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Cronica e arte

CRONICA E ARTE  CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869,  14882-010, Bairro Aparecida Jaboticabal SP
UM AMIGO BESTIAL! Adaptação do conto “A cor da Pele” Gastão Ferreira/2017 por  João Martins Neto Naquela noite Derso acordou de um sonho que se transformou em pesadelo; um bicho  o atacou durante o sono. No começo do sonho era um cachorrinho preto muito brincalhão, e o seu nome era Sheik. Sheik cresceu muito rápido, e em poucos meses seu tamanho era o dobro de um cão pastor alemão adolescente preto; animal não abandonava o seu dono. Onde Derso estava, ali também estava Sheyk, o interessante era que Sheyk quase não se alimentava. Coisas estranhas começaram à acontecer na zona rural Onde morava Derso; animais de criação desapareciam sem deixar vestígio. Porcos, galinhas, cabras simplesmente sumiam. Derso acordou assustado, algo ocorria no terreiro da casa. Espiou pela janela e avistou Sheik bem ao lado da leitoinha Jujuba, pareciam conversar. Jujuba acompanhou Sheyk até a sua casinha, entrou. Pela manhã notou que Jujuba havia desaparecido. Foi assim com muitos outros animais domésticos, entravam na casinha de Sheyk e sumiam. Derso passou as perceber que alguns amigos também, estavam desaparecendo.  Primeiro à sumir foi o menino Tiquinho Berola, depois Chico Pitanga, a Lindinha e o filho do Cridão. Naquelas beiradas, todos estavam ficando apavorados: - onde foram as crianças? Onde estavam os bichos? Derso começou a ouvir choro de meninos assustados, miados de gatos invisíveis, alaridos de animais, e o som vinha da casinha de Sheyk Sheyk se mostrava dócil, um cachorro carinhoso que amava o dono, mas Derso sabia que algo acontecia todas as noites, algo além da imaginação e que o animal estava envolvido de alguma forma. Após o anoitecer, tomou coragem e foi espiar dentro da casinha de Sheyk, o cachorro não estava. Escutou o som de vozes, falas de criança e avistou Sheyk e dois meninos se aproximando, saiu rapidamente da casinha e escondeu-se atrás de uma árvore. Os moleques entraram na casa do cachorro, a porta da casinha era grande pois Sheyk era enorme e se fechou. Entraram e não saíram, pedidos de socorro vindos do nada, foram ouvidos. Derso tomou coragem e voltou a entrar na casinha. Derso foi quem construiu a casa de Sheyk,  uma casa espaçosa de um metro e meio por dois metros. Sem medo enfrentou, e estava frente a frente com o desconhecido  e a escuridão o envolveu, o breu era total, como a capilaridade da noite. Agora a casa era imensa, andou por vários metros, tateou a parede em busca de um interruptor, não achou, detectou uma porta, abriu!!! Gritou em desespero, todos os desaparecidos estavam ali, todos mortos, e Skeyk acabara de papar um dos garotos. Sheyk não era o mesmo, era uma fera bestial fumegando pelas narinas um vapor gelado, credo , um ser infernal. A besta aproximou de Derso, seus olhos fumegantes penetraram o dono, e subitamente escancarou a boca... Derso acordou do pesadelo, suava e tremia. Foi difícil voltar a pegar no sono; pela manhã acordou amuado, tomou café, foi alimentar as galinhas, na porta de sua casa uma caixa de papelão; que será? Abriu a caixa, e dentro um filhote de cachorro, um cão pastor, negro como a noite mais escura, e na caixa estava escrito o seu nome; Sheyk..
CONTOS & PIPOCA
João Martins Neto
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João Martins Neto é Advogado e Jornalista eescreve neste site também na coluna Falando Sério