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Cronica e arte

CRONICA E ARTE  CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com Rua São João, 869,  14882-010 Jaboticabal SP
AGILDO RIBEIRO MORRE AOS 86 ANOS Mentore Conti Mtb 0080415 SP com dados EBC, G1, CBN Jornal o Dia // foto internet Jaboticabal, 29 de abril de 2018 O corpo do comediante Agildo Ribeiro foi cremado hoje à tarde dia 29, no Rio de Janeiro. Agildo morreu por problemas cardíacos em sua residência, na manhã de sábado, dia 28 e o velório foi aberto ao público. Amigos próximos e atores estiveram no velório do comediante, que ocorreu na capela 1 do Memorial do Carmo na Zona Portuária do Rio. Os artistas que compareceram, conhecidos e amigos, procuraram enfatizar a irreverência e o bom humor de Agildo Ribeiro e com isso tentavam tirar o clima de tristeza pela morte do comediante. Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho que nasceu em 1932 no dia 26 de abril e atuou como ator por seis décadas, criou personagens e alguns bordões que ficaram famosos, como “Múmia paralitica!”, quando xingava o mordomo que interrompia as divagações sobre Bruna Lombardi que seu personagem Aquiles Arquelau professor de mitologia, fazia. Na sua carreira artística Agildo Ribeiro fez parcerias com Paulo Silvino e Jô Soares entre outros comediantes e era chamado Capitão do riso. Ele tinha começado como ator de rádio no Rio de Janeiro, mas seu reconhecimento ocorreu em papéis cômicos na televisão. Em uma das entrevistas Agildo Ribeiro disse que tinha virado mania, quando ele abria a boca todo mundo ria e que ele tinha nascido para ser artista. Agido entrou na televisão em 1957, com personagem João Grilo, protagonista da peça Auto da Compadecida de Ariano Suassuna. O comediante também atuou na companhia do Ratinho topo Gigio programa infantil no início da década de 70. Agildo participou também na inauguração da TV Globo, onde trabalhou adaptação do programa “Balança Mais Não Cai” dirigido por Lúcio Mauro. Agildo trabalhou ainda em planeta dos homens de 1976, quando fazia o personagem Aquiles Arquelau professor de mitologia apaixonado por Bruna Lombardi (que citamos acima), na Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total. Em 1982 Agildo Ribeiro teve um programa só seu, denominado “Estúdio A Gildo”. Uma das últimas aparições do ator na televisão foi no episódio especial de Tá No Ar a TV na TV da Rede Globo, em um programa de homenagem de grandes nomes do humor no Brasil.  Agildo trabalhou também em outras emissoras como Bandeirantes, RTP Radio e televisão de Portugal SBT e Manchete. No cinema Agildo atuou em mais de 30 filmes como– Angu de Caroço de1955, O Feijão é Nosso de 1955, O Homem do Ano de 2003, Casa da Mãe Joana de 2008, entre outros. Agildo Ribeiro casou 5 vezes e entre as mulheres estavam Marília Pera e Consuelo Leandro, seu último casamento foi com a atriz e bailarina Didi Barata Ribeiro com quem ficou casado 35 anos, ela morreu em 2009. Agildo Barata Ribeiro não teve filhos com as mulheres com quem casou, mas aos 81 anos, descobriu que tinha um filho de uma antiga namorada e também um neto. O comediante Agildo Ribeiro, era filho de Agildo Barata Ribeiro, que nasceu em 1905 e faleceu em agosto de 68. O pai do comediante era militar e político, participando do tenentismo ao lado de Juarez Távora. Foi então que participou da Revolução de 30 juntamente com Ernesto Geisel e Emílio Garrastazu Médici, tenentistas também na época. Depois de lutar apoiando Getúlio na Revolução de 30, Agildo Barata Ribeiro pai do humorista, aderiu a revolução constitucionalista de 32. Com o fim da revolução ele foi exilado em Portugal onde teve contato com as ideias socialistas e se tornou comunista, participando então, em 1935, no Brasil, da intentona comunista, quando fazia parte do terceiro Regimento de infantaria, na praia vermelha. Intentona comunista esta liderada por Luís Carlos Prestes e Olga Benário. O pai de Agildo Ribeiro chegou a ser Vereador pelo PCB no Rio de Janeiro em 1947 (período de legalidade do Partido Comunista) e deixou o partido quando vieram à tona as denúncias de crimes de Josef Stalin. Em algumas entrevistas o humorista Agildo Ribeiro fez relatos sobre esse período, de quando ele, criança, viu em sua casa vários líderes comunistas.