Cronica e arte
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OAB DE JABOTICABAL REALIZARÁ SEMANA DA MULHER 2023
EM COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos de Mentore Conti e de
Monica Turlui:
Jaboticabal, 4 de março de 2023
A 6 ª subsecção da OAB em
Jaboticabal, realizará entre os dias
sete e nove de março a Semana
da Mulher, em comemoração ao
Dia Internacional da Mulher (8 de
março) com palestras e uma tarde
para um café com as advogadas.
Os eventos ocorrerão na sede da
OAB na cidade, Avenida Manoel
Fernandes Batista 7, Aparecida e
são promovidos pela Comissão de
Combate a Violência Doméstica e
Familiar e a Comissão de Cultura e
eventos da OAB de Jaboticabal.
A abertura será as 19 horas do dia
7 com duas palestras, uma sobre
“O Empoderamento Feminino”, com a empreendedora Renata
Guidon e na sequência a palestra “Mulheres Negras” com a
produtora e ativista cultural Alessandra Constantino.
No dia 8 das 14:30 às 17:00 horas, haverá um café para as
advogadas.
No dia 9 as 19 horas haverá uma palestra com o tema
“Mulheres na Justiça” com a Promotora Publica de Ribeirão
Preto Ethel Cipele e na sequencia uma palestra sobre Saúde
Mental com as psicólogas Marina e Taisa.
Segundo apurou a reportagem do Site Crônica e Arte, há em
Jaboticabal, no mínimo dois casos de violência contra a
mulher, por semana ( número que,
para uma cidade de 70 mil habitantes
é alto) e, não há ainda um
alinhamento total de trabalho de
todos os órgãos governamentais que
lidam com esta questão, devido a
orçamento e falta de funcionários.
Segundo o Dr André Luiz Bottino de
Vasconcellos, Presidente da 6º
Subsecção de Jaboticabal, o evento se
estenderá por mais de um dia,
porque, sendo uma data importante, realizar o evento
somente no dia da Mulher, dia 8, seria o mesmo que dar
parabéns e parar nisto, “seria como dar uma flor e se
restringir a isto”.
André Bottino disse que quando se realiza vários eventos, não
se fica só nas congratulações, mas se demonstra o
reconhecimento da importância da mulher em sociedade.
Segundo André Bottino é necessário fazer a discussão sobre o
papel da mulher em sociedade e lutar para que elas avancem
em direitos, como a igualdade salarial que até hoje, na
prática, não foi obtida.
Segundo André Bottino é necessário provocar uma discussão
sobre estas questões.
Na entrevista, foi citado um caso recente de misoginia, em
redes sociais que não pode
existir, e que tem que acabar
em sociedade. (caso do qual
o site não dará detalhes para
não criar uma
glamourização, ou
propaganda indireta ao
referido misógino, que se diz
Coash).
Na verdade seria interessante, se possível, trabalhar com a
conscientização deste tema uma vez por mês, frisou a
advogada Dra. Giovana Cristina Araújo, da Comissão de
Combate a Violência Doméstica e Familiar da OAB de
Jaboticabal.
A reportagem então perguntou se não seria melhor a prisão
preventiva ao invés do afastamento do agressor, tanto da
mulher ou mesmo da moradia da mulher.
A Dra. Giovana disse, que a Lei Maria da Penha, não tem um
caráter punitivo e sim um caráter mais educativo. A punição à
agressão contra a mulher sempre foi prevista nos códigos
penal e processual Penal. Segundo Giovana, tem que se ver
que o criminoso, no caso da violência doméstica, é o pai dos
filhos da vítima, e teve ou tem um envolvimento emocional
muito grande entre o
casal. Muitas vezes a
ideia da vítima não é
uma punição do
criminoso, mas somente
que a violência passe.
Neste ponto a Dra. Sandra Regina Cherice, disse que muitas
vezes, a mulher, vítima de agressão por companheiro,
marido, só chega à delegacia para o Boletim de Ocorrência,
somente quando houve a agressão física, ou seja, somente
depois de várias agressões verbais, psicológicas e ameaças.
Sandra Cherice que foi escrivã de polícia e da Delegacia da
Mulher, disse que quando próximo à aposentadoria, atendia
vítimas de violência doméstica, que muitas vezes eram filhas
ou netas de vítimas que anos antes, no início de sua carreira,
tinha sido atendida por ela, Dra. Sandra.
Segundo a Dra. Sandra este é um dos pontos pelos os quais
se percebe o quanto a violência contra a mulher está
incorporada em nosso dia a dia. Mesmo os agressores, disse
Sandra, na maioria das vezes vinham (e vem) de lares com
histórico de violência doméstica.
O Dr. João Martins Neto, vice-Presidente da Subseção de
Jaboticabal, disse que trabalha em processos no Tribunal do
Júri, e quando se analisa a vida pregressa do réu, na maioria
das vezes, se vê toda um ambiente onde a mentalidade de
violência não partiu só do acusado, mas sim da família, o
ambiente em que vive o réu.
Dr. André Bottino disse que em crimes de violência contra a
mulher, a audiência se desenvolve em um clima pesado,
angustioso, para quem participa, e a parte o trabalho técnico
de apurar a verdade real dos fatos, há um clima de comoção,
não somente para Juízes e promotores, mas para o próprio
advogado.
O Site Crônica e Arte, colocou a questão da droga e da
doença mental, que podem influenciar a acusação ou o perfil
do agressor, já que
algumas drogas tem o
potencial da violência,
e outras, de distorcer
a realidade para vítima
e agressor.
Neste ponto os
entrevistados disseram
estas realidades
mostram que este
trabalho de combate a
violência doméstica, deve ser bem apurado e tratado com
seriedade e estas questões mostram também a importância
da prevenção e conscientização dos envolvidos neste tema da
violência, tanto vítima como agressor.
Os órgãos que trabalham com esta questão, judiciário,
promotoria, órgãos de saúde e OAB devem ter um
alinhamento de trabalho.
Nestes eventos haverá a participação, também da Comissão
de Cultura e eventos, representada pelo Dr. Eduardo Alonso
Diponte.
A Comissão de Combate a Violência Doméstica e Familiar da
OAB de Jaboticabal tem o atendimento presencial as terças-
feiras das 8:00 as 9:00 horas na Casa do Advogado na
Avenida Manoel Fernandes Batista 7, Aparecida, ou o
atendimento por watts app 16 99798-4833.
foto 1 Rosas Monica Turlui; foto2 da
esquerda para a direita Dra Sandra,
Dra Giovana e Dr João Martins
(autoria Mentore Conti