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Cronica e arte

CRONICA E ARTE  CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br  Rua São João, 869,  14882-010 Jaboticabal SP
FOTOGRAFO DE RIBEIRÃO PRETO CRIA EXPOSIÇÃO MULHERES FORTES, ABERTA AO PUBLICO ATÉ O PRÓXIMO DIA 29. O trabalho está na Biblioteca Sinhá Junqueira e traz fotografias de mulheres negras em várias profissões de destaque Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto Claudinho Spinola (correspondente de Ribeirão Preto) Jaboticabal, 6 de dezembro de 2020 A exposição Mulheres Fortes do Fotógrafo Victor Hugo Guimarães, ficará aberta ao público até o próximo dia 29 na Biblioteca Sinhá Junqueira em Ribeirão Preto. A mostra teve início no dia 1 e expõe fotografias de mulheres negras que se destacaram como médicas, advogadas, professoras, juíza, dentistas e em outras atividades com diploma Acadêmico. São setenta mulheres fotografadas que se destacaram superando as dificuldades, que encontravam principalmente por causa da cor da pele. O trabalho é de Vitor Hugo Guimarães jornalista e fotógrafo há muitos anos na cidade. A exposição fica aberta de terça a sexta-feira, das 10 h às 18 h, e aos sábados, das 9 h às 17 h na Biblioteca Sinhá Junqueira na Rua Duque de Caxias, 547 no centro de Ribeirão Preto, ao lado da praça XV. Segundo Vitor Hugo Guimarães, a exposição é para trazer luz, mostrar como as mulheres negras, também ocupam papel de destaque em sociedade. As pessoas não estão acostumadas a ver o negro de uma maneira diferente, na sociedade contemporânea, geralmente o negro é visto como um serviçal. Vitor Hugo disse que a ideia da exposição é demonstrar que estas mulheres podem transformar a vida delas através da educação. Vitor Hugo é fotografo há dez anos e é formado em jornalismo na UNAERP e segundo ele o verdadeiro empoderamento não se dá através do uso do cabelão, roupas afro, brinco etc., mas sim por meio da educação. O site Crônica e Arte, colocou para Vitor Hugo, algumas questões sobre preconceito e uma delas, foi a moda ou quase moda, de pessoas negras postarem em suas redes sociais (facebook inclusive) fotos, com a pele clareada pelo Photoshop e se isto era um reflexo do preconceito, um medo do preconceito. Vitor Hugo nesta questão disse que muitas pessoas gostam de brincar com estes aplicativos e ele não tem certeza se esta “moda” é um reflexo do preconceito, já que muitas pessoas que não são negras, usam aplicativos para brincar com suas imagens. Muitas destas pessoas, mesmo quem não é negro, usam estes filtros para melhorar a foto, disse Vitor Hugo. Vitor Hugo disse que é claro pode inclusive ser para uma aceitação social, ou seja pode acontecer que, para que um homem negro ou uma mulher negra ser aceita em certos círculos sociais, se dá uma amenizada na aparência, na cor da sua pele para aceitação social. A exposição tem o objetivo de fazer uma reflexão, já que a sociedade não está acostumada a ver estas mulheres em grande estilo, como mestre em educação, médica, dentista. Durante a elaboração do trabalho Vitor Hugo recolheu histórias sobre esta questão da sociedade não estar acostumada a esta visão da mulher negra em grande estilo. Uma delas segundo Vitor Hugo é a de uma médica negra que estava no SUS, dentro do seu consultório e um paciente pedir para falar com o médico, dizer que estava esperando o médico. As vezes o paciente simples, não por preconceito, mas por costume não está habituado a ver uma mulher negra como medica, frisou Vitor Hugo. Em um outro caso uma dentista negra dentro de seu consultório, ouve o paciente falar que queria falar com a dentista tomou um susto, ao saber que a dentista era ela, negra. Depois da consulta ele, paciente diz: Olha quase não tinha ficado para o tratamento porque ela era negra. É sim um racismo, ou só uma sociedade que não consegue enxergar a mulher negra nestas posições, pergunta Vitor Hugo fazendo uma reflexão. Existem juízas negras, médicas negras, professoras negras, dentistas negras, assistente social negra.  Então porque o susto? Quando se fala que a exposição é uma forma de separatismo a pessoa tem que fazer uma reflexão sobre isto, disse Vitor Hugo. Esta exposição foi feita para reconhecer que estas mulheres tem estas posição de destaque também, estas mulheres como a Simone a Maris (que o Site Crônica e Arte entrevistou também, ver abaixo) já estão aqui a muito tempo. Elas não vieram de passagem, elas vieram para ficar! Disse Vitor Hugo.  Vitor Hugo ganhou sua primeira máquina fotográfica aos 14 anos, foi em presente de sua mãe. Anos depois quando foi rever as fotos, na grande maioria delas, ele não estava, porque ele gostava mesmo era de fotografar. O encontro definitivo com a profissão, foi na faculdade de jornalismo, “ali eu vi que queria ser fotografo mesmo”, frisou Vitor Hugo. Atualmente Vitor Hugo, vive de fotografia em eventos em geral, casamentos, aniversários, e durante a pandemia, quando os casamentos começaram a ser cancelados, Vitor Hugo começou a trabalhar com este projeto, que há muito tempo estava “engavetado”. Ao começar a fotografar para o projeto, uma mulher que era retratada, informava de uma outra mulher de destaque, até que ele, Vitor Hugo fotografou as 70 mulheres. A exposição depois que sair da Biblioteca Sinhá Junqueira, será feita na UNAERP e há projetos para ser feita em cidades da região. O site crônica e arte entrevistou duas das mulheres retratadas na exposição Simone Motta, professora em geografia e mestre em educação e Maris Ester de Sousa, professora, escritora poeta e atualmente Presidente da Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto.
O Site Crônica e Arte realiza uma entrevista e aproveita para discutir alguns temas sobre o preconceito racial. Não deixe de ler as entrevistas com Simone Motta, professora em geografia e mestre em educação e Maris Ester de Sousa, professora, poetisa e escritora na segunda e terceira parte da materia, respectivamente