Cronica e arte
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A REVOLTA DA VACINA
Jaboticabal,10 de dezembro de 2020
A FNP (Frente
Nacional de
Prefeitos)
divulgou nota
nesta 4ª feira
(9.dez.2020)
cobrando do
governo federal um plano nacional de
imunização, bem como a compra e
distribuição de vacinas contra a covid-19
“com agilidade e presteza“.
Dentre os muitos argumentos a favor e
contra a vacinação existem inúmeras pessoas
que não se importam se a vacina ira ser
aplicada de forma obrigatória ou não. Sequer
querem saber se o Governo Federal elaborou
plano de vacinação Nacional.
Existe uma quebra de braço entre Governos
Estaduais e o Governo Federal para a
normatização da vacina no Brasil. Até mesmo
a OAB Nacional entrou na discussão
requerendo direitos junto ao STF para que a
Suprema Corte obrigue o Governo Federal a
efetuar a Vacinação sem a autorização da
ANVISA, fazendo uso de certificações para a
vacina de outros países.
O que se vê, são atropelos e disparates
contrários as normas sanitárias do País.
Pesquisadores, médicos, sanitaristas e outros
estudiosos da área são maioria em afirmar
que não há comprovação cientifica ainda,
para que a vacina “x” ou “y” seja aplicada na
população. Não se sabem os efeitos
colaterais e sequelas das vacinas que podem
ser muitos, inclusive letais. Tais efeitos
podem demorar de um a dois anos para
surgir segundo a fala de pessoas que
entendem do assunto.
Há uma contradição
neste aspecto
quando analisamos
aquele caso do
remédio contra o
câncer
(fosfoetanolamina
sintética), que foi
descoberto pelo Professor da USP de São
Carlos e era vendido a preço de bananas.
Embora os resultados; segundo o
descobridor do remédio, eram positivos,
houve celeuma e uma grande discussão
sobre o resultado efetivo e efeitos colaterais.
A fabricação foi proibida porque não foi
certificada pela ANVISA. O remédio não era
vacina, mas era remédio, e quem deveria;
como o fez, aprovar e certificar sua produção
e uso era a ANVISA.
O órgão fiscalizador é a ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) e ela não
pode ser suprimida por qualquer outro órgão,
seja pela esfera Municipal, Estadual ou
Federal. Quem entende de Medicina é médico
e não Politico ou outro profissional. Quem
deve certificar as condições sanitárias de um
produto de saúde é a ANVISA.
Tais fatos nos faz lembrar sobre a Revolta da
vacina: A Revolta da Vacina aconteceu no Rio
de Janeiro, quando ainda era capital do
Brasil, entre os dias 10 e 16 de novembro de
1904. O povo insatisfeito protestou contra a
Lei da Vacinação Obrigatória e também
contra os serviços públicos prestados. A anti-
varíola foi a vacina responsável por essa
revolta.
A revolta era
pela maneira
como era
produzida a
vacina. Aliado a
esta condição, o
povo se
revoltou pela
forma em que
ela deveria ser aplicada (obrigatória) e se
instalou uma grande confusão, dada o inicio
de reurbanização da cidade do Rio de
Janeiro, em vista do número incalculável de
ratos que conviviam com a população. Estes
bichos eram transmissores de doenças e
hospedeiros de outras moléstias. Com atos
de autoritarismo onde as casas eram
sistematicamente invadidas e vasculhadas a
procura dos bichos o povo se revoltou. Após
algumas ações do Governo que se
mostraram autoritárias, a vacina deixou de
ser obrigatória sendo então opcional a quem
quisesse receber a aplicação.
A história de repete. Os atos de autoritarismo
destilado por Governadores estão gerando
revolta na população. Órgãos de regulação e
fiscalizadores iniciaram questionamentos. O
TCE-SP diz que o governo não apresentou
justificativas satisfatórias e classificou como
‘genéricas’, as informações encaminhadas ao
órgão após a primeira notificação, feitas em
junho. O TCE-SP questionou os critérios que
o estado de São Paulo usou para firmar a
parceria com a empresa chinesa.
Agindo assim, sugere-se que outros
interesses; que não os corretos, estão sendo
prestigiados por parte dos Governantes. Qual
a razão do Governo de São Paulo apresentar
justificativas genéricas do Contrato de vacina
fornecido pela China? Fala-se até que o
Governo do Estado de São Paulo está
iniciando tratativas de Comercialização do
produto com países da América Latina.
Dentro de suas
atribuições, não é
função administrativa
de Governo Estadual
esta prática.
Além disso, vemos
também as ações
para defesa de uma
segunda onda da
pandemia, como se
houvesse terminado
a primeira.
Outrossim, muitos
prefeitos e Governadores acreditam que
fizeram um grande trabalho durante a
pandemia, quando na realidade não
realizaram o que de fato deveriam ter feito.
Dinheiro não faltou. Houve montagem e
desmontagem de hospitais de campanha a
toque de caixa. Morreu um grande número
de pessoas e continua morrendo por falta de
leitos de UTI. - O que foi feito? O que será
feito então? Haverá montagem de novos
hospitais de campanha novamente? Compra
de respiradores mecânicos?
A revolta do povo não é somente contra a
vacina. A revolta é contra as ações dos
Prefeitos e Governadores que não avaliaram
de forma correta os riscos de suas ações
causando prejuízo letal a muitas pessoas. A
revolta é contra o autoritarismo, desmandos,
politização do assunto de competência
sanitária por agentes incompetentes que foi
instaurado de forma absurda, atingindo
sobremaneira a economia e vida social do
povo que espera sim, a chegada da vacina,
com responsabilidade e a aprovação da
ANVISA (AGÊNCIA NACIONAL DE
VIGILANCIA SANITÁRIA).
FALANDO
SÉRIO
João Martins Neto *
*Dr João Martins Neto é Advogado em Jaboticabal SP
facebook do autor e Agencia Brasil e dominio
público
charge 1 da revista O Malho, de 29 de
outubro de 1904; charge 2
CONTINUA DEPOIS DO ANÚNCIO
*Dr João Martins Neto é Advogado em Jaboticabal SP