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Cronica e arte

CRONICA E ARTE  CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João 869,  14882-010 Jaboticabal SP
ANÁLISE DO POEMA: SOLITÁRIO Analises e artigos de Mentore Conti Mtb 0080415 SP e Luzia Madalena Granato Professora, psicóloga com varias especializações, poeta e escritora  – fotos Mentore Conti e Dominio Público (foto de Augusto dos Anjos) Jaboticabal, 13 de dezembro de 2022 Neste poema de Augusto dos Anjos vemos a solidão de uma pessoa. Estaria falando o poeta do abandono de uma mulher? Ou mesmo do abandono que se faz cotidianamente das pessoas em uma sociedade? Inclino-me pela segunda possibilidade, uma vez que o meio social, trata o indivíduo como numero a ser descartado. E esta interpretação cabe também quando o poeta diz “Mas tu não vieste ver minha Desgraça!” ou seja quem lê o poema. Augusto dos Anjos vive no período em que tinha surgido a menos de 50 anos o Darwinismo Social de Francis Galton. Em sua teoria Galton, primo de Charles Darwin, criou a teoria pela qual os seres humanos que não tinham dado certo, deveriam ser descartados para aprimoramento da raça e sociedade humana. Diante deste tipo de pensamento da sociedade de então e da sociedade de hoje, que continua, em grau diferente com aquela mentalidade é que como nos diz Luzia Granato, ele descreve em sua análise uma “alma que sofre, com a solidão, fria e mórbida” Uma solidão que chega a fazer do corpo uma tumba, como vemos nos versos: “Levando apenas na tumbal carcaça O pergaminho singular da pele E o chocalho fatídico dos ossos!” Se no primeiro poema “Versos íntimos” que apresentamos anteriormente, o poeta fala de um mundo que “enterra” qualquer quimera de cada pessoa, neste poema ele fala do sentimento de quem se vê abandonado por todos (como nos refere Luzia Madalena Granato, como lemos a seguir. Análise do poema: Solitário Augusto dos anjos, descreve neste poema Solitário, a dor de sua alma que sofre, com a solidão, fria e mórbida. Em todos versos descreve a morte e sua verdade. Da carcaça ao pó. Sua tristeza provavelmente descrita em seus versos e de estar doente e não ver soluções para sua vida. Perdeu sua esperança na vida. Essa é a maior das dores da alma e do corpo. Luzia Madalena Granato Professora, psicóloga com varias especializações, poeta e escritora                             *** Abaixo também o poema e um vídeo do youtube com a declamação de “Solitário”. SOLITÁRIO Como um fantasma que se refugia Na solidão da natureza morta, Por trás dos ermos túmulos, um dia, Eu fui refugiar-me à tua porta! Fazia frio e o frio que fazia Não era esse que a carne nos contorta... Cortava assim como em carniçaria O aço das facas incisivas corta! Mas tu não vieste ver minha Desgraça! E eu saí, como quem tudo repele, -- Velho caixão a carregar destroços – Levando apenas na tumbal carcaça O pergaminho singular da pele E o chocalho fatídico dos ossos!                                            ***
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