Cronica e arte
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O CENTENÁRIO DA MORTE DE LIMA BARRETO
Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos EBC
Jaboticabal, 2 de novembro de 2022
Há cem anos atrás, em 1 de
novembro de 1922, com 41
anos, o escritor que
praticamente foi o pioneiro
em descrever o preconceito, o
cotidiano da vida comum, as
desigualdades e as mazelas e
corrupção da sociedade
brasileira, morria no Rio de
Janeiro.
Lima Barreto, (Afonso
Henriques de Lima Barreto),
negro e de família pobre,
nascido em 13 de maio de
1881, também no Rio de
Janeiro, é considerado um
pré-modernista e um dos
maiores aurores da nossa
literatura.
Lima Barreto, acabou alcoólatra e sofreu duas internações,
em hospital psiquiátrico por conta disto, filho de professora
e tipografo, perdeu a mãe aos 7 anos de idade e com o
tempo, depois de cursar o Colégio D Pedro II e a Escola
Politécnica, teve que abandonar os estudos para sustentar
os irmãos menores.
Em uma de suas obras ganhou a antipatia de parte da
imprensa. No livro “Recordações do Escrivão Isaias
Caminha”, ele faz uma crítica ácida a jornais e jornalistas
que escreviam e forjavam notícias para chantagear o poder
público e conseguir verbas.
No linguajar de hoje, ele foi o primeiro a denunciar as “Fake
News”, fazendo com que progressistas, juízes e sites de
checagem de notícias, hoje, denunciem este problema com
mais de cem anos de atraso.
Lima Barreto, que foi
jornalista do Correio da
Manhã, e se candidatou 3
vezes pra a academia DE
LETRAS, mas só recebeu
dela, em 1921, uma
menção honrosa; Ele é um
escritor de um estilo
ímpar, e que cativa o leitor,
com uma visão bastante crítica da sociedade:
Entre outras obras, Lima Barreto escreveu:
Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909): romance.
As aventuras do Dr. Bogoloff (1912): romance.
Triste fim de Policarpo Quaresma (1915): romance.
Numa e a ninfa (1915): romance.
Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919): romance.
Histórias e sonhos (1920): contos.
Os bruzundangas (1922): crônicas.
Bagatelas (1923): crônicas.
Clara dos Anjos (1948): romance.
Feiras e mafuás (1953): artigos e crônicas.
Marginália (1953): crônicas.
Coisas do reino do Jambon (1956): sátira e folclore.
Vida urbana (1956): artigos e crônicas.
O subterrâneo do Morro do Castelo (1997): novela.
Diário íntimo (1953): memórias.
O cemitério dos vivos (1956): memórias.
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