Cronica e arte
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FOTOGRAFO DE RIBEIRÃO PRETO CRIA EXPOSIÇÃO
MULHERES FORTES, ABERTA AO PUBLICO ATÉ O
PRÓXIMO DIA 29.
O trabalho está na Biblioteca Sinhá Junqueira e traz
fotografias de mulheres negras em várias profissões de
destaque
Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto Claudinho Spinola
(correspondente de Ribeirão Preto)
Jaboticabal, 6 de dezembro de 2020
A exposição Mulheres
Fortes do Fotógrafo
Victor Hugo
Guimarães, ficará
aberta ao público até
o próximo dia 29 na
Biblioteca Sinhá
Junqueira em
Ribeirão Preto. A
mostra teve início no
dia 1 e expõe fotografias de mulheres negras que se
destacaram como médicas, advogadas, professoras,
juíza, dentistas e em outras atividades com diploma
Acadêmico.
São setenta mulheres fotografadas que se destacaram
superando as dificuldades, que encontravam
principalmente por causa da cor da pele. O trabalho é de
Vitor Hugo Guimarães jornalista e fotógrafo há muitos
anos na cidade.
A exposição fica aberta de terça a sexta-feira, das 10 h
às 18 h, e aos sábados, das 9 h às 17 h na Biblioteca
Sinhá Junqueira na Rua Duque de Caxias, 547 no centro
de Ribeirão Preto, ao lado da praça XV.
Segundo Vitor Hugo Guimarães, a exposição é para
trazer luz, mostrar como as mulheres negras, também
ocupam papel de destaque em sociedade.
As pessoas não estão acostumadas a ver o negro de uma
maneira diferente, na sociedade contemporânea,
geralmente o negro é visto como um serviçal.
Vitor Hugo disse que a ideia da exposição é demonstrar
que estas mulheres podem transformar a vida delas
através da educação.
Vitor Hugo é fotografo
há dez anos e é
formado em
jornalismo na UNAERP
e segundo ele o
verdadeiro
empoderamento não
se dá através do uso
do cabelão, roupas
afro, brinco etc., mas sim por meio da educação.
O site Crônica e Arte, colocou para Vitor Hugo, algumas
questões sobre preconceito e uma delas, foi a moda ou
quase moda, de pessoas negras postarem em suas redes
sociais (facebook inclusive) fotos, com a pele clareada
pelo Photoshop e se isto era um reflexo do preconceito,
um medo do preconceito.
Vitor Hugo nesta questão disse que muitas pessoas
gostam de brincar com estes aplicativos e ele não tem
certeza se esta “moda” é um reflexo do preconceito, já
que muitas pessoas que não são negras, usam
aplicativos para brincar com suas imagens.
Muitas destas
pessoas, mesmo
quem não é negro,
usam estes filtros
para melhorar a foto,
disse Vitor Hugo.
Vitor Hugo disse que
é claro pode inclusive
ser para uma
aceitação social, ou
seja pode acontecer que, para que um homem negro ou
uma mulher negra ser aceita em certos círculos sociais,
se dá uma amenizada na aparência, na cor da sua pele
para aceitação social.
A exposição tem o objetivo de fazer uma reflexão, já que
a sociedade não está acostumada a ver estas mulheres
em grande estilo, como mestre em educação, médica,
dentista.
Durante a elaboração do trabalho Vitor Hugo recolheu
histórias sobre esta questão da sociedade não estar
acostumada a esta visão da mulher negra em grande
estilo.
Uma delas segundo Vitor Hugo é a de uma médica negra
que estava no SUS, dentro do seu consultório e um
paciente pedir para falar com o médico, dizer que estava
esperando o médico.
As vezes o paciente simples, não por preconceito, mas
por costume não está habituado a ver uma mulher negra
como medica, frisou Vitor Hugo.
Em um outro caso uma dentista negra dentro de seu
consultório, ouve o paciente falar que queria falar com a
dentista tomou um susto, ao saber que a dentista era
ela, negra. Depois da consulta ele, paciente diz: Olha
quase não tinha ficado para o tratamento porque ela era
negra.
É sim um racismo, ou só uma sociedade que não
consegue enxergar a mulher negra nestas posições,
pergunta Vitor Hugo fazendo uma reflexão.
Existem juízas negras, médicas negras, professoras
negras, dentistas negras, assistente social negra. Então
porque o susto? Quando se fala que a exposição é uma
forma de separatismo a pessoa tem que fazer uma
reflexão sobre isto, disse Vitor Hugo.
Esta exposição foi feita para reconhecer que estas
mulheres tem estas posição de destaque também, estas
mulheres como a Simone a Maris (que o Site Crônica e
Arte entrevistou também, ver abaixo) já estão aqui a
muito tempo.
Elas não vieram de
passagem, elas vieram
para ficar! Disse Vitor
Hugo.
Vitor Hugo ganhou
sua primeira máquina
fotográfica aos 14
anos, foi em presente
de sua mãe. Anos
depois quando foi
rever as fotos, na grande maioria delas, ele não estava,
porque ele gostava mesmo era de fotografar.
O encontro definitivo com a profissão, foi na faculdade de
jornalismo, “ali eu vi que queria ser fotografo mesmo”,
frisou Vitor Hugo.
Atualmente Vitor Hugo, vive de fotografia em eventos
em geral, casamentos, aniversários, e durante a
pandemia, quando os casamentos começaram a ser
cancelados, Vitor Hugo começou a trabalhar com este
projeto, que há
muito tempo estava
“engavetado”.
Ao começar a
fotografar para o
projeto, uma mulher
que era retratada,
informava de uma
outra mulher de
destaque, até que
ele, Vitor Hugo fotografou as 70 mulheres.
A exposição depois que sair da Biblioteca Sinhá
Junqueira, será feita na UNAERP e há projetos para ser
feita em cidades da região.
O site crônica e arte entrevistou duas das mulheres
retratadas na exposição Simone Motta, professora em
geografia e mestre em educação e Maris Ester de Sousa,
professora, escritora poeta e atualmente Presidente da
Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto.
O Site Crônica e Arte realiza uma entrevista e aproveita
para discutir alguns temas sobre o preconceito racial.
Não deixe de ler as entrevistas com Simone Motta,
professora em geografia e mestre em educação e Maris
Ester de Sousa, professora, poetisa e escritora na
segunda e terceira parte da materia, respectivamente