantor e cientista morria acometido de pneumonia. (continua depois do vídeo) Em 2010, 47 dos seus artigos científicos (ele escreveu mais de mais de 150) foram reunidos em um livro. A edição levou o nome de “Evolução ao Nível de Espécie: Répteis da América do Sul”, organizado por Andrea Bartorelli, Murilo de Andrade Lima Lisboa, Virginio Mantesso-Neto e Dione Seripierri,  a edição teve o apoio da FAPESP, que Vanzolini ajudou a criar. A FAPESP também tinha financiado os 11 mil quilometros de viagem na Amazônia, para que ele coletasse espécies de repteis, principalmente lagartos, que fizeram parte do acervo do museu de zoologia da USP que ele dirigiu por 31 anos, considerada a coleção, uma das melhores do mundo. (continua depois do vídeo) Os trabalhos de Paulo Vanzolini ajudaram a mudar a orientação da zoologia brasileira que até o começo do século 20 era dedicada principalmente a descrição pontual e isolada de animais. Essa reorientação passa a buscar os mecanismos de especiação dentro da perspectiva evolutiva reunindo conhecimento geomorfológico e biológicos, avaliando os bichos em função das paisagens e de habitats provocados por variações climáticas, durante os milhões de anos, que favorecem o aparecimento de espécies diferentes (como dissemos antes). Apesar da importância do trabalho cientifico de Vanzolini, são as músicas compostas por ele que marcam a alma do nosso povo, principalmente dos apaixonados e as vezes desiludidos, que buscam na boemia a alegria nos fins de noite de um final de semana.

Carmen Costa e Paulo Marques músicas: 00:00 01 Mulher Que Não Dá Samba 02:12 02 Falta de Mim 05:30 03 Inveja 08:21 04 Ronda 12:17 05 Samba Abstrato 14:49 06 Sorrisos 16:48 07 Teima Quem Quer 20:40 08 Maria Que Ninguém Queria 24:12 09 Menina O Que Foi O Baque 26:38 10 Cara Limpa 28:55 11 Mulher Toma Juízo 30:53 12 Choro das Mulatas

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A música de Paulo Vanzolini:

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