Cronica e arte
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7 DIAS EM ENTEBBE
Filme de José Padilha
Um artigo de Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto cartaz do filme
//assista um documentario anterior ao filme de José padilha ao final do artigo
Jaboticabal, 7 de maio de 2018
No filme Sete Dias em Entebbe José Padilha nós vemos novamente
nas telas a história da
chamada "Operação
Thunderbolt", que depois,
foi rebatizada como
"Operação Yonatan"
Em 4 de julho de 1976 um
esquadrão do exército do
resgate israelense libertou
102 dos 106 reféns
judeus, que tinham sido
sequestrados por
terroristas da Frente
Popular para a Libertação
da Palestina FPLP que
lutou junto com a OLP
(Organização para
Libertação da Palestina) na
luta contra Israel.
Na ação morreram um
militar israelense e 5
ficaram feridos além de 7
terroristas e 45 soldados
ugandenses mortos. 2 reféns morreram na ação e um quer estava
internado morreu no hospital, provavelmente assassinado.
Depois de vários ataques terroristas, inclusive o atentado na
olimpíadas da Alemanha os sequestradores palestinos interceptam
voo que vinha de Telaviv em Israel com escala na Grécia e que ia
até a França. Desviando a rota do avião, a partir de Atenas na
Grécia, os terroristas pararam na Líbia para reabastecer e
aterrissam em Uganda, na época presidida por Idi Amin dada.
Os terroristas queriam a libertação de palestinos condenados por
terrorismo tanto em Israel quanto na Alemanha e se entende hoje
que Idi Amin dada estava junto com o plano dos terroristas, por
retaliação a Israel com o qual tinha rompido relações algum tempo
antes
Até então as nações não sabiam bem como reagir ao terrorismo,
não haviam esquadrões especializados antiterrorismo, como existe
hoje e via de regra a reação das policias de então, sem uma ação
especializada acabava dando mais força aos terroristas que se
tornavam aos olhos de muitos, os libertadores dos povos mais
fracos contra o capitalismo Mundial.
Esta visão de ver o terrorismo como a ação libertadora dos mais
fracos ainda subsiste, a exemplo de Nelson Mandela, que apoiava o
terrorismo palestino, ser considerado um herói muitas vezes.
O mesmo aconteceu com Yasser Arafat na palestina e no Brasil
Dilma Rousseff, José Dirceu por exemplo
Quando Israel, ao contrário dos demais países, em uma atitude
isolada cria uma força para libertar os reféns em Entebbe e
consegue ao final com poucas baixas o intento libertar
sequestrados judeus, únicos que tinham ficado sob a mira dos
terroristas, houve de certa maneira uma reviravolta para as nações
criarem esquadrões próprios contra o terrorismo.
Assim militarmente falando foi uma ação bem sucedida, apesar das
baixas.
Este é um ponto importante deste fato do resgate de Entebbe que
os leitores podem ver no documentário abaixo. Já o filme de
Padilha é mais um a resgatar o episódio e dessa vez procura dar
voz a todos os participantes, tentando explicar a mentalidade tanto
dos sequestrados, quanto dos sequestradores ou mesmo dos
militares israelenses.
O filme de Padilha gerou um pouco de polêmica pois retrata um
dos personagens, o tenente-coronel Yonatan Netanyahu (irmão do
primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu), como apenas
uma baixa militar no exército israelense. Como este militar é
considerado herói Nacional por causa desta operação, ao retrata-lo
como apenas mais uma baixa no exército Israelense, ocorreu o
protesto natural contra o filme, por parte de israelense.
Seria o mesmo que retratar Duque de Caxias no Brasil como
apenas mais um soldado ou Garibaldi na Itália como um simples
Comandante.
Padilha consegue balancear a história de algum sequestradores,
com a história dos reféns e o filme é bem equilibrado nesse
sentido, retratando bem o drama vivido naqueles dias. Padilha
consegue mostrar a contextualização política da época e toda a
situação gerada pelo sequestro.
Na filmagem o alternar das cenas é muito bem colocado e a trilha
sonora também não deixa a desejar em relação ao tema.
O filme também traz alguns embates em relação ao que
pensavam os terroristas, que se não são cenas reais retratam o
drama humano diante de uma situação extrema.
Por se tratar de um fato ainda dentro de um período que não pode
ser chamado histórico, (pois não se passou 50 anos do ocorrido)
mas que foi um fato marcante no século XX é interessante assistir
ao filme, para entender mais uma versão sobre aquele período no
contexto da Guerra Fria e da política de então.
Bom filme!
Sete Dias em Entebbe
Direção: José Padilha
Música composta por: Rodrigo Amarante
Roteiro: Gregory Burke
Cinematografia: Lula Carvalho
Produção: Tim Bevan, Eric Fellner, Liza Chasin, Ron Halpern, Kate Solomon, Michelle Wright
Elenco
Rosamund Pike; Daniel Brühl Eddie Marsan Ben Schnetzer Denis Menochet