CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869, 14882-010 Jaboticabal SP
O CASO DO CÃO QUE MORREU AO SER TRANSPORTADO EM UM AVIÃO Temos o direito de explotar a dor alheia? por Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos EBC/Agencia Brasil Jaboticabal, 29 de Abril de 2024 Prezados leitores, será que virou moda a preocupação com a animais e esquecer das gentes? Sim eu sei que de uns anos para cá, o cuidado com animais domésticos, vem cada vez mais tomando o tempo de tanta gente. Gatos tratados a pao de ló, cachorros, com banho e tosa todas as semanas e, até este ponto não posso recriminar ninguém, pois eu mesmo tenho aqui em casa, um gato para lá de exigente. Ele é viciado em pao de queijo. Isto mesmo, com sua cabeça parecendo um polichinelo, ou arlequim da comédia dell’arte italiana (prometo ainda falar disto um dia destes), ou seja, a parte superior preta e o focinho branco, a cada pacote que entra em casa, ele vai examinar atrás dos pães de queijo, miando e exigindo. Até aí tudo bem, apesar de que ele parece mandar na casa, ou ao menos querer isto… gato tem querer? Acho que não, já que sendo irracional, não deveria ter. ou tem e eu não estou sabendo, bom isto resolvo depois. Mandar e exigir é força de expressão, para dizer o quanto gosto de animais domésticos, é claro que por mais que mie, ou vasculhes alguma sacola atrás do pão de queijo, ele é sempre um gato, ao qual, atribuo gestos que na realidade não são dele. Neste mundo contemporâneo sobram casas de PET, passeios com cães e gatos na rua. Mas será que nosso interesse por estes animais domésticos, tem que ultrapassar estes cuidados e virar uma obsessão? Oras vimos nesta semana que passou o caso de um cão que transportado, por uma companhia aérea, foi enviado a aeroporto errado e transportado erroneamente, que acabou morrendo. Súbito uma emoção desmedida, como se tivesse morrido um ser humano. De imediato, pessoas que nunca viram o tal animal, largaram seus almoços e jantares, e ao invés de alimentar os filhos, ou pais, ou sei lá quem dependia deles, e foram gritar pela injustiça que tinham feito com o cachorro. A coisa chegou a tal ponto, por causa do cachorro Joca (assim era no nome do cachorro) que o Presidente da República foi se manifestar na questão!!! (recorte de jornal guardado nesta editoria). Mas espera um pouco!!!!! E as crianças que morrem em meio a tiroteio nas favelas? E as crianças que ficam sem atendimento médico neste Brasil de meus Deus!!! Onde estamos com a cabeça? O que vale mais? Uma criança adoentada num hospital, um aposentado que mancando, que aguarda indefinidamente uma miséria de aposentadoria, ou um cachorro? Eu sei que existe sentimento por um animal doméstico, como disse antes, mas eu tenho o direito de colocá-lo acima da vida e dignidade de um ser humano? Em que inversão de valores estamos? Para combater as desigualdades no Brasil nada se faz, a não ser, trocar o nome de locais miseráveis por nomes bonitos, ou seja, chamar de comunidade uma favela. É necessitário trabalhar em prol das pessoas. Se o dono do Joca se sente ofendido, e de fato se sente assim o Estado Brasileiro lhe dá todo o aparato legislativo e judicial para buscar a reparação. Mas quem não é ligado ao dono do Joca, que volte para sua casa, vai trabalhar e cozinhar para seus familiares, não sejam hipócritas de criarem uma causa em prol de um cão e deixar a míngua milhões de brasileiros famélicos e miseráveis. Senhores me desculpem! Mas aqui em termino este texto com esta questão: Até que ponto, nós temos o direito de espezinhar a dor do dono do cachorro Joca, para aparecermos, como pessoas solidarias. Eu imagino a tristeza que este senhor está passando, mas isto não me dá o direito de usá-lo, para aparecer em redes sociais, ou para qualquer outra finalidade.
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