Cronica e arte
CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email
cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869, 14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
CEROL – TIRE ESTA LINHA DE SUA VIDA
Um brinquedo que pode se tornar arma mortal
Jaboticabal, 8 de Abril de 2022
A
utilização de
linhas com cerol
para “empinar”
as pipas tem se
tornando comum
há muitos anos e
o poder público
encontra muita
dificuldade em coibir o uso e fiscalizar a sua
utilização, ora por falta de legislação especifica, ora
pela inoperância do poder executivo, não definindo
quem tem a legitimidade para fiscalizar, apreender e
aplicar as eventuais multas.
O uso de Cerol nas pipas por crianças,
adolescentes e adultos começou a tomar proporções
maiores nos últimos anos tendo suas mais variadas
justificativas. As disputas de quem era mais habilidoso
nas manobras com as pipas começou a dar lugar aos
implacáveis caçadores, que além das manobras
ofensivas e evasivas, também passaram a ser
armadas com linhas com cerol.
O cerol; geralmente, é produzido de forma
caseira e tem concorrente a altura e que também
pode causar prejuízos irreparáveis – as linhas
Chilenas coloridas que são cortantes por sua
resistente natureza. As linhas com cerol e as linhas
Chilenas representam perigo para toda a população e
coloca em risco pedestres, ciclistas e motociclistas
que circulam pela cidade, além da própria pessoa que
está utilizando. O uso desses materiais ou qualquer
outro produto cortante na prática de “empinar pipas”
é considerado crime.
Na ótica
crítica, observa-se
que antigamente o
cerol era utilizado
de forma
responsável, pois
era apenas
aplicado a 3 ou 4
metros nas
porções de linhas
próximas ao
brinquedo, isto é, a parte cortante da linha era para a
defesa de eventual adversário que se aproximasse
para “laçar”, termo utilizado para demonstrar a
derrubada das outras pipas e papagaios. Desta forma,
o Cerol não era aplicado na extensão total da linha
utilizada para a brincadeira, apenas na parte final
próxima à pipa.
Ao tomar esta providencia cautelosa, os riscos
de atingir pedestres, motociclistas e demais usuários
do trânsito se tornavam quase nulos, pois, mesmo
que a linha se quebrasse pelas manobras das pipas e
caíssem, embora ficassem expostas, estendidas e
suspensas pelas ruas não causavam danos letais as
vítimas que fossem atingidas por elas.
Nos últimos anos, as estatísticas demonstram
um número de vítimas cada vez maior. A difusão
desta prática é que o cerol é um produto de
fabricação caseira, de baixo custo, e os materiais
utilizados na sua fabricação são de fácil acesso.
Curiosamente já existe um mercado paralelo até na
internet, onde sítios de anúncios classificados ou sítios
de discussão sobre pipas oferecem linhas
“industrializadas” mais sofisticadas e com um poder
de corte muito maior que o das linhas de fabricação
caseira.
Uma linha, como já dita, das mais conhecidas é
a “linha chilena”, fabricada com o acréscimo de
produtos químicos (óxido de alumínio e óxido de
silício), o que a torna de fácil acesso e de poder letal
tanto quanto a linha com cerol. As campanhas de
conscientização são muito importantes e
fundamentais para ajudar evitar os danos e prejuízos
que todos dias vítimas experimentam. Além de coibir
o uso, campanhas de transito são bem-vindas,
inclusive com a instalação de anteninhas corta linha
de cerol.
Brincar com “pipas” pode ser uma brincadeira
emocionante, porém, ficarão mais divertidas se não
forem utilizadas a linha com cerol e linha Chilena. -
Vamos mudar isso?
FALANDO
SÉRIO
João Martins Neto Mtb 0091259 SP
*
*Dr João Martins Neto é Advogado em Jaboticabal SP
facebook do autor e internt
*Dr João Martins Neto é Advogado
e Jornalista em Jaboticabal SP