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Cronica e arte

CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869, 14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
1984 – UM ROMANCE OBRIGATÓRIO MOS DIAS DE HOJE. Por Mentore Conti Mtb 0080415SP fotos Dominio Público Jaboticabal, 16 de maio de 2024 Um livro visionário ou a denúncia de quem acompanhara a existência de Estados totalitários nos anos de 1920 e 1930, e constatava que o mesmo esquema de poder destas ditaduras de Mussolini e Hitler, agora era aplicada mesmo em países, que tinham vencido o nazifascismo, aplicação esta, ainda que indireta, ou sutil. Estamos falando do romance 1984, último romance de George Orwell, (1903-1950) que tem como protagonista Winston. O romance que foi publicado pela primeira vez em 1949, se passa em “Oceânia”, um local imaginário governado pelo Grande Irmão, onde um partido único visa o poder pelo poder. Winston, trabalha no ministério da verdade e sua função é reescrever as notícias de jornais estrangeiros, para que o povo viva em uma felicidade. O passado segundo a doutrina do partido dominante em Oceânia, deve ser sempre reescrito Um país onde todos são vigiados ate mesmo dentro de casa por uma tele-tela, que filma e escuta o interior de cada casa. Uma atmosfera sufocante está presente entre os personagens, como percebemos nos dias atuais. A este ponto podemos nos perguntar, até que ponto não atingimos uma sociedade similar, onde as conversas de celulares são captadas por um sistema de big data, para descobrir o que pensamos, e desta forma nos manipular para o comércio, ou onde o uso de câmeras de vigilância, se popularizou a tal ponto, que com a desculpa de manter a segurança, tolhe a naturalidade do comportamento humano. Futuramente voltaremos a falar sobre esta questão da liberdade versus vigilancia, mas por enquanto continuemos a falar da obra de George Orwell. No romance o pensamento destoante do pensamento governamental era considerado crime e a guerra era feita para justificar o poder do Grande Irmão. Nos dias de hoje, quando vemos o “politicamente correto” ditar normas de comportamento, não estaríamos aderindo a um modelo destes? Um detalhe é a criação de uma linguagem própria, a “novilingue” que parece a criação de nomes, hoje em dia, nao ofensivos a serem usados, em nosso cotidiano, considerados, inadequados, ou a linguagem neutra que se quer impor hoje, também. O livro lembra em muitos pontos, os sistemas de governo do nazifascismo dos anos de 1920 e 1930, mas lembra também toda a cultura de massificação que vivemos hoje. No romance, no qual é baseado um filme com o mesmo título, surge uma oposição, na qual Winston, e sua namorada acabam entrando. Aqui eu citei apenas alguns tópicos do livro, que merece nossa atenção para entendermos, onde pode levar o fanatismo de uma doutrina política. O desenlace da historia e o destino de Winston e seus partidários, eu deixo para o leitor ler no livro ou ver no filme. Contudo trata-se de uma obra importantíssima, pela realidade que parece ter antecipado. Fica ai a dica de leitura de hoje.
fotos 1: Suzi Haze pexels; 2 Polina Zimmerman Pexels
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