Cronica e arte
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A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E O 7 DE SETEMBRO
Um artigo de Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto
internet/ domínio público
Jaboticabal, 5 de setembro de 2021
Neste próximo dia 7
de Setembro o Brasil
completará 199 anos
de independência.
Uma data marcada de
muito significado para
nosso país, pois foi
naquele 7 de setembro
de 1822 que o príncipe D. Pedro I, deu início à ruptura
com a metrópole portuguesa.
Daquele 7 de setembro se seguiram três anos de guerra,
já que Portugal não aceitava a perda de sua colônia (O
Brasil). É claro que a independência do Brasil começou a
florescer em 1808, com a chegada da família real
portuguesa ao Brasil, para evitar que Portugal se
tornasse submisso ao império napoleônico.
Com esta jogada D. Joao VI, passava a governar o
império daqui e elevava o pais a Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves, oficializado em 16 de dezembro de
1815.
Claro que a expulsão dos Holandeses, as rebeliões
nativistas e a inconfidência mineira eram embriões do
que viria a ser o Brasil independente, mas foi no 7 de
setembro que o processo de independência teve início de
fato.
Em Sete de Setembro, quando D Pedro I vinha de
Santos, encontrou-se com emissários de José Bonifácio e
D Leopoldina (esposa de D Pedro) no Ipiranga e decide se
separar de Portugal.
Dizer que a independência foi só
um ato de D Pedro I e sua corte,
não é bem verdade, pois desta
data se seguem três anos de
guerra e a necessidade da
formação de nossa Marinha
Militar, para que junto com o
exército expulsem as tropas
portuguesas, que a mando da
metrópole, lutavam para impedir
o processo de independência.
Nesta guerra nós vamos
encontrar personagens históricos
como Lorde, Thomas Cochrane,
10º Conde de Dundonald e Marquês do Maranhão, que
chamado por D Pedro I formou e comandou nossa
Marinha Militar e também vamos encontrar nesta guerra
a figura histórica de Maria Quitéria, que lutou sob o
pseudônimo de Soldado Medeiros com outros voluntários
e hoje integra o quadro de Heróis do Brasil.
Depois da expulsão dos portugueses o Brasil assina com
Portugal o tratado do Rio de Janeiro em 29 de agosto de
1825, ratificado em Lisboa em 15 de novembro daquele
mesmo ano.
Hoje na proximidade de 7 de setembro quando eu vejo
pouca menção a esta data como marco importante da
nação, onde televisões e jornais pouco falam e
professores de história quase nada mencionam, percebo
quanto o Brasil precisa mudar.
Um pais onde a população menospreza a sua data de
independência, que futuro terá? O que podemos esperar
de uma nação que fica se digladiando em questões
políticas e esquece que sem um povo que valoriza sua
independência nada se fará.
É muito comum nós vermos
analistas e autoridades falarem que
nós temos uma democracia
consolidada. Oras, nenhum regime,
sistema ou forma de governo é
consolidado em 100%, e uma
nação tem seu sistema político
estruturado e sólido, quando um
povo é realmente politizado.
Em política nós temos o jogo
político como nos ensina Spinoza,
Machiavelli, Hobbes, além de vários
autores contemporâneos e se não
houver uma população com
consciência política, as necessidades podem fazer com
que haja alterações nas formas e regimes de governo.
Sem consciência política países podem até mesmo se
desfazerem, se extinguirem como foi o caso da Prússia
no século XIX, ou a Iugoslávia no Século XX.
Por outro lado se houver povo consciente Estados que
despareceriam, podem mesmo reaparecerem, como foi o
caso de Israel no Século XX, pais que tinha desaparecido
no Século I com a diáspora, provocada pelo imperador
Romano Tito Vespasiano, e que
sobreviveu apenas na
mentalidade de cada judeu,
até ressurgir em 1948.
Portanto celebrar esta data de
7 de setembro é
importantíssimo para um pais
como o Brasil, que infelizmente
tem criado uma geração
alienada politicamente. Antes
de mais nada ensinar civismo,
moral, politica, as funções do
estado e outras questões, é
mais que necessário.
Nós não podemos ter um povo que pensa que 7 de
setembro, 15 de Novembro, Dia de Tiradentes é apenas
um dia que sendo comemorado no meio da semana,
serve para um passeio na praia.
Estas datas cívicas devem servir para ajudar a criar uma
mentalidade política, assim como os nomes de ruas
devem ser usados para isto e não para agradar familiares
de conhecidos que faleceram, como acontece em muitas
cidades.
Portanto a obrigação de criar uma mentalidade política
vai dos políticos locais, aos políticos federais. Esta
obrigação é de cada pessoa que exerce um cargo de
influência.
Em relação ao 7 de setembro eu espero, aqui lembrando
o Almirante Barroso que lutou na Guerra do Paraguai e
na Guerra da Cisplatina, e que na Batalha do Riachuelo,
na Guerra do Paraguai, disse “O Brasil espera que cada
um cumpra o seu dever”.
Que esta data de 7 de setembro passe a ser celebrada
realmente como deve ser comemorada, que sirva para
criar cidadania.
Abaixo o hino da independência
Letra: Evaristo da Veiga
Música: D. Pedro I
Figura 1 quadro Independência ou
Morte de Pedro Américo; figura 2
quadro de Dom Pedro I; figura 3
Maria Quitéria figura 4 José Bonifácio
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