Cronica e arte
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1984 – UM ROMANCE OBRIGATÓRIO MOS DIAS DE HOJE.
Por Mentore Conti Mtb 0080415SP fotos Dominio Público
Jaboticabal, 16 de maio de 2024
Um livro visionário ou a
denúncia de quem
acompanhara a existência
de Estados totalitários nos
anos de 1920 e 1930, e
constatava que o mesmo
esquema de poder destas
ditaduras de Mussolini e
Hitler, agora era aplicada
mesmo em países, que tinham vencido o nazifascismo, aplicação
esta, ainda que indireta, ou sutil.
Estamos falando do romance 1984, último romance de George
Orwell, (1903-1950) que tem como protagonista Winston. O
romance que foi publicado pela primeira vez em 1949, se passa
em “Oceânia”, um local imaginário governado pelo Grande Irmão,
onde um partido único visa o poder pelo poder.
Winston, trabalha no
ministério da verdade e sua
função é reescrever as
notícias de jornais
estrangeiros, para que o
povo viva em uma
felicidade. O passado
segundo a doutrina do
partido dominante em Oceânia, deve ser sempre reescrito
Um país onde todos são vigiados ate mesmo dentro de casa por
uma tele-tela, que filma e escuta o interior de cada casa. Uma
atmosfera sufocante está presente entre os personagens, como
percebemos nos dias atuais.
A este ponto podemos nos perguntar, até que ponto não atingimos
uma sociedade similar, onde
as conversas de celulares
são captadas por um sistema
de big data, para descobrir
o que pensamos, e desta
forma nos manipular para o
comércio, ou onde o uso de
câmeras de vigilância, se
popularizou a tal ponto, que
com a desculpa de manter a
segurança, tolhe a
naturalidade do
comportamento humano.
Futuramente voltaremos a
falar sobre esta questão da
liberdade versus vigilancia,
mas por enquanto continuemos a falar da obra de George Orwell.
No romance o pensamento destoante do pensamento
governamental era considerado crime e a guerra era feita para
justificar o poder do Grande Irmão. Nos dias de hoje, quando
vemos o “politicamente correto” ditar normas de comportamento,
não estaríamos aderindo a um modelo destes?
Um detalhe é a criação de uma linguagem própria, a “novilingue”
que parece a criação de nomes, hoje em dia, nao ofensivos a
serem usados, em nosso cotidiano, considerados, inadequados, ou
a linguagem neutra que se quer impor hoje, também.
O livro lembra em
muitos pontos, os
sistemas de governo do
nazifascismo dos anos
de 1920 e 1930, mas
lembra também toda a
cultura de massificação
que vivemos hoje. No
romance, no qual é
baseado um filme com o
mesmo título, surge
uma oposição, na qual
Winston, e sua namorada acabam entrando.
Aqui eu citei apenas alguns tópicos do livro, que merece nossa
atenção para entendermos, onde pode levar o fanatismo de uma
doutrina política. O desenlace da historia e o destino de Winston e
seus partidários, eu deixo para o leitor ler no livro ou ver no filme.
Contudo trata-se de uma obra importantíssima, pela realidade que
parece ter antecipado. Fica ai a dica de leitura de hoje.
fotos 1: Suzi Haze
pexels;
2 Polina Zimmerman
Pexels
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