Cronica e arte
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VOLTA AS AULAS, ESTADOS E
MUNICÍPIOS ESTÃO PREPARADOS?
O Brasil ainda não
retomou as
atividades
escolares
presenciais. Alguns
ensaios tímidos
foram intentados, porém sem efetividade.
Gestores da área da educação, profissionais
da saúde e governos ainda definem esses
protocolos para o retorno das aulas
presenciais. Afinal, não bastam só cuidados
sanitários, estão envolvidas diretrizes
pedagógicas e a condição emocional dos
principais agentes desta celeuma, alunos,
pais e professores.
O fato não é
simplesmente
voltar as aulas. É
preciso realizar
avaliação
diagnóstica para verificar os diferentes
estágios de aprendizagem em que os alunos
se encontram, adequar diretrizes, planos
pedagógicos e acompanhar possíveis efeitos
psicológicos decorrentes do isolamento e da
quarentena.
Neste interim, na rede pública Municipal e
Estadual de ensino estão inseridas as escolas
de ensino infantil e fundamental e ensino
médio. Na tomada destas decisões, deverão
ser levadas em conta em primeiro lugar as
medidas sanitárias. É importante ressaltar
que não se resolverá dizendo “a nossa escola
tem máscara e
álcool em gel e
está tudo
resolvido”. As
crianças em
todas as faixas
etárias deverão
utilizar
máscaras, fazer
uso de álcool gel
bem como,
manter
distanciamento
de segurança.
No ensino infantil é difícil crianças ficarem
com as máscaras. Então, como aplicar os
protocolos da OMS na educação infantil?
Como é que se fará educação infantil com
dois metros de distância? Será muito difícil
colocar crianças em quadradinhos e fazer com
que elas fiquem lá. A escola de educação
infantil tem suas nuances e o distanciamento
é algo que será difícil conseguir fazer.
Vamos utilizar aqui ações hipotéticas de como
deverá ser o
retorno as aulas:
Uma equipe com
profissionais
paramentados
aguarda no portão
de entrada. Conforme os alunos chegam à
escola, formam filas com distanciamento de
1,5 metro. Um a um, são identificados e têm
as temperaturas corporais medidas. Quem
está com suspeita de febre é imediatamente
enviado para casa. Os demais ingressam nas
dependências da escola.
Enquanto as bolsas são sanitizadas, os
estudantes lavam as mãos. Depois, passam
por tapetes que desinfetam os sapatos. Ao
chegar na sala de aula, cada um se acomoda
em carteiras que também respeitam a
distância mínima de um metro e meio. As
janelas deverão permanecer abertas.
Todos os alunos usam máscaras. Elas
precisam ser trocadas a cada duas horas, a
depender da idade da criança e das atividades
do dia. Um aluno que passa dois turnos na
escola pode precisar de até 6 máscaras por
dia. A lavagem das mãos também acontece
com a frequência de duas horas, sob a
supervisão de professores e funcionários.
Os ambientes: pátio, biblioteca, banheiros,
laboratórios, refeitórios – estão demarcados
para respeitar o distanciamento e são
higienizados frequentemente. Nada de
aglomerações. As séries voltam em horários e
dias escalonados, limitando a circulação de
pessoas na área externa e no interior da
escola. No intervalo, mesmo após meses sem
encontrar os colegas, nada de abraços ou
qualquer contato muito próximo.
O cenário descrito acima é fictício, foi
embasado em ações sanitárias que algumas
escolas poderão em algum lugar desenvolver
como preparativos e protocolos de higiene
sanitária para a volta as aulas. Em nossa
cidade as providencias que deverão ser
tomadas não poderão ser muito diferentes
destas, mesmo porque, fazem parte das
ações sanitárias mínimas que as Prefeituras e
os Estados poderão adotar.
A diretriz
pedagógica
elaborada pelas
Secretarias da
Educação
Municipais e
Estaduais também enfrentarão grandes
desafios mesmo porque, existem as
diferenças e realidades de cada unidade
educacional onde estão localizadas e sua
clientela.
Além disso, os professores estarão inseridos
no contexto, recebendo todas as informações
e treinamentos que a situação nova exige. A
administração pública de Estados e Municípios
cuidará para que não somente os alunos, mas
os professores se sintam acolhidos nesta
etapa. O que dará segurança é conhecimento
e informação. Os profissionais envolvidos
neste momento devem ver que a realidade da
escola onde trabalham poderão receber as
crianças com segurança. Se os professores
não se sentirem acolhidos, eles podem não
acolher as crianças da forma que se espera,
causando frustração, pois ninguém consegue
dar o que não tem.
É de muita estima que as aulas voltem a ser
ministradas de forma presencial, porém, sem
estrutura física disponibilizada nas escolas e
preparação efetiva dos profissionais ligados à
educação poderá ser traumática para todos os
envolvidos.
FALANDO
SÉRIO
João Martins Neto *
*Dr João Martins Neto é Advogado em Jaboticabal SP
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*Dr João Martins Neto é Advogado em Jaboticabal SP