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Cronica e arte

CRONICA E ARTE  CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João 869,  14882-010 Jaboticabal SP
JABOTICABAL E O PROBLEMA DE SEU PATRIMÔNIO HISTÓRICO Mentore Conti Mtb 0080415 SP e João Martins Neto Mtb 0091259 SP // foto Crônica e Arte e domínio público Jaboticabal, 21 de dezembro de 2021 Termina mais um ano e a cidade de Jaboticabal, continua com sinais de abandono. Por mais que se enfeite a cidade nas praças centrais, a Praça Joaquim Batista e a Praça 9 de julho, há cerca de 100 metros destes dois lugares dois prédios históricos e hoje de propriedade do município estão no abandono. Um verdadeiro símbolo de descaso com o cognome de Jaboticabal que foi, ou é, conhecida como Athenas Paulista. Me refiro aqui ao Clube Jaboticabal e ao antigo prédio da Escola Bento Vieira. A antiga Escola Bento Vieira, conhecido também como terceiro grupo, e que depois foi sede do Serviço do Ministério do Exército e depois ministério do trabalho, foi construído originalmente como uma extensão do antigo Colégio São Luiz (depois Instituto de Educação Aurélio Arrobas Martins e depois EEPSG Aurélio Arrobas Martins), para que os formandos da escola fundada pelos irmãos Arrobas (Aurélio e Antônio Arrobas) cumprissem estagio nos primeiros anos depois de formados. “Estas mãos ergueram estes prédios” dizia Antônio Arrobas Martins, para os alunos, em várias de suas aulas de ciências naturais. E eis que das décadas de 1950 e 1960, de quando ele Antônio Arrobas dizia esta frase, a antiga escola está em ruinas, em um descaso não só com os fundadores do colégio, mas com a própria cidade de Jaboticabal. De fato um dos motivos da cidade ser chamada de Athenas Paulista era exatamente o Colégio São Luiz, hoje a escola Aurélio Arrobas Martins. Portanto quando eu ouço referencias de que o prédio deveria ser demolido eu não quero acreditar. Seria o mesmo que dizer, tirem o cognome Athenas Paulista. Já houve até referência de que engenheiros disseram este prédio está condenado e que não há outro caminho que não a demolição. Ora, a ser verdade isto, é necessário que estes engenheiros percam o diploma. E digo isto pois o campanário da igreja de São Marcos em Veneza na Itália, em 1902 depois de uma obra a seu lado ruiu. O governo italiano e os engenheiros de uma Itália recém unificada reconstruíram o campanário integralmente, utilizando parte do material do antigo campanário e refazendo a torre idêntica a que tinha ruído. Portanto senhores, o que devemos fazer com engenheiros que diante de um prédio, como da escola Bento Vieira dizem que não há outro caminho a não ser a demolição? No mesmo caminho de abandono e destruição segue o Clube Jaboticabal, local de glamour e de decisões políticas na primeira metade do século XX. Hoje o prédio está em escombros, prédio, que como o da Escola Bento Vieira é do município. Um livro recente do historiador e comerciante Roberto Clovis Capalbo, trouxe em detalhes a importância do Clube Jaboticabal e portanto. Um dos aspectos mais importantes, é sem sombra de duvidas as reuniões de políticos no clube e ligados ao clube na administração do município. Era de se esperar que tendo na administração pública, vários professores, estes dois prédios fossem objeto de restauração, mas o que se vê é um continuar do abandono. Neste ponto o leitor deve me perguntar, qual o sentido de restaurar tais prédios? Em recente Lei aprovada na Câmara Municipal, se perdeu oportunidade de se restaurar e recuperar estes prédios antigos em nossa cidade. Embora sugerido, o texto da Lei ignorou a idéia de conceder incentivos fiscais à empresas que se instalassem nestes prédios e os recuperasse. Tal medida, além da limpeza quanto a poluição visual, as empresas estariam sendo incentivadas a restaurar os prédios da área central da cidade. Em Jaboticabal a nova administração já deixou claro que demolição do patrimônio histórico está por conta do tempo, mesmo porque, sequer existe Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Público. Ora caro leitor, um dos aspectos da formação da cidadania, é a preservação da memória histórica e não somente por fotografia, mas por monumentos e prédios históricos, praças e nomes de ruas de personagem histórico. Em muitas cidades isto é levado a sério, e não somente no exterior. Será que estamos na contramão da história? Além destes dois prédios aos quais nos referimos, Jaboticabal foi a ligação entre o Estado de São Paulo e o Centro-oeste, pela estrada do Taboado (que tinha início onde hoje é a praça Joaquim Nabuco (em frente ao Ginásio de Esportes e seguia até a igreja de Santo Antônio (a rua João Maricato). Pelo que consta não há nenhum trabalho histórico na cidade a preservar esta questão. Há algum tempo o jornalista e advogado João Martins Neto, denunciou escrevendo neste site, no Jornal A Gazeta de Jaboticabal, e em suas redes sociais a tentativa de se derrubar a antiga caixa d’agua do SAAEJ, autarquia criada também por Antônio Arrobas Martins, que como proprietário do Colégio São Luiz (O Estadão), criou a Escola Bento Vieira (que citamos acima) e como Prefeito criou o Serviço Autônomo de Agua e Esgoto de Jaboticabal. Será que Jaboticabal perderá também estes patrimônios Históricos e os perdendo, poderá ostentar o cognome Athenas Paulista e cidade de interesse Turístico, sendo que este último título, que confere a cidade verba do Estado de São Paulo. Ao não manter estes patrimônios, provavelmente deveremos abdicar desta verba o que será um problema a mais.
 Fotos inseridas no texto: Foto 1 escola Bento Vieira; foto 2 Club Jaboticabal; Foto 3 Campanário de Veneza caindo foto; 4 Estrada do Taboado Rua Comendador João maricato; foto 5 caixa d'água do saej de Jaboticabal
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campanario de Veneza Praça São Marcos depois da queda
campanario de Veneza reconstruido
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