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O CRIME A INSANIDADE MENTAL E O CASO DO
ADOLESCENTE QUE MATOU A FAMILIA NO ÚLTIMO DIA 17
DE MAIO
Mentore Conti Mtb 0080415 SP /advogado OAB 163.174
fotos internet arquivos e Agencia Brasil
Jaboticabal, 21 de maio de 2024
Um adolescente de 16
anos foi preso (aqui eu
não adoto a terminologia
jurídica do ECA, que diz
que menor é aprendido)
nesta segunda-feira,
madrugada do dia 20,
quando confessou (por
telefone, querendo se
entregar) à polícia que
havia assassinado a família adotiva dentro de casa (pai, mãe
e irmã na Vila Jaguara, Zona Oeste de São Paulo. Ele foi
levado para uma unidade da Fundação Casa.
Os policiais foram até a residência da família, localizada na
rua Raimundo Nonato de Sa, e encontraram o adolescente.
Ele disse que cometeu o crime na última sexta-feira (17)
porque estava com raiva dos pais por eles terem tomado seu
celular.
Aqui, meu caro leitor, o senhor esta dizendo, como muitos
repórteres e jornalistas na noite de ontem, que este
adolescente não é humano, é um monstro, etc, etc… Oras é
exatamente por ações
como esta que vemos o
quando ele é humano e
mais, o quanto o ser
Humano, não é aquele
anjo de candura, como
sonham os politicamente corretos, nem o cristão já salvo por
Deus (como muitas linhas de cristianismo pregam, que uma
vez “convertido”, já está no caminho do Senhor).
Alguns leitores vão querer associar este crime com os que
aparecem na série americana C.S.I.: Investigação Criminal
que teve início em 2000, ou Criminal Minds, que teve início
em 2005. neste ponto o leitor esta afirmando que este
articulista está assistindo muito seriado de TV e está
brincando em escrever.
Caro leitor e amigo, eu não estou brincando, na realidade,
quando vemos um caso criminal, principalmente como estes,
nós temos que lembrar o que dizia o autor russo,
Dostoiévski, (Fiódor Mikhailovitch
Dostoiévski) 1821 -1881) que o
coração humano é o campo de
batalha entre Deus e o demônio e
é, nesta linha, deste precursor da
psicologia como ciência que é de
1890, que nós devemos analisar a
questão deste adolescente.
Também devemos analisar a
questão, deste e de outros casos
similares, com a Criminologia (que
teve início com Cesare Lombroso,
italiano nascido em 1835 e que
faleceu em 1909 - foto ao lado).
As séries que citei acima, assim
como toda a perícia criminal que temos em casos reais,
surgiram das teorias de Lombroso, Enrico Ferri e Rafaele
Garofallo, fundadores da criminologia, que estuda até hoje,
agora com métodos modernos, o porque o Ser Humano
comete o crime. Claro que nas séries policiais que citei, os
roteiristas têm que escrever com o “exagero”, necessário
para prender o telespectador, em frente a TV.
Assim, foi o trabalho da
criminologia desde
Lombroso, que se
começou a separar,, as
pessoas que cometiam
crimes em, pessoas que
deviam ser presas por
serem sãs mentalmente
ao cometerem o delito, e pessoas que matavam, e cometiam
crimes, mas que tendo
algum problema mental,
que tolhia o senso do
querer, deviam ser
internadas.
De acordo com a
criminologia, desde o início
até hoje, as condições
mentais e do ambiente,
podem alterar o comportamento humano, fazendo com que
o criminoso fique em seu ato muito próximo ao Homem de
Neandertal, do qual, guarda ainda muita carga genética
(todo o ser humano contem estes genes).
A diferença é que nossa evolução fez com que o processo de
criação e educação refreasse este comportamento, que em
determinadas situações (nervosismo, drogadição, perda de
sinapse nervo entre neoprênios), retorna, tornando o ser
humano violento
A Criminologia é uma ciência multidisciplinar, como se
entende modernamente, usando de outras ciências como a
psicologia, antropologia etc, para explicar o comportamento
criminoso. Claro que como nos ensina Clóvis Beviláqua,
jurista brasileiro (1859-1944), nós não devemos usar da
criminologia para inocentarmos todos os criminosos, mas
sim para entender o movente do crime e a partir dai, criar
politicas criminais, que não levem o ser humano a delinquir,
esta também é a linha da criminologia moderna.
Claro que um louco que cometa homicídio não será
incriminado, mas sim internado. Contudo devemos lembrar
que esta não condenação de quem cometeu um homicídio
sendo louco, não acabará com o seu tormento, pois uma vez
internado, será tratado
com remédios fortes, e
provavelmente por toda a
vida. Se sair, depois de
anos de tratamento,
somente Deus, saberá
como sairá.
No Brasil temos visto que
o fetiche pela condenação
tem feito muito Promotor
público a transcurar o incidente de insanidade mental e
querer a condenação, para dar uma satisfação para a
sociedade, mas esse é um erro grave, pois, se um louco for
condenado e não internado, para satisfazer os caprichos de
uma sociedade como a nossa, ele, louco, passará sua pena,
sem tratamento, saindo, ainda pior que entrou.
Quanto ao caso do adolescente que matou a família, teve
inicio o seu inferno, do qual só poderemos acompanhar e ver
como o caso será encaminhado. Se for considerado insano
irá para tratamento psiquiátrico, caso contrario ira ser
julgado por crimes correspondentes aos seus atos, ou seja,
homicídio.
A este respeito um professor meu em Ribeirão Preto, Quartin
de Morais, ao lecionar sobre este tema na UNAERP, disse:
“Só alegue insanidade mental, se seu cliente for realmente
insano, pois você pode estar tirando seu cliente da cadeia,
onde ele terá uma pena fixa, para jogá-lo em um inferno,
onde ele permanecerá medicado e dopado de remédios, por
praticamente a vida que lhe restar”.
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