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Cronica e arte

CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869, 14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
O CRIME DO ZÉ BIGORNA (uma estória de manipulação de alguém acusado de crime) Um artigo de Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto frames do filme Jaboticabal, 19 de junho de 2019. O filme que vamos assistir hoje é o filme intitulado “O Crime do Zé Bigorna”, um filme de 1977, baseado em um texto de Lauro César Muniz, que em 1974, foi filmado e apresentado em um caso especial da Rede Globo e depois base para a novela “O Salvador da Pátria”. O filme que apresentamos agora, dirigido por Anselmo Duarte e estrelado por Lima Duarte, a história fala de um Ferreiro, insano (No filme denominado ingênuo, mas visivelmente portador de deficiência mental), que acaba sendo usado por um “coronel” para disfarçar seu romance com uma moça retirada de um cabaré. Um crime acontece na pequena cidade onde mora Zé Bigorna e ele, é mais uma vez manipulado, por outros políticos locais, para aceitar a culpa e ser condenado. Aqui não contaremos os detalhes da história, que fica para que o leitor e espectador assista o filme, mas é uma história atual e que se repete de tempos em tempos. Na política muitas vezes, para encobrir algum fato criminoso, que ela pode gerar, inclusive homicídios, acham-se bodes expiatórios, que assumem o crime e deixam alguma figura política à Solta. Geralmente nestes casos sempre alguém com insanidade mental e que por ser insano encobre tudo. O primeiro caso que nos vem à cabeça, quando assistimos o crime do Zé Bigorna, guardadas as devidas proporções e o tipo de homicídio, além da relação entre o Zé Bigorna e as vítimas do homicídio, é a do presidente norte- americano John Kennedy. O 35º presidente estadunidense foi assassinado em Dallas em novembro de 1963 e apesar das especulações, de quem teria mandado assassiná-lo, a culpa recaiu no ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald, que foi morto dois dias depois, ficando um mistério os mandantes do crime. Se não tivesse morrido provavelmente, por ser considerado neurótico, seus manipuladores para o atentado, estariam impunes da mesma forma, uma vez que insano, não teria credibilidade para apontar ninguém, como coautor do crime. De tantas outras tentativas de assassinatos e assassinatos de políticos desde então, a mais recente que temos e aqui no Brasil, é a tentativa de homicídio praticada por Adélio Bispo contra o então candidato Jair Bolsonaro. Considerado louco pelo juiz, ou mais precisamente portador de insanidade mental, não será julgado e recairá sobre ele que é insano, a autoria exclusiva do ato criminoso e como insano que é, por mais que aponte mandantes, não será crível o que disser. Zé Bigorna era inocente e foi atribuído a ele um crime que ele não cometeu. Aqui ao contrário Adélio Bispo cometeu uma tentativa de homicídio, esfaqueando em público Jair Bolsonaro, mas assumiu completamente autoria do fato criminoso. Zé Bigorna é inocente no filme, por não ter praticado ato criminoso algum, Adélio Bispo é inocente porque apesar de ter praticado a tentativa de homicídio, portador de insanidade mental que é, não pode ser culpado pelo ato. A questão mental de Adélio Bispo, não exclui que ele tenha sido manipulado. Não é porque uma pessoa é acometida de insanidade mental que ela não pode estar sendo manipulada, para cometer um homicídio, ou assumir o crime e essa questão da manipulação, foi muito bem trabalhada no filme. Aliás não é difícil manipular alguém que tenha insanidade mental a cometer algum ato e se esconder atrás figura do insano. No filme vemos com mais contundente, a questão da manipulação de Zé Bigorna e é isso que acontece muitas vezes nas tentativas de homicídios na política. A manipulação de alguns autores que depois de um modo ou de outro, assumem totalmente, por serem insanos, a culpa de um ato criminoso. Além de Lee Harvey Oswald, que assassinou John Kennedy, e Adélio Bispo que tentou assassinar Jair Bolsonaro, temos também na Itália, Silvio Berlusconi, que foi atacado depois de um comício em Milão em 2009, por Massimo Tartaglia, que foi preso imediatamente, mas que foi considerado insano e está internado desde então. O filme então tirando o tipo de cada crime e a relação do insano com a vítima, trabalha bem a questão da manipulação, que estiveram presentes no assassinato de John Kennedy, na tentativa de assassinato de Silvio Berlusconi e agora na tentativa de homicídio cometida contra Jair Bolsonaro. Pode sim haver mandantes no caso de Adélio Bispo e Jair Bolsonaro mesmo afirma isto, mas que guardadas as devidas proporções, por ser declarado o agressor, portador de insanidade mental, ficará, o possível mandante encoberto, como aconteceu nos outros dois casos que citei. A forma de manipulação, os motivos do crime de Zé Bigorna, e o contexto político dos anos 30, época em que se passa a estória de Zé Bigorna, fica para o espectador conferir nessa obra de 1977, estrelada por Lima Duarte e Jofre Soares e um elenco inigualável. Bom divertimento
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