Cronica e arte
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A POLEMICA DAS PESQUISAS ELEITORAIS NO BRASIL
Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos EBC
Jaboticabal, 5 de outubro de 2022
Estamos vendo desde o
último domingo, quando
foi realizado o primeiro
turno das eleições, a
polêmica das pesquisas
eleitorais, que foram
muito discrepantes em
relação ao resultado das
urnas. O erro foi tão grande que fez surgir em parte do
eleitorado, até mesmo a ideia de fraude nas urnas.
Desde meados deste 2022, as pesquisas eram feitas à
exaustão, e sempre colocavam na frente o candidato do PT.
Claro que a estatística é uma ciência, mas quando o
resultado de um dado matemático, não espelha a realidade
das coisas é logico que existe erro no cálculo.
Aristóteles em seu livro organon, é bem claro quando
escreve que uma frase, um resultado aritmético, a exposição
do resultado de um trabalho, não é em si, nem verdadeiro
nem falso. A veracidade do que se fala, do resultado de um
trabalho, só será verdadeiro, se corresponder à realidade das
coisas.
No caso das incontáveis pesquisas que eram feitas o
resultado de todas não correspondia, à massa de gente que
na rua se expressava pelo candidato que as pesquisas davam
como perdedor, com no máximo 30% de fotos a seu favor.
Faltou a seriedade por parte
dos institutos de pesquisa, de
ao ver a discrepância, não
mudar a metodologia da
pesquisa, o número de
entrevistados, ou analisar
também a pesquisa em cada
região e Estado do País.
Eu não gostaria de imaginar
que houve a tentativa de se
forjar a vitória de um
candidato.
É Claro que, em um pais
heterogêneo como o nosso, a
simples aplicação de coleta de
dados e uso de estatística, pode criar erro, como o que
vimos.
De fato, o Brasil, como nos ensina o sociólogo Gilberto
Freyre, em seu livro Ordem e Progresso é um país onde não
se pôde introduzir, no advento da república, todos os
princípios republicanos e onde teve que se deixar parte da
estrutura monárquica, para manter um pais coeso
territorialmente, por causa da diversidade cultural que
temos.
No Brasil, nós temos parte dos eleitores que ainda votam
por causa do agrado de um
tapinha nas costas ou um
copo de pinga, e parte de
eleitores que querem um
candidato que lhes pague a
conta de energia elétrica e
de agua.
Por outro lado, nós não
temos partidos políticos
com estrutura de partido político. Nós temos, infelizmente,
agremiações onde um grupo de pessoas se junta, não para
entrar no poder e governar, mas para entrar no poder e se
arranchar. Deste comportamento não escapa nem mesmo os
ditos partidos de esquerda ou progressistas.
Em cada eleição, tirando raríssimas exceções, palhaços,
cantores, jogadores de futebol, ou pessoas de qualquer outra
profissão, quando decadentes em suas áreas, se candidatam.
A população entrevistada em uma pesquisa, sabe disto e
quando parte dela, é perguntada por um pesquisador,
responde sem seriedade, ou fala qualquer nome só para se
livrar do incomodo da pesquisa.
No Brasil não há uma
consciência politica, nem
de democracia, como nos
diz o sociólogo Sergio
Buarque de Holanda. Em
algumas regiões existe o
medo de desagradar ao
patrão que vota em um
determinado candidato,
então isto provoca erros
na pesquisa.
Daí a necessidade de se
alterar os métodos de
recolher os dados e de calcular os percentuais.
Um outro fator preocupante no resultado de pesquisas no
pais é o hoje chamado, “Voto Útil”. Na realidade existe um
costume no Brasil, ainda existente, do eleitor “não perder a
eleição” e isto significa que ele ganha a eleição se o
candidato dele ganha o cargo pleiteado.
Portando parte do nosso eleitorado vota somente em quem
tem chance real de ganhar, para ele, eleitor ganhar a eleição
junto com seu candidato. Assim deste costume o resultado
de uma pesquisa pode sim influenciar o resultado da
votação, criando o chamado voto útil, como disse acima.
Assim é necessário realmente trabalhar melhor com esta
ferramenta que é a pesquisa eleitoral, para que ela se adapte
a nossa realidade, como se fez com outras questões. É
costume do brasileiro, adaptar e modificar, tudo que se
apresenta e ele de outros países, como nos ensina o
sociólogo Darcy Ribeiro.
O Tribunal Superior Eleitoral, criado por Getúlio Vargas (vide
diário deste presidente e História da Civilização Brasileira, de
Afonso Arinos e Jânio Quadros), para centralizar a eleição em
sua mão e assim criar seu governo forte, ditatorial, pela
forma que foi criado e a manutenção do poder que teve e
tem, deve estar atento e proibir estes institutos de pesquisa,
de realizarem as pesquisas como são realizadas atualmente e
que, podem alterar influenciar sim, resultados eleitorais, se
nada for feito
foto Crônica e Arte (cedida por um
leitor)
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