Cronica e arte
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A IMPORTÂNCIA DA DEMOCRACIA E A EDUCAÇÃO
Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto EBC
Jaboticabal, 31 de agosto de 2021.
Estamos
acompanhando já há
um certo tempo uma
discussão sobre a
democracia no Brasil e
se ela está sólida ou
não. Uma discussão
onde acompanhamos
os supostos (e aqui
falamos supostos,
porque há processos e inquéritos em andamento) ataques
ao sistema democrático brasileiro.
Nesse sentido houve a discussão inclusive e votação de
um projeto de emenda constitucional, que visava criar um
voto impresso e auditoria das urnas com a criação de voto
impresso. Neste período também na discussão sobre a
democracia e com vários discursos que um voto impresso
seria um retrocesso no sistema democrático brasileiro.
Quando se fala em democracia no país muitas vezes se
fala só na existência do voto direto, e sobre a urna
eletrônica, como se a ideia de democracia se resumisse a
questão do voto. Na realidade, votação, eleição existe
queira na democracia onde ela é natural, ou mesmo em
ditaduras.
Nesta linha não podemos esquecer que a ditadura que
existia na extinta União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas tinha um Parlamento, com parlamentares
eleitos, com supervisão do governo central, mas eleitos.
Portanto, a eleição em si, não é sinal de democracia e
nunca foi.
Na realidade um país é democrático se o seu sistema
político respeita certos princípios que ultrapassam a
existência do voto e a existência de inúmeros partidos.
Um país para ser democrático além de ter eleitores, que
possam votar livremente, deve por força ter partidos que
tenham ideologia certa e existam para chegar ao poder e
então, governar em prol do bem comum.
No Brasil atual o que temos, infelizmente, ao menos na
maioria dos partidos, são agremiações partidárias que
visam muitas vezes, somente se beneficiar do fundo
eleitoral, ou depois em dividir o governo com o vencedor
da eleição.
Em nosso país hoje dificilmente encontramos um partido
onde a ideologia seja realmente bem definida e, portanto
o erro no nosso sistema democrático, já começa por este
ponto, ou seja, a existência de muitos partidos que na
realidade são apenas uma agência de negócios.
Nestes partidos temos a maioria de políticos que não
sabem nem mesmo o que é política, e estão lá apenas
para se arranchar em algum cargo. E lá permanecer pelo
maior tempo possível.
Hoje temos políticos que mesmo se definindo de esquerda
e outros se definindo de direita, ou de centro esquerda, ou
centro direita, na realidade são apenas pessoas que
querem um emprego público, evitando assim, enfrentar
um concurso publico.
São pessoas que muitas vezes, querem se encaixar na
política, ainda que seja a cotoveladas.
Desta forma antes de
qualquer outra mudança
no sistema de votação
eletrônica, manuscrita,
impressa, é necessário e
urgente uma reformulação
partidária séria, onde se
crie partidos
comprometidos com uma ideologia, aonde os seus filiados
saibam o que é aquela ideologia que professam, e visem
espaço público, apenas pelo salário, ou para colocar um
parente.
Fora isso nós teremos uma democracia com uma lacuna
imensa.
Durante o período da tramitação do projeto que foi
chamado projeto para urna auditável, muito se discutiu, e
inclusive neste site foi defendida a posição da necessidade
de aprovação da existência de urnas com voto impresso.
Mas se nós formos
fazer uma análise
ainda mais profunda
da questão sobre
fraude eleitoral, sobre
corrupção eleitoral, ou
outros problemas que
podem surgir na
votação, nós temos
um problema ainda maior do que a necessidade de auditar
as urnas, com voto impresso ou com equipes de
fiscalização como é o sistema hoje.
Eu falo aqui da questão do nosso eleitor, onde um grande
número deles, vende voto até mesmo por um copo de
pinga. Infelizmente esta prática não é de uma minoria,
muita gente ou vende o voto que um tapinha nas costas,
ou mesmo por uma conta de água ou conta de energia
elétrica paga.
Portanto a fraude eleitoral não está na contagem dos
votos que se faz depois da votação, queira na urna de
lona, queira na urna auditável com impressora, ou mesmo
na urna eletrônica simples.
A fraude está no perverso eleitor que acha que voto é
para ser trocado por pagamento de água. Muitos eleitores
ainda votam em vereadores exatamente para isso, para
que eles paguem a conta de água do eleitor, ou ainda para
que ele vereador, arranje um cargo publico, modesto que
seja, para um afilhado dele, perverso eleitor.
Portanto a democracia como dizem e como se aferram os
Democratas brasileiros não passará de uma ilusão de
ótica, enquanto nós tivermos um eleitorado, onde grande
parte dele, além de vender o voto, não sabe nem mesmo
para que serve um vereador, um prefeito, um deputado,
um senador, ou mesmo um presidente.
Nós temos grande parte de um eleitorado que não está
nem aí em relação à administração pública, com tanto que
ele enfie algum apadrinhado, algum filho, algum sobrinho
ou algum familiar, por intermédio de um político. Portanto
o problema do sistema democrático no Brasil é muito mais
sério do que a urna de votação.
O único meio de resolver este problema é ter, um sistema
educacional, que realmente ensine aos alunos, futuros
eleitores e candidatos, o que realmente é um sistema
eleitoral, uma democracia, uma administração pública.
O esforço de nossas autoridades nos próximos anos
deverá ser neste sentido. Deveremos fazer um esforço
muito grande, eleitores e população, o próprio Tribunal
Superior Eleitoral, o Executivo e legislativo Federal, e
trabalharmos em harmonia nesta linha de criar uma
conscientização real de nosso eleitorado.
Talvez aulas em escolas que se assemelhem às antes
existentes aulas de educação moral e cívica, campanhas,
educação em sindicatos, etc.
Só assim, poderemos com o tempo mudar estes erros que
temos hoje.
artigo publicado com autorização do
Clube Miltar
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