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A IDADE É UM FATO
Um dia percebi que envelheci
Do nada senti um frenesi
O super homem fraquejou
Nova fase se apresentou.
A vitalidade se desvaneceu
O amor pela vida permaneceu
O viés da pouca imaginação
Inverteu buscando a criação.
Muito tarde a vida se descortina
O olhar vem com uma nova "retina"
Ele fica mais amplo e mais generoso
E mesmo no declive ele é poderoso.
Eu sei da gradativa invisibilidade
Sei também da teoria da eternidade
E nada me assusta nesta vastidão
Idéias bailam e dançam na solidão.
Vida pregressa de intensa alegria
Era fogueira de grande energia
Chama que iluminava o perpétuo
Hoje são brasas remanescentes
Do supérfluo.
Brasas que ainda aquecem o pensar
Sobre o rítmo do andar mais devagar
Um andar mais lento e calculado
Como uma dança nostálgica do fado.
Nei Mendonça
fotos
e imagens: Nei Mendonca
e Foto Anna Arisheva in pexels e
Pixabay
No final da página,
Biografia do poeta
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