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OS RISCOS DA DEMOCRACIA NA AMÉRICA LATINA E NO BRASIL Mentore Conti, Mtb 0080415 SP fotos domínio público (na imagem Simon Bolivar e Getulio) Jaboticabal, 12 de agosto de 2024 Vimos recentemente a eleição na Venezuela e a recondução à presidência de Nicolas Maduro. Há muito tempo que este presidente vem criando um poder pessoal, nos moldes do fascismo de Benito Mussolini, do Nazismo de Hitler e do socialista Josef Stalin. Mas nós poderíamos dizer que Maduro ou qualquer outro governante latino americano é o “espelho” destes personagens históricos da Europa e da Rússia respectivamente. E uma outra questão que se levanta é a de que a democracia na América Latina passa a correr risco com este fato da reeleição de Maduro Acredito que não podemos fazer esta comparação. O que existe aqui, desde a colonização e a independência, principalmente da américa espanhola, é um sistema político de caudilhismo. Caudilho é definido como o sistema governado por um caudilho, que significa Capitão, cabo de guerra. Chefe de facção política, cacique político. Esta forma de governo, muito comum a partir dos movimentos de Simon Bolivar, proprietário de terras e caudilho que guiou parte da independência nas colônias espanholas na Amarica do Sul, se popularizou no Brasil com Getúlio Vargas, que segue a linha política de Borges Medeiros. De fato vemos Getúlio trabalhar com o poder pessoal e etc. Claro que antes de Getúlio os políticos da República Velha seguiam esta linha também, e deste fatos vemos até hoje a expressão “fulano é um cacique político”, mas foi com Getúlio que o formato ganhou força total no pais. No Brasil por exemplo a democracia não passa de grupos de poder, sempre de caráter autoritário, que brigam entre si e nesta disputas pegam alguns elementos do conceito de democracia, apenas alguns para se dizerem democratas, quando na realidade não o são, na linha do que nos ensina Sergio Buarque de Hollanda. Temos pessoas que exigem que uma pessoa declare em quem ela votou, quando esta atitude é proibida, pois o voto é secreto. Temos eleitores que vendem o por uma conta de energia elétrica paga. No restante da América Latina, os exemplos de governantes caudilhos não faltam. O pior de tudo é que grande parte da população virou as costas para este sistema, e assim os grupos que governam e estão geralmente no poder, a ponto dos partidos, serem apenas uma “plataforma, para que alguns “Caciques”, possam dominar regiões e estar na política e nas eleições. Aqui cito o povo, pois é deles que saem os políticos, portanto, se eles são ruins os partidos ruins. É porque o povo, os tolera, aceita e até os aplaude. Para esta mudança, instituições como o Tribunal Superior Eleitoral (no caso do Brasil), pouco ou nada podem fazer, pois é a população com sua atitude que cria a perpetuidade deste sistema, queira no Brasil ou no restante da América Latina. Talvez a conscientização de novas gerações, mas este é um processo longo, após ser iniciado, o que não o foi, nem aqui, nem na América Latina
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