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O BRASIL, SUA NEUTRALIDADE E A GUERRA RUSSO-
UCRANIANA
Um artigo de Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto EBC
Jaboticabal, 1 de março de 2022
A guerra entre Rússia
e Ucrânia, já chega ao
sexto dia e uma serie
de comentários, vem
sendo feitos em vários
telejornais, não sendo
difícil encontrar
comentaristas, que se
dizem “expert”, que
dizem que seria importante que o Brasil se mantivesse
neutro.
A alegação de muitos é que o Brasil tem negócios com a
Rússia e não poderia critica-la. Oras, eu esperaria um
comentário deste de uma pessoa que não se diz “expert”
em ciência política.
A ciência política foi iniciada por Nicolau Maquiavel, com
seus livros, e entre eles “O Príncipe”. Neste livro, que
contem diretrizes validas até hoje e que é o livro de
consulta de governantes por todo o mundo, Maquiavel é
bem claro em duas máximas: “A Guerra não se evita, só
se prorroga em prejuízo próprio” e também que a
neutralidade de um governante deve ser evitada,
principalmente em casos de guerra.
Ao analisar o tema
Maquiavel diz que, a pior
posição de u príncipe e
que o torna mais odiado
frente um conflito entre
dois outros príncipes, é a
neutralidade. A
neutralidade de um
governante, diz Maquiavel, no final do conflito faz com que
o príncipe (governante) que perdeu a guerra o desprezem
já que na hora do perigo não pode contar com o
governante que se manteve neutro.
Já o vencedor, considerará o governante neutro, como um
pusilânime e covarde, que não soube nem apoia-lo, na
vitória, e não soube ter a fibra de enfrenta-lo ainda que
escolhesse a parte que perdeu.
Se o príncipe tomar um partido, será respeitado pelos dois
outros príncipes, pois o que venceu a guerra sabe do valor
e coragem do governante que tomou partido e o perdedor
sabe que na hora difícil ele príncipe que tomou partido,
estava ali, com sua firmeza e decisão.
Assim a neutralidade do Brasil pode no futuro trazer
prejuízos até mesmo com a Rússia, porque considerará o
Brasil um pais que não a defendeu ou a atacou na hora do
conflito, sendo um pais não muito confiável mesmo em
assuntos que não seja a guerra.
A Ucrânia, também no final do conflito, não confiará no
Brasil, pois não demostrou coragem. Assim ainda que o
Brasil tenha algum prejuízo momentâneo agora é melhor
tomar partido do que ser neutro. A tomada de posição em
um primeiro momento, não significa declarar guerra, mas
dizer claramente, se condena ou não um ou outro lado.
Infelizmente parece
que muitos
comentaristas
políticos, caíram de
paraquedas na função,
pregando a
necessidade do Brasil
permanecer neutro.
A tomada de posição é tão importante para o Brasil, que
mesmo países mais próximos do conflito, (e com risco
maior de sua posição os envolvesse na guerra) como
Alemanha, França, Inglaterra e Itália, desde o primeiro
momento condenaram a Rússia e passaram a mobilizar
seus exércitos e a apoiarem a Ucrânia.
Na realidade até mesmo no Cristianismo, ou seja, fora do
âmbito político, a neutralidade é odiosa. No Livro
Apocalipse, a neutralidade de uma pessoa faz com que ela
seja digna do vómito de Deus.
No Capitulo 3, versículos de 15 a 16, está escrito
“Conheço tua conduta: não és frio nem quente.
Oxalá fosses frio ou quente! Assim, por és morno,
nem frio nem quente, estou para te vomitar de
minha boca”. (Bíblia de Jerusalém, editora Paulus, 10ª
impressão, Agosto de 2001).
Diante desta guerra iniciada pela Rússia, como não dizer
que Wladimir Putin esta errado? Primeiramente analisando
a história a Rússia deriva do Ucrânia, isto na Idade média,
mas ao falarmos de um período mais próximo temos a
URSS que se formou na década de 1920, depois da
revolução de 1917 e durou até 1989.
Neste período a Ucrânia era um pais da URSS e muitos
russos foram morar lá neste período e lá constituíram
família e agora, com esta guerra, são alvos de seu próprio
pais.
E não me venham, dizer que a guerra visa só alvos
militares, tanto que civis estão sendo mortos diariamente
e as bombas e tiros atingem alvos militares e civis e
quando atingem alvos militares, os civis que moram nas
vizinhanças são atingidos.
Assim, eu encerro este artigo com esta questão, se o
governo Russo não
pensou nem nos
russos que moravam
na Ucrânia, ele, vai
respeitar França,
Alemanha, Itália, ou
mesmo o Brasil, caso
seja de interesse dele
tomar nosso minério e
terras agrícolas, como a URSS tentou nos anos 60?
Incluí na pergunta terras agrícolas porque mesmo tendo
uma excelente agricultura, seria muito melhor dominar o
Brasil para evitar o clima muito frio, que a Rússia tem.
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