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O CAIXÃO FANTÁSTICO - poema de Augusto dos Anjos Artigo de introdução e declamação do poema por Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos site Pexels, Pavel Danilyuk et alli (no final do artigo a declamação do poema «O Caixão Fantástico» Jaboticabal, 30 de setembro de 2025 Em um mundo cibernético, como vemos agora em 2025, um poeta se destaca com sua atualidade e genialidade. Eu não falo de nenhum poeta atual, mas sim de um poeta que faleceu em 1914 O Jornal Cronica e Arte retoma agora o trabalho sobre Augusto dos Anjos, cuja Biografia no link ao final da página e hoje vamos falar do poema “O Caixão Fantástico” composto em 1909, trata-se de um soneto, portanto seu ultimo verso o verso de ouro mostra a síntese do tema da poesia. Assim vemos que o caixão fantástico não para e caminha sempre, a meia-noite… Uma visão só pessimista ou um alerta para nossa consciência? Neste poema Augusto dos anjos nos faz referências, escrever “Hoffmânnicas visagens” a Ernst Theodor Amadeus Hoffmann, (1776 1822) foi um autor do romantismo alemão, com histórias de fantasia e horror gótico , sendo também jurista , compositor, crítico musical e artista. Na estrofe anterior nosso poeta coloca a palavra “abstrusas”, que significa oculto, obscuro. Sem querer decifrar o poema inteiro, ou concluir a massagem do poeta, cito estes vocábulos não usuais hoje e que podem nos dar um começo de compreensão da obra Visagem por sua vez em linguajar do norte do país significa principalmente no Pará, espíritos ou fantasmas que retornam ao mundo real, assombrando pessoas e lugares. Diante desta nossa atualidade cibernética, quanto de similar tem o medo que permeia nossa sociedade e as pessoas que hoje se escondem atrás de redes sociais e a visão do caixão fantástico? Tem mesmo esta similaridade? Caro leitor eu não responderei esta e outras indagações que o poema nos provoca, o que ficará a seu cargo, mas vejam como são atuais os versos deste poeta que na transição entre o parnasiano e o modernismo, foi um gênio, citando a morte, uma das únicas certezas que temos na vida. Sobre Augusto dos Anjos, a Professora Lúcia Helena em seu livro “A cosmo-agonia de Augusto dos Anjos, nos diz que, este autor pinta “com tintas encardidas, de modo inusitado, a questão do poético e da existência humana” Abaixo o poema: O CAIXÃO FANTÁSTICO Célere ia o caixão, e, nele, inclusas, Cinzas, caixas cranianas, cartilagens Oriundas, como os sonhos dos selvagens, De aberratórias abstrações abstrusas! Nesse caixão iam talvez as Musas , Talvez meu Pai! Hoffmânnicas visagens Enchiam meu encéfalo de imagens As mais contraditórias e confusas! A energia monística do Mundo, À meia-noite, penetrava fundo No meu fenomenal cérebro cheio ... Era tarde ! Fazia muito frio. Na rua apenas o caixão sombrio Ia continuando o seu passeio! Abaixo o poema Caixão Solitário
Augusto dos Anjos
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