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Oscar 2017 é marcado por gafe
histórica e críticas a Trump
27/02/2017 08h38Paris
Radio France Internationale // O diretor de Moonlight, Barry Jenkins, recebe o Oscar
de Melhor Filme após confusão com entrega da estatueta para La La Land
EPA/Lusa/Aaron Poole/AMPAS/Direitos Reservados
Hollywood foi palco neste domingo
(26) da grande festa do cinema
internacional, o Oscar 2017. Este ano
a premiação foi movimentada, com
muitas críticas ao presidente norte-
americano Donald Trump e uma gafe
histórica: o anúncio equivocado do
prêmio de melhor filme para La La
Land - Cantando Estações. As
informações são da Radio France
Internationale.
O final dessa festa ninguém vai esquecer porque o erro foi constrangedor. Os atores
veteranos Faye Dunaway e Warren Beatty eram os responsáveis por apresentar o
prêmio de melhor filme e anunciaram o musical La La Land - Cantando Estações
como o vencedor. De fato, o longa era o grande favorito, com 14 indicações.
Porém, quando os produtores de La La Land chegaram ao palco e abriram o
envelope, perceberam que o nome impresso era o de Moonlight - Sob a Luz do Luar.
A saia justa foi sem igual, sem contar a grande confusão no palco: ninguém sabia o
que fazer e o que estava acontecendo.
Depois, vieram as desculpas. O apresentador do Oscar 2017, Jimmy Kimmel, quis
saber porque Warren Beatty anunciou La La Land - Cantando Estações no lugar de
Moonlight - Sob a Luz do Luar. O ator explicou que estava com o envelope com a
informação equivocada, que no qual estava escrito Emma Stone – La La Land.
Momentos antes, a atriz havia recebido o prêmio de melhor atriz por sua atuação no
musical.
A situação foi muito constrangedora para todos, mas, no final, a estatueta ficou
mesmo com Moonlight - Sob a Luz do Luar. O longa, que conta a história de um
menino da periferia de Miami, também recebeu o prêmio de melhor roteiro
adaptado e melhor ator coadjuvante, para Mahershala Ali, primeiro ator muçulmano
a receber o Oscar em 89 anos da premiação.
Na manhã desta segunda-feira (27), o escritório responsável pela entrega das
estatuetas pediu desculpas e explicou que, de fato, Faye Dunaway e Warren Beatty
receberam o envelope com a informação errada.
O diretor de Moonlight, Barry Jenkins, recebe o Oscar de Melhor Filme após
confusão com entrega da estatueta para La La Land
Grande vencedor da noite
La La Land - Cantando Estações não ficou com a estatueta de melhor filme, mas foi o
filme que mais ganhou troféus, seis estatuetas no total: melhor atriz, música original,
trilha sonora, fotografia, design de produção e diretor, para Damien Chazelle, 32
anos, que se tornou o cineasta mais jovem a ganhar o tão concorrido Oscar de
melhor diretor.
Já melhor ator acabou sendo uma surpresa, Casey Affleck levou o Oscar por
Manchester à Beira-mar. O filme ganhou também a estatueta de roteiro original.
O título de melhor atriz coadjuvante foi para Viola Davis, por Um Limite Entre Nós,
que fez o discurso mais emocionante da noite, falando sobre a importância de contar
histórias de pessoas comuns. O longa foi dirigido por Denzel Washington, que
também atua e foi indicado como melhor ator. A trama se passa na década de 1950 e
conta a vida de um homem negro que sonhava em ser jogador de beisebol e se
tornou um catador de lixo.
Noite marcada por críticas a Trump
Foram três horas e meia de cerimônia costuradas inteiramente com alfinetadas –
diretas e indiretas – ao presidente Donald Trump. O apresentador Jimmy Kimmel já
começou a festa pedindo desculpas aos espectadores do mundo inteiro que,
segundo ele “agora nos odeiam”. Ao citar a atriz francesa e uma das indicadas ao
Oscar, Isabelle Huppert, frisou: “aqui não discriminamos nenhuma nacionalidade”.
Kimmel chegou até a mandar um Twitter ao vivo para Trump, a rede social preferida
do bilionário.
O ator Gael García Bernal foi mais direto. “Como mexicano, como latino-americano,
como imigrante trabalhador, sou contra qualquer muro que nos separe”, declarou. Já
o diretor iraniano Asghar Farhadi, que recebeu o prêmio de melhor filme estrangeiro
por O Apartamento, decidiu não comparecer à cerimônia, “em respeito aos
imigrantes banidos dos Estados Unidos”, explicou em carta.
O sírio Khaled Khateeb, um dos diretores do documentário vencedor de melhor
curta-metragem, Os Capacetes Brancos, foi impedido de comparecer à cerimônia
porque teve sua entrada nos Estados Unidos negada pelo serviço de imigração.