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MÃES DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA FAZEM PROTESTO EM S JOSÉ
DO RIO PRETO, POR MAIS PROFISSIONAIS NA
EDUCAÇÃO
Mentore Conti Mtb 0080415 SP foto ilustrativa Agencia
Brasil
Jaboticabal, 28 de outubro de 2025.
Mães de crianças com
transtorno do espectro
autista se reuniram em
protesto nas imediações
da sede da prefeitura de
São José do Rio Preto
(SP), neste sábado 25
de outubro,
reivindicando a contratação de auxiliares de sala e reforço
no atendimento especializado dentro da rede municipal
de ensino.
O grupo, que se autodenomina “gMães Atípicas”h,
destacou que a ausência desses profissionais
compromete o processo de aprendizagem de seus filhos
e causa estresse tanto para os estudantes quanto para as
próprias famílias.
Durante o ato, as manifestantes empunhavam cartazes
com frases como “ginclusão exige estrutura”h e “gtodos
merecem atenção”h, enquanto dialogavam entre si e com
transeuntes. Algumas relataram que, mesmo com laudos
médicos e acompanhamento especializado, seus filhos
permanecem em salas de aula convencionais sem o
suporte adequado, o que torna o aprendizado mais difícil
e a rotina mais
desgastante.
As mães informaram
que já haviam
protocolado ofícios junto
à administração
municipal pedindo a
ampliação do quadro de
auxiliares de sala, sem obter resposta satisfatória até o
momento.
Em relação ao protesto, a Prefeitura de São José do Rio
Preto emitiu nota divulgada à imprensa, informando que
“go município reafirma seu compromisso com a educação
inclusiva e informa que o processo de contratação de
auxiliares de sala – profissionais de apoio à inclusão de
alunos com necessidades específicas – está em análise,
conforme orçamento disponível e seleção pública em
andamento.”h
A nota acrescenta que “gas crianças com transtorno do
espectro autista contam com acompanhamento
especializado, por meio do comitê de inclusão escolar e
das políticas previstas no plano municipal de educação”h.
Apesar da afirmação de que o processo está em curso,
não há previsão pública divulgada para a conclusão das
contratações.
Especialistas em educação inclusiva ouvidos por este
veículo apontam que a presença de auxiliares de sala é
um dos fatores que facilita não apenas o aprendizado dos
alunos autistas, mas também sua adaptação ao ambiente
escolar, favorece a permanência na escola e reduz a
evasão. A inexistência ou insuficiência desses
profissionais tende a sobrecarregar o docente da sala
comum, atrasando intervenções específicas necessárias
para essas crianças.
Para as mães participantes do protesto, a nota da
prefeitura não elimina a urgência da demanda. Elas
relatam que as crianças convivem há meses com
defasagem pedagógica, ansiedade e frustrações, e
afirmam que aguardam mais que promessas: “gqueremos
ver o auxiliar aqui, no próximo mês”h, disse uma das
manifestantes.
Por sua vez, mães destacam que estão abertas ao
diálogo, mas exigem cronograma claro, publicidade das
etapas de seleção dos auxiliares e garantia de que esses
profissionais sejam devidamente capacitados para atuar
em contexto de autismo.
A data do protesto coincide com o mês em que o
município intensificou ações em prol da inclusão: no fim
de setembro, a prefeitura publicou que “gavança na
inclusão de crianças autistas”h e que “go comitê de
inclusão do município trabalha com escolas, famílias e
sociedade para efetivar medidas de acompanhamento”h.
O fato renova o foco sobre a necessidade de
operacionalizar essas políticas de modo concreto, em vez
de depender apenas de anúncios.