TEMPOS DIFÍCEIS No ano passado cerca de 348 candidatos aprovados na Polícia Civil em um concurso realizado deixaram de se apresentar para posse dos cargos. A "evasão" de aprovados para agente de telecomunicação, policiais, papiloscopistas e auxiliares, e de escrivães foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOE) tornando definitiva a falta de interesse dos candidatos. A evasão e a falta de interesse em tomar posse, se dá em virtude dos baixos salários somados ao risco de vida inerente a profissão. Não se vê nenhuma ação por parte do Governo Estadual na valorização de seus policiais Civis. Hoje, no Estado de São Paulo registra-se o pior salário do Brasil, mesmo sendo o Estado mais rico da Federação. Algo precisa ser feito e o Governo Estadual não pode priorizar setores como a propaganda Institucional que consome imensa cifra aos cofres públicos em detrimento de áreas como a saúde e segurança. Aliado a falta de estrutura na Segurança Pública, nos vemos as portas de cancelamentos de unidades de emergência em hospitais de referencia e de grande apoio em nossa Região. Fala-se em extinção de 50 leitos de emergência no Hospital do Câncer de Barretos. Aguarda-se a liberação de novos leitos para Nosso sistema de saúde. Um absurdo em vista da situação grave por que passa o País e nossa cidade em vista do COVID-19. As idas e voltas das fases por que passa nossa cidade atesta a fragilidade da administração pública frente a pandemia. No popular “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come” acaba demonstrando e comprovando pouca eficiência e eficácia nas ações projetadas pela administração Pública. O transporte Público municipal que trouxe alento aos munícipes está passando por uma grande crise com o risco de ser desativado por falta de cumprimento contratual aumentando ainda mais a angustia e desespero dos agentes envolvidos diretamente, empresa e usuários das linhas de ônibus do “tarifa zero”. Vivemos em tempos difíceis, pois a cada dia que passa a incerteza toma conta dos entes envolvidos gerando insegurança aos moradores e a tranquilidade é abalada por atitudes que na maioria das vezes é equivocada causando o abalo na paz social.

João Martins Neto *