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Cronica e arte

CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869, 14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
7 DIAS EM ENTEBBE Filme de José Padilha Um artigo de Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto cartaz do filme //assista um documentario anterior ao filme de José padilha ao final do artigo Jaboticabal, 7 de maio de 2018 No filme Sete Dias em Entebbe José Padilha nós vemos novamente nas telas a história da chamada "Operação Thunderbolt", que depois, foi rebatizada como "Operação Yonatan" Em 4 de julho de 1976 um esquadrão do exército do resgate israelense libertou 102 dos 106 reféns judeus, que tinham sido sequestrados por terroristas da Frente Popular para a Libertação da Palestina FPLP que lutou junto com a OLP (Organização para Libertação da Palestina) na luta contra Israel. Na ação morreram um militar israelense e 5 ficaram feridos além de 7 terroristas e 45 soldados ugandenses mortos. 2 reféns morreram na ação e um quer estava internado morreu no hospital, provavelmente assassinado. Depois de vários ataques terroristas, inclusive o atentado na olimpíadas da Alemanha os sequestradores palestinos interceptam voo que vinha de Telaviv em Israel com escala na Grécia e que ia até a França. Desviando a rota do avião, a partir de Atenas na Grécia, os terroristas pararam na Líbia para reabastecer e aterrissam em Uganda, na época presidida por Idi Amin dada. Os terroristas queriam a libertação de palestinos condenados por terrorismo tanto em Israel quanto na Alemanha e se entende hoje que Idi Amin dada estava junto com o plano dos terroristas, por retaliação a Israel com o qual tinha rompido relações algum tempo antes Até então as nações não sabiam bem como reagir ao terrorismo, não haviam esquadrões especializados antiterrorismo, como existe hoje e via de regra a reação das policias de então, sem uma ação especializada acabava dando mais força aos terroristas que se tornavam aos olhos de muitos, os libertadores dos povos mais fracos contra o capitalismo Mundial. Esta visão de ver o terrorismo como a ação libertadora dos mais fracos ainda subsiste, a exemplo de Nelson Mandela, que apoiava o terrorismo palestino, ser considerado um herói muitas vezes. O mesmo aconteceu com Yasser Arafat na palestina e no Brasil Dilma Rousseff, José Dirceu por exemplo Quando Israel, ao contrário dos demais países, em uma atitude isolada cria uma força para libertar os reféns em Entebbe e consegue ao final com poucas baixas o intento libertar sequestrados judeus, únicos que tinham ficado sob a mira dos terroristas, houve de certa maneira uma reviravolta para as nações criarem esquadrões próprios contra o terrorismo. Assim militarmente falando foi uma ação bem sucedida, apesar das baixas. Este é um ponto importante deste fato do resgate de Entebbe que os leitores podem ver no documentário abaixo. Já o filme de Padilha é mais um a resgatar o episódio e dessa vez procura dar voz a todos os participantes, tentando explicar a mentalidade tanto dos sequestrados, quanto dos sequestradores ou mesmo dos militares israelenses. O filme de Padilha gerou um pouco de polêmica pois retrata um dos personagens, o tenente-coronel Yonatan Netanyahu (irmão do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu), como apenas uma baixa militar no exército israelense. Como este militar é considerado herói Nacional por causa desta operação, ao retrata-lo como apenas mais uma baixa no exército Israelense, ocorreu o protesto natural contra o filme, por parte de israelense. Seria o mesmo que retratar Duque de Caxias no Brasil como apenas mais um soldado ou Garibaldi na Itália como um simples Comandante. Padilha consegue balancear a história de algum sequestradores, com a história dos reféns e o filme é bem equilibrado nesse sentido, retratando bem o drama vivido naqueles dias. Padilha consegue mostrar a contextualização política da época e toda a situação gerada pelo sequestro. Na filmagem o alternar das cenas é muito bem colocado e a trilha sonora também não deixa a desejar em relação ao tema. O filme também traz alguns embates em relação ao que pensavam os terroristas, que se não são cenas reais retratam o drama humano diante de uma situação extrema. Por se tratar de um fato ainda dentro de um período que não pode ser chamado histórico, (pois não se passou 50 anos do ocorrido) mas que foi um fato marcante no século XX é interessante assistir ao filme, para entender mais uma versão sobre aquele período no contexto da Guerra Fria e da política de então. Bom filme! Sete Dias em Entebbe Direção: José Padilha Música composta por: Rodrigo Amarante Roteiro: Gregory Burke Cinematografia: Lula Carvalho Produção: Tim Bevan, Eric Fellner, Liza Chasin, Ron Halpern, Kate Solomon, Michelle Wright Elenco Rosamund Pike; Daniel Brühl Eddie Marsan Ben Schnetzer Denis Menochet