ESTELIONATÁRIO SE PASSA POR DELEGADO EM RIO PRETO Mentore Conti Mtb 0080415SP foto Agencia Brasil Jaboticabal, 28 de outubro de 2025 – Um homem de 50 anos foi vítima de um golpe na tarde desta segunda-feira, dia 27 de outubro, quando um criminoso se passou por delegado em São José do Rio Preto. O estelionatário se identificou como “delegado Dr. Augusto”, disse estar vinculado à Vara da Infância e Adolescência e alegou que havia uma denúncia contra a vítima por “sedução de menor”.Durante a ligação, o falso delegado informou que o caso poderia ser “resolvido” mediante o pagamento de R$ 15 mil. Assustado, o trabalhador afirmou não dispor da quantia no momento. Então, o criminoso exigiu um adiantamento de R$ 500, valor que foi transferido via PIX após o homem conseguir emprestar de um colega. Pouco tempo depois, a mesma pessoa voltou a ligar, afirmando que o valor era insuficiente e fazendo questionamentos sobre a data de pagamento do salário da vítima — um sinal de que mais cobranças viriam.Desconfiado, o homem procurou a Polícia Civil, que registrou o caso como estelionato com uso de meios eletrônicos. Em nota, a polícia alertou que órgãos públicos jamais solicitam pagamento por telefone ou via transferência para “resolver” denúncias dessa natureza.O episódio integra uma sequência de golpes registrados no município. Em apenas sete horas da tarde desta segunda, foram contabilizados seis boletins de ocorrência na Central de Flagrantes de Rio Preto, com prejuízos que somam cerca de R$ 285 mil, segundo apuração da imprensa local.Especialistas em segurança ressaltam que esse tipo de crime explora o medo e a intimidação — no caso, a acusação falsa de crime sexual envolvendo menor — para persuadir a vítima a agir por impulso, antes de buscar confirmação oficial. O crime incide no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, já que envolve obtenção de vantagem ilícita em prejuízo de outrem por meio de fraude.As autoridades recomendam que, ao receber esse tipo de ligação, a pessoa desligue imediatamente, evite fornecer dados pessoais ou bancários, e entre em contato direto com a polícia ou delegacia local para verificar a veracidade da denúncia.