Cronica e arte
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A TRAGÉDIA DAS CHUVAS NO LITORAL NORTE DE SÃO
PAULO NESTE 2023
Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos Agencia Brasil- EBC
Jaboticabal, 21 de fevereiro de 2023
O que a tragédia deste
final de semana no
litoral de São Paulo,
com mais de 1000
desabrigados e 44
mortos (números até
o final deste artigo),
pode nos ensinar,
sobre o problema.
Claro que não
poderemos negar que estas chuvas, que assolaram o
litoral norte de São Paulo, e em outros anos atingiu além
de São Paulo, os Estados de Santa Catarina, Bahia e
Pernambuco, são uma tragédia anunciada.
Desta vez foi decretado estado de calamidade em Guarujá,
Bertioga, São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e
Ubatuba, cidades atingidas. As estradas estão interditadas
ou parcialmente interditadas e o socorro conta com o
apoio de um navio da Marinha Brasileira, de helicópteros
da Policia Militar e caminhões do Exército.
Mas aqui eu pergunto: porque temos que ter sempre esta
tragédia anunciada?
Oras, se sabe por conhecimento cientifico (já que gostam
de falar que este é o
pais que respeita a
ciência), que montanhas
e encostas sofrem
fatores de erosão
externos e internos. No
Brasil predomina os
fatores externos como a
chuva e o vento.
Assim se este
conhecimento básico de
geografia existe,
porque, vai ano e vem
ano e nossa população,
faz a ocupação de áreas
de risco? Devemos frisar que além do fator da pobreza,
que faz favelas aparecerem nestas áreas, pelas fotos,
vemos casas de padrão médio atingidas.
Um dos grades problemas que sempre tivemos é o
esquecimento do assunto quando as chuvas diminuem ou
param em março. Com a diminuição das chuvas, o assunto
cai no esquecimento, aí se conserta os estragos, e lá volta
a população a ocupar estes mesmos locais e o governo a
permitir estas ocupações irregulares.
Me desculpem senhores, mas aqui, vemos sempre, uma
“chuva de irresponsabilidades”, para dizer o mínimo. Parte
da população constrói em áreas de risco e tem uma
atitude irresponsável e os governos que se sucedem,
eleição após eleição, a fechar os olhos para este erro.
Estes governantes, com raríssimas exceções, quando
candidatos, ao visitarem estes locais oferecem pinga em
troca de votos e não pensam em melhorar coisa alguma,
para o morador do local visitado. Nestas visitas, parte do
eleitorado, aceita a pinga e não exige na em troca de seu
voto (voto que não poderia ser moeda de troca, mas o é).
Está mais do que na hora de se criar uma urbanização
para estas cidades (e outras também), que prevejam o
risco que a chuva pode trazer para uma cidade. Em
cidades do litoral, proibir de verdade a ocupação de áreas
de riscos, deve-se então ocupar e construir em terrenos
onde não há perigo de deslizamento, é necessário criar
rede para aguas pluviais, calculando a quantidade média
de chuva e os
períodos de
excesso de chuva
em cada cidade,
cuidar das
encostas, criando
uma
infraestrutura conforme o tipo de terreno e etc.
Voltemos aqui a falar de prioridades. Em Jaboticabal por
exemplo, quer não foi cenário de umas tragédia como
esta, vai se revitalizar a praça 9 de julho, mas a Marginal
Carlos Berchieri, que é constantemente cenário de
enchente neste período de chuvas, não se faz uma obra
correta para evitar o problema.
Neste ponto você leitor vai me questionar: Ah, mas não
temos tecnologia
suficiente ou verbas
suficiente, para estas
obras. As verbas para
obras assim, caro leitor,
se consegue, fazendo
política para beneficiar a
população, unindo
esforços de vários
governos, ainda que de
partidos diferentes, como foi anunciado para as cidades do
litoral paulista.
Só espero que além dos discursos de trabalho em conjunto
de governo Federal Estadual e Municipal, para reconstruir
casas em locais seguros, saia das promessas, onde têm
ficado as boas intenções, que ouvimos sempre nestas
ocasiões.
Quanto a tecnologia para construir em áreas difíceis, ou
reconstruir prédios arruinados, por catástrofes naturais, ou
abandono, eu quero lembrar aqui, que o Ser Humano,
nestes milênios de civilização, tirou do deserto países e
nações como o Iraque, Israel e Egito, construiu, cacheira
artificial para impedir enchente como os Romanos fizeram
em Rieti (a Cascata de Mármore).
Ainda na antiguidade fizeram barragens a exemplo dos
Sumérios, as galerias de aguas pluviais, como fazem os
Romanos e nós ainda ficamos a pensar que não tem como
impedir opu amenizar estes problemas de enchentes, com
obras de
engenharia, já que
a culpa é da
natureza.
Será que o que falta
no Brasil, nestas
questões, é falta de
vontade de
trabalhar para o
bem comum? Eu
espero que desta vez a vontade de trabalho em conjunto,
saia das promessas e que você contribuinte, exerça sua
cidadania exigindo que estes governos trabalhem.
A população brasileira deve lembrar que ser cidadão é
muito mais do que ficar gritando “Democracia já”, ou
“abaixo este ou aquele governo”, ou ainda usar a bandeira
nacional como capinha do Batman e sair na rua.
Exercer a cidadania é antes de tudo, exigir, um governo
sério, por parte das autoridades, e cumprir os deveres de
um cidadão, não só de votar, mas de colaborar com a
construção de um bem comum, ao mesmo tempo que
provê o próprio sustento e o sustento de sua família.
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