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Cronica e arte

CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869, 14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
VOLTA AS AULAS, ESTADOS E MUNICÍPIOS ESTÃO PREPARADOS? O Brasil ainda não retomou as atividades escolares presenciais. Alguns ensaios tímidos foram intentados, porém sem efetividade. Gestores da área da educação, profissionais da saúde e governos ainda definem esses protocolos para o retorno das aulas presenciais. Afinal, não bastam só cuidados sanitários, estão envolvidas diretrizes pedagógicas e a condição emocional dos principais agentes desta celeuma, alunos, pais e professores. O fato não é simplesmente voltar as aulas. É preciso realizar avaliação diagnóstica para verificar os diferentes estágios de aprendizagem em que os alunos se encontram, adequar diretrizes, planos pedagógicos e acompanhar possíveis efeitos psicológicos decorrentes do isolamento e da quarentena. Neste interim, na rede pública Municipal e Estadual de ensino estão inseridas as escolas de ensino infantil e fundamental e ensino médio. Na tomada destas decisões, deverão ser levadas em conta em primeiro lugar as medidas sanitárias. É importante ressaltar que não se resolverá dizendo “a nossa escola tem máscara e álcool em gel e está tudo resolvido”. As crianças em todas as faixas etárias deverão utilizar máscaras, fazer uso de álcool gel bem como, manter distanciamento de segurança. No ensino infantil é difícil crianças ficarem com as máscaras. Então, como aplicar os protocolos da OMS na educação infantil? Como é que se fará educação infantil com dois metros de distância? Será muito difícil colocar crianças em quadradinhos e fazer com que elas fiquem lá. A escola de educação infantil tem suas nuances e o distanciamento é algo que será difícil conseguir fazer. Vamos utilizar aqui ações hipotéticas de como deverá ser o retorno as aulas: Uma equipe com profissionais paramentados aguarda no portão de entrada. Conforme os alunos chegam à escola, formam filas com distanciamento de 1,5 metro. Um a um, são identificados e têm as temperaturas corporais medidas. Quem está com suspeita de febre é imediatamente enviado para casa. Os demais ingressam nas dependências da escola. Enquanto as bolsas são sanitizadas, os estudantes lavam as mãos. Depois, passam por tapetes que desinfetam os sapatos. Ao chegar na sala de aula, cada um se acomoda em carteiras que também respeitam a distância mínima de um metro e meio. As janelas deverão permanecer abertas. Todos os alunos usam máscaras. Elas precisam ser trocadas a cada duas horas, a depender da idade da criança e das atividades do dia. Um aluno que passa dois turnos na escola pode precisar de até 6 máscaras por dia. A lavagem das mãos também acontece com a frequência de duas horas, sob a supervisão de professores e funcionários. Os ambientes: pátio, biblioteca, banheiros, laboratórios, refeitórios – estão demarcados para respeitar o distanciamento e são higienizados frequentemente. Nada de aglomerações. As séries voltam em horários e dias escalonados, limitando a circulação de pessoas na área externa e no interior da escola. No intervalo, mesmo após meses sem encontrar os colegas, nada de abraços ou qualquer contato muito próximo. O cenário descrito acima é fictício, foi embasado em ações sanitárias que algumas escolas poderão em algum lugar desenvolver como preparativos e protocolos de higiene sanitária para a volta as aulas. Em nossa cidade as providencias que deverão ser tomadas não poderão ser muito diferentes destas, mesmo porque, fazem parte das ações sanitárias mínimas que as Prefeituras e os Estados poderão adotar. A diretriz pedagógica elaborada pelas Secretarias da Educação Municipais e Estaduais também enfrentarão grandes desafios mesmo porque, existem as diferenças e realidades de cada unidade educacional onde estão localizadas e sua clientela. Além disso, os professores estarão inseridos no contexto, recebendo todas as informações e treinamentos que a situação nova exige. A administração pública de Estados e Municípios cuidará para que não somente os alunos, mas os professores se sintam acolhidos nesta etapa. O que dará segurança é conhecimento e informação. Os profissionais envolvidos neste momento devem ver que a realidade da escola onde trabalham poderão receber as crianças com segurança. Se os professores não se sentirem acolhidos, eles podem não acolher as crianças da forma que se espera, causando frustração, pois ninguém consegue dar o que não tem. É de muita estima que as aulas voltem a ser ministradas de forma presencial, porém, sem estrutura física disponibilizada nas escolas e preparação efetiva dos profissionais ligados à educação poderá ser traumática para todos os envolvidos.
FALANDO SÉRIO
João Martins Neto *
*Dr João Martins Neto é Advogado em Jaboticabal SP
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*Dr João Martins Neto é Advogado em Jaboticabal SP