Cronica e arte
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A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FEMINICÍDIO
Por Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos EBC/ Agência
Brasil
Jaboticabal, 19 de janeiro de 2023
Segundo as
investigações policiais
da polícia de Paranoá no
Distrito Federal, um dos
presos suspeitos pelo
desaparecimento de oito
pessoas, da mesma
família no Distrito
Federal afirmou que (***), marido da cabeleireira Elizamar
Silva, e (***), sogro de Elizamar, foram os mandantes da
morte das vítimas, para se apropriar do dinheiro adquirido
com a venda de uma casa e do valor fruto de empréstimo,
que estava em uma conta bancária. A informação é desta
terça-feira 16 de Janeiro agora e foi veiculada pelo site G1.
Oras, vemos que dia-a-dia, a violência, principalmente a
violência doméstica, e feminicídio aumenta,
desmesuradamente e, os índices de criminalidade, estão
muito acima do aceitável em uma sociedade. Quase não se
fala, mas as cidades satélites de Brasília, algumas já
urbanizadas, e outras ainda em formato de mocambos,
favelas, tem um índice de violência altíssimo.
Este índice é maior do em muitas outras capitais e cidades,
que por serem cidades, onde se localizam, sedes de
emissoras de televisão, a criminalidade aparece mais (como
no caso de Rio de Janeiro e São Paulo),
De janeiro a julho de
2022, 91,8% dos
casos de violência
doméstica, incluindo o
feminicidio, no Distrito
Federal, foram
cometidos por
homens. Nos últimos
12 anos o número de
ocorrência deste tipo de violência, sempre no Distrito
Federal, saltou de 10.858 em 2010 para 16327, em 2021,
sem decrescer em nada neste período, segundo tabela do
Governo do Distrito Federal, em arquivo nesta editoria.
Assim aqui eu faço um questionamento: além deste
levantamento do governo do Distrito Federal em agosto do
ano passado, o que tem sido feito por esta gente, por nossa
população?
Afinal de contas estamos falando do Distrito Federal, onde
fica Brasília, a Capital do pais. Embora cercada de favelas,
(parte das cidades satélites), temos que convir que Brasília,
é a capital de um pais.
Aqui não me venham jogar a culpa neste ou naquele
governo, por causa de ideologia. Entrou governo
progressista (de esquerda), deu lugar a quatro anos de
governo de direita e nada! Os números da violência, só
aumentam.
Me desculpem mas me parece que além dos belos
discursos, deste ou daquele lado, a população está sempre
a margem da sociedade e, depois da invenção da ajuda
mensal, hoje bolsa Brasil, antes bolsa família, criado, na
realidade por Ruth Cardoso de Melo, com outro nome ainda,
parece, ao menos parece, que o braço de qualquer governo
para resolver a questão da miséria, ou da violência que
aflige a população, só vai até esta distribuição de ajutório e
alguns planos de Segurança, que muitas vezes não saem do
papel.
Nestes planos, policiais e
soldados, têm que se virar
quase sozinhos, no
combate a violência (o
assunto deste texto).
E não pensem que o
Estado de São Paulo é
diferente. Aqui, no maior
Estado da federação, existem cidades em que um
investigador, faz as vezes de escrevente, investigador e
motorista de viatura para levar o preso da delegacia, onde
se elabora o flagrante, até a cadeia.
Muitas vezes ainda, este mesmo funcionário, limpa o setor
onde trabalha, que, obviamente, não é função sua. Uma vez
um juiz me confidenciou, que comprara seu próprio
computador, para trabalhar no fórum, pois o fornecido pelo
Estado não era bom.
Há alguns anos depois de uma série de ataques do crime
organizado, o governo dizendo que levar a cultura até a
população, era a solução, inventou a “Virada Cultural”, que
se transformou, apenas, em um espaço para que grupos de
artistas, com arte de gosto duvidoso, se apresentassem
ganhando cachê.
Assim, com este
descaso que se
verifica, por parte
do governo (de
qualquer governo)
de nosso país,
quando
administra vários
setores de nossa sociedade, mantem-se, entre nó a mesma
desorganização que nos narra, nosso primeiro historiador,
Frei Vicente de Salvador (1627), o que propicia, junto com
outros fatores, este nível de violência, inclusive a violência
doméstica.
Estamos escrevendo, e daremos continuidade, neste
site/Jornal, esta série de artigos, sobre a violência
doméstica, que, além de artigos de minha autoria e com
autoria em conjunto com o Colunista Waldemar Dória Neto,
artigos de psicólogos como o Me. Kalil Antônio Salotti
Tawasha e sociólogos, como o Prof. Dr. Wlaumir D. De
Souza.
Também abordaremos o assunto pelo ponto de vista da
criminologia, para tentar traçar um panorama do que ocorre
em nossa sociedade.
A pretensão deste site e jornal, não é esgotar o tema da
violência doméstica e feminicídio, já que é um assunto
inesgotável, ou mesmo apresentar soluções definitivas, o
que seria impossível, mas sim buscar um porquê, algumas
explicações do que vivenciamos hoje.
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