A CALÇADA COMO OBSTÁCULO Jaboticabal 5 de novembro de 2021 Buracos, raízes de árvores, tapumes, pisos desnivelados, tronco de árvores, suportes de ferro quebrados. Esse cenário parece comum? As calçadas de Jaboticabal, utilizadas por uma grande maioria da população para se locomover diariamente, apresentam diversos problemas como esses. Os passeios públicos (calçadas), como são denominadas pela Prefeitura Municipal, deveriam ter sua fiscalização e manutenção como prioridades, afinal, todos que utilizam as vias públicas entre eles, motoristas, motociclistas e ciclistas, fora de seus veículos, também se tornam a parte mais desprotegida - e prejudicada - do trânsito: o pedestre. Concluímos que a vida dos gestores não passa por ali. Não andam a pé, e assim o fazendo não tropeçam no desnível da calçada, não rasgam o joelho nos buracos feitos nas calçadas, não quebram a perna. Vivem gritando aos quatros cantos que estudaram os problemas da cidade e não conseguem enxergar o óbvio – As calçadas se tornaram obstáculos. Um dos problemas frequentemente enfrentados por uma parcela de nossa comunidade que usa cadeiras de rodas para se locomoverem, são as raízes de árvores, degraus, avanço de portões, buracos deformando as calçadas. A cada vez que precisam se deslocar pelas vias públicas da cidade precisam disputar o espaço com ônibus, carros e motocicletas. Quando isso ocorre, os condutores de veículos que são conscientes de seu papel no trânsito "param e esperam, mas não se pode contar com isso sempre”. Seria melhor se houvesse a preocupação do poder público em consertar tais defeitos eliminando os obstáculos, ou exigir de quem tem a responsabilidade o fazer. As obras também fazem parte da lista de transtornos que o pedestre encontra no seu caminho. São tapumes, resto de cimento e reboco no meio da passagem. Manutenção da via pública sem os devidos avisos de que aquele lugar estará interditado também causa transtorno. Os pedestres se desviam como podem ficando expostos a riscos de atropelamentos. Existe um grande número destes obstáculos na área central da cidade que podem provocar acidentes, muitas vezes graves e até causando a morte de transeuntes. Buracos, canos e toco de árvores que foram cortadas resistem as intempéries administrativas e se tornaram parte de uma paisagem urbana deturpada. Do lado da loja “Casas Bahia” subindo a Av. Marechal Deodoro, na calçada, tem dois tocos que foram deixados lá quando as árvores que ali estavam foram cortadas. Se continuarmos caminhando pela cidade iremos observar muitos obstáculos da mesma natureza, e eles estão lá já faz algum tempo e ninguém se importa, nem a Secretaria de Obras ou de Planejamento ou da Indústria e Comércio. - Ah! Para que se importar, se não está atrapalhando ninguém? Aqueles “tocos” que estão ali na Av. Marechal Deodoro ao lado da Loja Casas Bahia, apenas serão vistos pela Administração Pública quando alguém, que se envolver em acidente de trânsito “rachar a cabeça” e morrer. - Ah! mas de quem é a responsabilidade para retirar aquelas joias dali? No momento ninguém é o responsável. Mas deixa acontecer a fatalidade que saberemos nos bolsos de quem irá doer o valor da indenização. Para que o mal prevaleça, basta que o bem fique em silêncio e é o que estamos vendo em nossa cidade, um silêncio ensurdecedor quando se fala em mobilidade urbana. Existia uma cobrança premente sobre um tal de “Quadrilátero Central” que visava regulamentar o trafego dos veículos de carga na área central da cidade. Não se fala mais. Acredita-se que não circulam mais os veículos pesados pela área central da cidade. Por enquanto vamos aguardar que seja também prioridade da Prefeitura cuidar destes problemas. Somente será dada a devida atenção quando acontecer os acidentes e aparecer gente com a perna quebrada, joelho esfolado, cabeça rachada e morta.