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-BRASIL SE PREPARA PARA AS OLIMPÍADAS DE
INVERNO DE 2026 EM MILÃO E CORTINA
D’AMPEZZO
Mentore Conti Mtb 0080415 SP foto Agencia Brasil/
Divulgação
Jaboticabal 5 de novembro de 2025
Os atletas brasileiros
intensificam a
preparação para as
Olimpíadas de Inverno
de 2026, que serão
realizadas entre 6 e 22
de fevereiro em Milão e
Cortina d’Ampezzo, na
Itália. As cidades-sede
enfrentam médias de 3
°C em Milão e -1 °C em Cortina d’Ampezzo durante o
período dos jogos, condições que desafiam os
competidores vindos de países tropicais. O Brasil, que
ainda busca consolidar sua presença em modalidades
de neve e gelo, aposta em jovens talentos e na
experiência de nomes que vêm se destacando nos
últimos anos.
Preparação e desafios do Brasil para os Jogos de
Inverno de 2026
As Olimpíadas de
Inverno de 2026,
oficialmente
conhecidas como
Milano Cortina 2026,
serão as primeiras
sediadas
conjuntamente por
duas cidades desde
1956, reunindo mais de 80 nações em competições que
vão do esqui alpino ao hóquei no gelo. O Brasil, país de
clima predominantemente tropical, volta a desafiar as
condições climáticas e estruturais que historicamente
dificultam o desenvolvimento dos esportes de inverno
por aqui. A delegação brasileira está em fase de
qualificação e treinamento, com foco em modalidades
como bobsled, skeleton, esqui cross-country, curling e
snowboard.
Nos últimos anos, o Comitê Olímpico do Brasil (COB)
tem intensificado o apoio logístico e financeiro aos
atletas que competem no exterior. Centros de
treinamento na Europa e na América do Norte
tornaram-se a base de preparação de boa parte da
equipe, que tem contado com intercâmbios técnicos e
acompanhamento de profissionais especializados. A
meta é superar o desempenho das últimas edições, nas
quais o Brasil teve participações expressivas, mas
ainda sem medalhas.
Entre os nomes mais cotados para representar o país
estão Nicole Silveira, destaque no skeleton, e Edson
Bindilatti, veterano do bobsled. A equipe brasileira de
curling também vem ganhando experiência em torneios
internacionais, com apoio de federações parceiras no
Canadá. Para muitos desses atletas, a jornada até
Milão e Cortina d’Ampezzo é marcada por sacrifício,
persistência e a busca por um espaço em modalidades
pouco difundidas no Brasil.
As condições climáticas das sedes também são um
fator determinante. Enquanto Milão, centro urbano e
financeiro da Itália, apresenta temperaturas médias de
3 °C no mês de fevereiro, Cortina d’Ampezzo, nos
Alpes Dolomitas, chega a -1 °C, com fortes chances de
neve. Essa diferença de altitude e clima afeta
diretamente o tipo de pista e as condições de
competição. A organização promete arenas modernas e
sustentáveis, priorizando o uso de estruturas já
existentes e reduzindo o impacto ambiental — uma
marca dos Jogos de 2026.
Além do aspecto esportivo, a participação brasileira tem
um valor simbólico. Representa a continuidade de um
esforço de mais de duas décadas para inserir o país no
cenário dos esportes de inverno, impulsionado pela
fundação da Confederação Brasileira de Desportos no
Gelo (CBDG) em 1996. A presença verde e amarela
nas montanhas italianas reforça a ideia de que o
esporte, independentemente do clima, é capaz de unir
culturas e ampliar horizontes.
Os preparativos seguem até o início de 2026, com
treinos intensos e competições classificatórias previstas
em países europeus e norte-americanos. O desafio
brasileiro, mais uma vez, será equilibrar limitações de
estrutura com a determinação de atletas que
transformaram o improvável em possível — levando o
calor do Brasil ao frio das Olimpíadas de Inverno.