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Cronica e arte

CRONICA E ARTE  CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869,  14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
PALESTRA NA OAB DE JABOTICABAL FALA DA SOCIEDADE E PROBLEMAS PSICOLÓGICOS CAUSADOS PELA MÍDIA Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto Crônica e Arte Jaboticabal, 25 de junho de 2022   O Grupo Sobreviver e a OAB de Jaboticabal realizaram na manhã deste sábado dia 25 de junho, uma palestra sobre a mídia e a prevenção do suicídio. O evento denominado “O papel das mídias na prevenção do suicídio” ocorreu na Casa do Advogado, com início às 9 horas da manhã, contou com os palestrantes Vitoria Mantoan Padilha, as psicólogas Marina Pfaifer e Taisa Cristina Del Vecchio e também o jornalista e advogado João Martins Neto (vice-Presidente da OAB de Jaboticabal). Os palestrantes abordaram questões que podem levar uma pessoa ao suicídio, e que vão desde de uma alimentação sem determinadas vitaminas e proteínas, até mesmo a pressão social criada pela sociedade e a mídia atual. O evento foi direcionado aos profissionais e estudantes de comunicação, instituições do município, bem como aos profissionais e estudantes de psicologia, e no histórico sobre o tema foi falado inclusive sobre o efeito Werther, que é o efeito da obra de arte poder induzir o comportamento humano, e leva-lo a atos extremos, como o suicídio. Como foi explicado depois da edição do romance de Von Goethe Os sofrimentos do jovem Werther, em 1787, ocorreram muitos suicídios, da mesma maneira que morre no livro o personagem Werther. Hoje no mundo interligado pela internet, a divulgação sem os devidos cuidados de suicídios, estão levando pessoas que já tem problemas psicológicos a imitarem os atos divulgados, como frisou uma das palestrantes. Foram citados exemplos de como a imprensa em várias oportunidades criou sensacionalismo sobre estas ocorrências, mesmo antes da internet. Também foi colocado como deveria ser divulgado corretamente um ato de suicídio, em caso de noticiar o fato. Além das questões psicológicas e psiquiátricas do suicídio o evento abordou as consequências legais contra quem noticia erroneamente o suicídio. Neste ponto Joao Martins neto citou uma recente jurisprudência do tribunal de justiça de são Paulo que reconheceu a responsabilidade do administrador de um grupo de Watts App e o condenou a dano moral. No caso, em uma ocorrência de suicídio a foto do suicida foi postada no grupo e não foi retirada pelo administrador, que além de não tomar nenhuma providência contra o integrante que postou a imagem, ainda usou de emotions abonadores da postagem feita. O fato ocorreu em um grupo de Watts App de Jaboticabal. Segundo Joao Martins Neto, a OAB, vem trabalhando com esta questão do suicídio e esta palestra é a primeira de muitas que virão sobre este tema. A casa do advogado é a casa da Cidadania, quando se trata da segurança da sociedade, onde está incluído a questão da prevenção e combater ao suicídio, frisou Joao Martins. Segundo João a OAB lidera, junto com o grupo Sobreviver, a expectativa de ajudar nesta questão, a ideia, segundo Joao Martins é criar a possibilidade de trabalhar com empresas, associações de classe, outras organizações, Igrejas, para criar uma eficiente e eficaz trabalho de prevenção ao suicídio. O site Crônica e Arte, repetindo uma pergunta feita durante a palestra perguntou da questão da família o suicida e a religião. João Martins disse que, a Igreja é uma das ferramentas para est problema e muitas vezes é o último bastião de uma pessoa que quer se suicidar. (Trincheira avançada que serve de anteparo ao ângulo saliente de uma fortaleza; por analogia o anteparo na proa dos navios). Muitas vezes contudo, disse Joao Martins Neto, a religião somente não basta para o problema, devendo a pessoa pedir ajuda de um profissional da área de psicologia ou psiquiatria. Segundo a psiquiatra Vitoria Mantoan Padilha a sociedade tem que entender que há um aumento da pressão social sobre o indivíduo, pressão esta potencializada pela mídia. Segundo Vitoria Padilha, há um aumento alarmante de doenças, transtornos mentais, justamente fruto das pressões sociais que a pessoa recebe no trabalho, na família, nas mídias sociais e precisamos estabelecer se é este mundo que queremos, e estabelecer regras de convivência, não somente no ambiente físico, mas nas redes sociais, de onde muitas vezes estre stress vem vindo. O site Crônica e Arte colocou a questão da personagem Ana Karenina, onde a personagem por pressão social de uma vida inteira se suicida embaixo de um trem, para que todo mundo visse, ao invés de se suicidar em um quarto ou uma sala de sua casa, como um protesto contra a sociedade em que vivia. Vitoria Mantoan Padilha disse então que já existiram intenções midiáticas em quem se suicida, mas, a grande maioria dos casos, provem de doença mental que pode ser tratada. Se a gente der vasão a esta questão midiática do suicídio, nós podemos incentivar a pessoa vulnerável, a se decidir pela tragédia.
FOTO1 Dr João Martins Neto e Dra Vitoria Mantoan Padilha; Foto3 Marina Pfaifer e Taisa Cristina Del Vecchio