Cronica e arte
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O MELHOR DE CADA UM
Adaptação: João Martins Neto
Monge e discípulos iam por
uma estrada e,
quando passavam por
uma ponte, viram um
escorpião sendo
arrastado pelas águas. O
monge correu pela
margem do rio, meteu-se
na
água e tomou o bichinho
na mão.
Quando o trazia para fora,
o bichinho o picou e,
devido à dor, o homem
deixou-o cair novamente no rio.
Foi então a margem tomou um ramo de árvore,
adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no
rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e
juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam
assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
- Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse
bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a
menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a
mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e
respondeu:
- Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a
minha.
Esta parábola nos faz refletir a forma de melhor
compreender e aceitar as pessoas com que nos
relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de
mudar o outro, mas podemos melhorar nossas próprias
reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem e
o que pode. Devemos fazer a nossa parte com muito
amor e respeito ao próximo. Cada qual conforme sua
natureza, e não conforme a do outro.
CONTOS & PIPOCA
João Martins Neto
FOTOS ilustração/foto: Amy Chandra e
Sippakorn Yamkasikorn / site Pexels
João Martins Neto é Advogado e
Jornalista eescreve neste site também
na coluna Falando Sério