Cronica e arte
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O CRIME DO ZÉ BIGORNA
(uma estória de manipulação de alguém acusado de crime)
Um artigo de Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto frames do
filme
Jaboticabal, 19 de junho de 2019.
O filme que vamos
assistir hoje é o filme
intitulado “O Crime
do Zé Bigorna”, um
filme de 1977,
baseado em um texto
de Lauro César
Muniz, que em 1974,
foi filmado e
apresentado em um
caso especial da Rede
Globo e depois base para a novela “O Salvador da Pátria”.
O filme que apresentamos agora, dirigido por Anselmo Duarte e
estrelado por Lima Duarte, a história fala de um Ferreiro, insano
(No filme denominado ingênuo, mas visivelmente portador de
deficiência mental), que acaba sendo usado por um “coronel” para
disfarçar seu romance com uma moça retirada de um cabaré.
Um crime acontece na pequena cidade onde mora Zé Bigorna e ele,
é mais uma vez manipulado, por outros políticos locais, para aceitar
a culpa e ser condenado. Aqui não contaremos os detalhes da
história, que fica para que o leitor e espectador assista o filme, mas
é uma história atual e que se repete de tempos em tempos.
Na política muitas vezes, para encobrir algum fato criminoso, que
ela pode gerar, inclusive homicídios, acham-se bodes expiatórios,
que assumem o crime e deixam alguma figura política à Solta.
Geralmente nestes casos sempre alguém com insanidade mental e
que por ser insano encobre tudo. O primeiro caso que nos vem à
cabeça, quando assistimos o crime do Zé Bigorna, guardadas as
devidas proporções e o tipo de homicídio, além da relação entre o
Zé Bigorna e as vítimas do homicídio, é a do presidente norte-
americano John Kennedy.
O 35º presidente
estadunidense foi
assassinado em
Dallas em novembro
de 1963 e apesar
das especulações, de
quem teria mandado
assassiná-lo, a culpa
recaiu no ex-fuzileiro
naval Lee Harvey
Oswald, que foi
morto dois dias depois, ficando um mistério os mandantes do
crime.
Se não tivesse morrido provavelmente, por ser considerado
neurótico, seus manipuladores para o atentado, estariam impunes
da mesma forma, uma vez que insano, não teria credibilidade para
apontar ninguém, como coautor do crime.
De tantas outras tentativas de assassinatos e assassinatos de
políticos desde então, a mais recente que temos e aqui no Brasil, é
a tentativa de homicídio praticada por Adélio Bispo contra o então
candidato Jair Bolsonaro.
Considerado louco pelo juiz, ou mais precisamente portador de
insanidade mental, não será julgado e recairá sobre ele que é
insano, a autoria exclusiva do ato criminoso e como insano que é,
por mais que aponte mandantes, não será crível o que disser.
Zé Bigorna era inocente e foi atribuído a ele um crime que ele não
cometeu. Aqui ao contrário Adélio Bispo cometeu uma tentativa de
homicídio, esfaqueando em público Jair Bolsonaro, mas assumiu
completamente autoria do fato criminoso.
Zé Bigorna é inocente no filme, por não ter praticado ato criminoso
algum, Adélio Bispo é inocente porque apesar de ter praticado a
tentativa de homicídio, portador de insanidade mental que é, não
pode ser culpado pelo ato. A questão mental de Adélio Bispo, não
exclui que ele tenha sido manipulado.
Não é porque uma pessoa é acometida de insanidade mental que
ela não pode estar sendo manipulada, para cometer um homicídio,
ou assumir o crime e essa questão da manipulação, foi muito bem
trabalhada no filme. Aliás não é difícil manipular alguém que tenha
insanidade mental a cometer algum ato e se esconder atrás figura
do insano.
No filme vemos com mais contundente, a questão da manipulação
de Zé Bigorna e é isso que acontece muitas vezes nas tentativas de
homicídios na política. A manipulação de alguns autores que depois
de um modo ou de outro, assumem totalmente, por serem insanos,
a culpa de um ato criminoso.
Além de Lee Harvey
Oswald, que assassinou
John Kennedy, e Adélio
Bispo que tentou
assassinar Jair
Bolsonaro, temos
também na Itália, Silvio
Berlusconi, que foi
atacado depois de um
comício em Milão em
2009, por Massimo Tartaglia, que foi preso imediatamente, mas
que foi considerado insano e está internado desde então.
O filme então tirando o tipo de cada crime e a relação do insano
com a vítima, trabalha bem a questão da manipulação, que
estiveram presentes no assassinato de John Kennedy, na tentativa
de assassinato de Silvio Berlusconi e agora na tentativa de
homicídio cometida contra Jair Bolsonaro.
Pode sim haver mandantes no caso de Adélio Bispo e Jair
Bolsonaro mesmo afirma isto, mas que guardadas as devidas
proporções, por ser declarado o agressor, portador de insanidade
mental, ficará, o possível mandante encoberto, como aconteceu nos
outros dois casos que citei.
A forma de manipulação, os motivos do crime de Zé Bigorna, e o
contexto político dos anos 30, época em que se passa a estória de
Zé Bigorna, fica para o espectador conferir nessa obra de 1977,
estrelada por Lima Duarte e Jofre Soares e um elenco inigualável.
Bom divertimento
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assista abaixo
(depois da matéria)
o filme.