Cronica e arte
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MUDANÇAS DE ATITUDE NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA PODE SALVAR VIDAS.
Estamos vivendo o
pior momento no
Brasil desde o inicio
da pandemia.
Temos milhões de
pessoas ficando
desempregadas e
consequentemente
sem o sustento
para suas famílias.
Em Jaboticabal
além dos esforços do Serviço de Assistência Social
Municipal, as entidades representativas de classes se
desdobram a cada semana para manter ações de ajuda
humanitária com a doação de cestas básicas as famílias
necessitadas.
A informação é de que há 8.000 pedidos de cestas
básicas para as famílias. Se considerarmos que cada
família tem em média 03(três) integrantes chega-se ao
número de 24.000 pessoas que estão em estado de
necessidade vivendo na linha da miséria.
As entidades representativas de classe e a Prefeitura
tem se esforçado ao extremo para que estas famílias
recebam os produtos de subsistência com regularidade.
Em alguns lugares não apenas se distribui cestas
básicas, mas a distribuição de marmitas diárias para
aplacar a fome das pessoas. Tivemos o relato
emocionado do Prefeito de Aparecida do Norte pedindo
socorro ao Governo Estadual e Federal pois a fonte de
renda de seus habitantes voltado para o turismo zerou,
“Tenho gente me pedindo cesta básica para não passar
fomes” Disse ele que os pedidos vem de pessoas que
cobertos de vergonha não conseguem afastar a
necessidade que tem da comida e da ajuda”.
O problema é que as pessoas que outrora contribuíam
com a doação de alimentos, agora estão diminuindo a
ajuda, mesmo porque, muitas estão na linha que
delimita a necessidade dos outros e a necessidade
própria. Aliado a esta dificuldade temos que enfrentar
no Brasil ações absurdas como o projeto do Prefeito de
Curitiba que levou em seu escopo a proibição de ser
efetuadas as doações aos moradores de ruas,
determinando que apenas a Prefeitura poderia fazer tal
trabalho. Determinou até multa, mas evidentemente,
por pressão da sociedade desistiu e alterou o texto
original da lei.
O comércio está pagando um preço muito alto em
vista das restrições impostas
pelo Governo Estadual e
Municipal. O Estado de São
Paulo está na fase vermelha
e o reflexo está estampado
nas lojas que fecharam e
estão por fechar suas portas.
Algumas empresas não
voltarão mais a abrir e
outras estão indo embora. A
empresa LG do Brasil
encerrou sua produção e
fechou sua fábrica de
Taubaté, no interior de São
Paulo. A empresa terá a
linha de fabricação
transferida para Manaus.
Não suportou a carga tributária e aumento de 10% de
ICMS estabelecido pelo Governador do Estado de São
Paulo. Com isso, a fábrica paulista será fechada,
resultando na demissão de, ao menos, 700
funcionários, muitos deles terceirizados.
Outra discussão que está criando corpo é sobre o
tratamento imediato tão repudiado pelos Governos
Estaduais e por muitos Prefeitos. Certamente a falta de
olhar holístico sobre a situação da pandemia tem
causado a perda de muitas vidas. Muita gente está
perdendo a oportunidade de sobreviver pela resistência
de muitos Governos e prefeitos ao tratamento
imediato. Dizem que seguem as orientações do Médico
e que estes têm a responsabilidade de administrar e
escolher o procedimento a ser adotado. Em primeiro
lugar a Administração do Município é do Prefeito. É a
ele que cabe escolher o corpo clínico que é favorável ou
não ao tratamento clínico imediato. Se há contrato para
ser cumprido de um lado há perdas de vidas de outro.
O que é mais relevante e valioso? Muitos Governadores
e Prefeitos levarão nas costas o peso da culpa por não
ter dado uma chance de vida as muitas pessoas que
estão morrendo privadas do tratamento imediato.
Temos um exemplo bem próximo que pode ajudar a
repensar as ações da Administração Pública Municipal.
Na cidade de Taiuva; especificamente, no CENTRO DE
DETENÇÃO PROVISÓRIA em relatório emitido por
aquela instituição demonstra que o procedimento diário
de prevenção e o tratamento imediato revelou ter
resultados positivos.
A Unidade Prisional de Taiuva SP (CDP) possui uma
população carcerária de 899 detentos, e desde o inicio
da Pandemia houve 22 servidores e 95 detentos
contaminados com o vírus, todos tiveram sintomas
leves ou ficaram assintomáticos, atualmente há 8 (oito)
presos diagnosticados com o Vírus COVID-19, e 4
(quatro) servidores. A informação é que todas as
medidas constantes no Protocolo emitido pela
Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Plano de
Contingência do Departamento Penitenciário Nacional
(DEPEN), bem como pelo Comitê Gestão de Crise -
COVID-19 instituído no âmbito desta Secretaria de
Administração Penitenciária, a nota técnica nº 04/2020
da ANVISA e os planos de contingência elaborados pela
Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário
foram observadas.
O que chama a atenção são os procedimentos que
evidentemente são acompanhados e determinados por
médico apontando que os procedimentos se igualam ao
tratamento imediato, e tem sido responsável pelo
sucesso na prevenção e combate ao contágio, eis que
nenhuma morte e nenhum paciente passou para o
estado grave desde o início da pandemia:
1)
Há prestação de assistência diariamente a todos
os custodiados pela equipe de Saúde da unidade,
sendo que, se for detectado algum preso com
sintomas gripais, este é encaminhado ao setor de
Saúde para atendimento e realização de exames se
for o caso, bem como isolamento por 14(quatorze)
dias; aliado a disponibilização de máscaras faciais
para todos os custodiados;
2)
Aferição de temperatura em todas as pessoas que
for adentrar a unidade;
3)
Higienização de calçados e viaturas com utilização
de hipoclorito de sódio;
4)
Disponibilização de máscaras faciais, álcool gel e
sabonete líquido para todos os setores,
especialmente no setor de Portaria com a instalação
de um totem;
5)
Isolamento por 14 (quatorze) dias dos custodiados
que forem incluídos no presídio para,
posteriormente e se não apresentarem sintomas
serem alocados nos outros pavilhões habitacionais;
6)
Isolamento de todos os detentos que apresentar
sintomas gripais;
7)
Afastamento compulsório de todos os servidores
que apresentarem sintomas gripais;
8)
Orientação por parte da equipe de Saúde para
toda a população carcerária no sentido da correta
higienização das mãos, celas e pavilhões, assim
como o correto uso de máscaras entre outros
programas de incentivos, certo de que se
intensificou a disponibilização de produtos de
higiene coletiva e individual para todos os
custodiados e servidores. (Relatório fornecido pelo
CDP a comissão de segurança e direito da cidadania
da OAB/SP – 6 subseção de Jaboticabal SP)
A informação é que a unidade além de todas as
medidas acima relacionadas, a fim de combater a
disseminação da referida doença, intensificou as
medidas de higiene e sanitização nebulizando
periodicamente todas as áreas do estabelecimento.
Desta forma, se não houvesse as práticas e ações
imediatas, certamente os resultados na população
carcerária seria bem diferente. Muitas mortes. Imagine
o contágio dentro
de um presidio em
que estão alojados
cerca de 900
presos.
O tratamento
imediato não se
trata de
fornecimento de kit
de remédios (Kit
Covid como é conhecido popularmente) mas ocorre
através de avaliação médica em administrar medicação
especifica para aquela fase da doença e por meio de
monitoramento a cada 02(dois) dias acompanhar o
paciente e a evolução do tratamento. Tais ações podem
amenizar os sintomas e evitar a evolução para a
internação, o que sobrecarrega o sistema de saúde.
Estes cuidados podem servir de orientações, estudo e
laboratório para que nossos governantes tomem
atitudes que reverterão em vida a população que
tantos problemas já enfrenta com a pandemia.
FALANDO
SÉRIO
João Martins Neto *
*Dr João Martins Neto é Advogado e jornalista em
Jaboticabal SP
facebook do autor e Mentore Conti
*Dr João Martins Neto é Advogado e Jornalista em Jaboticabal SP