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Cronica e arte

CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869, 14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
LA STRADA – UM FILME DE FREDERICO FELINI Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos Domínio Público (frames do filme) Jaboticabal 24 de janeiro de 2023 Até que ponto não vivemos neste mundo como um artista mambembe, em um palco, a representar nosso drama de cada dia? quem nos ajuda a responder esta pergunta é o roteirista e diretor italiano Frederico Felini (1920-1993). Em sua obra consta um filme imperdível e já lançado há mais de 50 anos, mais precisamente um filme que completa 69 anos, de seu lançamento agora em 2023 (6 de setembro de 1954), estrelado por Giulietta Masina, Anthony Quinn e Richard Basehart. Um filme que fala de amor, amor não correspondido e ilusão, a ilusão de ser alguém em um mundo caótico. No roteiro escrito por Federico Fellini e Tullio Pinelli e com a Direção de Federico Fellini, o personagem Zampano (Anthony Quinn) é um artista mambembe, com um triciclo motorizado velho. Zampano em dialeto da Campania, cuja capital é Napoli, significa Zanzara, pernilongo nocivo. Zampano, que em seu caminho encontra Gelsomina (Giulietta Masina), que a família deixa que ela o acompanhe, como assistente. Para isto Zampano então, deixa com a mãe de Gesolmina 10 mil liras, “comprando-a”. Neste ponto vamos acompanhar uma história de paixões e sonhos, de um artista que vive de cidade em cidade, que margeiam uma estrada, (Que significa esta estrada?) a apresentar-se, ele Zampano, como homem que é acorrentado no tórax e, com a sua força quebra a corrente. O que simboliza a corrente? Seria o ser humano que a cada passo de sua vida, tem que lutar para se libertar? Qual o papel de Gesolmina (Giulietta Masina?) Ela com seu trompete com o qual toca uma triste música, e com um tambor com o qual inicia os espetáculos dizendo: “É arrivato Zampano!” Muitas vezes ao dizer isto não usa a ênfase necessária e Zampano fica furioso com Gesolmina. Ao longo da estrada, a dupla encontra uma trupe circense e se junta a ela. Na trupe tem o artista “il Matto” (o louco). Este artista acaba provocando muito Zampano, eles brigam vão presos e depois de saírem, são demitidos do circo. Depois do episódio, cada um seguiu seu caminho. Zampano depois reencontra il Matto, os dois voltam a brigar e il Matto acaba morrendo em consequência da briga. Este fato marca Gesolmina e Zampano, causando um desfecho trágico para a dupla, que deixarei de contar aqui. Caro leitor, não insista, seria deselegante contar o final detalhadamente. Ainda mais de um filme de Felini, que deve ser assistido, independentemente de qualquer comentário. Mas neste ponto algumas perguntas restam a quem assiste ao filme: quem, seria il Matto? A consciência de Zampano? quem seria Gesolmina, um anjo que tentou ajudar Zampano? Zampano seria o lado mau de qualquer ser humano? Estas interpretações ficam a cargo do expectador, neste filme, como disse acima, imperdível. Ao som da música de Nino Rota, que traduz a alma destes personagens em sua luta, neste mundo, (que mais parece um palco circense), temos um desfecho sobre o qual devemos refletir: Zampano amava Gesolmina? mas e seu temperamento? Ela o amava também? Até que ponto este filme, fala da luta do bem contra o mal no coração humano, na linha de Dostoievsky e alguns romances de Gabriele D’Annuzio? Estas são questões que Frederico Felini em um filme lançado há 69 anos nos deixa para pensar. Felini nasceu em Rimini, norte da italia em 20 de janeiro de 1920 e faleceu em Roma, em 31 de outubro de 1993, depois de uma brilhante carreira no cinema. Sobre Felini e outros filmes como Amarcord, La Dolce Vita e E la Nave Và, dedicaremos outros artigos. Caro leitor, bom filme!!!
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