A PANDEMIA E A POLÍTICA BRASILEIRA “Foi o carnaval. Quem conhece a loucura coletiva deste período, que absorve inteiramente a vida carioca, sabe que nada se pode fazer. Embora Não tomasse parte   nas festas, menos por falta de vontade do que pela dignidade da função, Adiantei um pouco a revisão dos orçamentos e da Lei eleitoral”.  (Diário de Getúlio Vargas dos dias 3 a 10 de fevereiro de 1932).  Este texto escrito por Getúlio Vargas reflete o momento em que se consolidava a Revolução de 1930 e começava a aumentar o descontentamento do Estado de São Paulo com o Governo de Getúlio. Assim leitores vemos que diante de um contexto de crise, um dos maiores estadistas do país dentre os cinco estadistas que o Brasil teve em toda sua história, não deixou seu posto de governo, para passear ou para se divertir, ou mesmo porque já tinha combinado um passeio, ou marcado estadia em qualquer hotel. Oitenta e nove anos depois em plena crise e uma pandemia que atinge não só o Brasil, mas que jogou o Brasil em uma das maiores resseções econômicas de sua história, o que vemos é bem o contrário. Governantes que decretam lockdow e vão passear e, depois só voltam com uma desculpa amarela, por que a população protestou. O governo federal fazendo inaugurações de obras como se nada tivesse acontecido, governadores visando próximo ano Eleitoral de 2022 e brigando com governo federal para conquistar espaço junto ao eleitor, e uma CPI onde se vê claramente objetivo político de caudilhos do Norte e nordeste do país, visando marcar espaço e manter seu reduto eleitoral.  É lamentável ver parte da Imprensa usando a morte causada pela epidemia, para vender jornais e noticiários, esquecendo a sensatez que tem que ter um Jornalista ao noticiar um caso como este de epidemia. É triste ver o quadro que se formou no Brasil em torno da epidemia, com políticos de quinta categoria que não chegam aos pés de Getúlio Vargas em todos os aspectos, isto com raríssimas exceções.  Uma oposição que esquece como ocorrem os desfechos de crises no Brasil, brinca de ofender as forças armadas. Caro leitor muito provavelmente o senhor não chegou a ter conhecimento (porque muitos professores ao invés de ensinar história, ficaram falando de política ideológica) de vários processos históricos onde houve intervenção militar por incompetência e brincadeira sem graça, de políticos mal acabados de ideia.  A própria República foi criada no país depois que o império de Dom Pedro II resolveu punir dois militares que tinham se manifestado politicamente. O exército vinha de um descontentamento com o império, Por que mesmo ganhando a guerra do Paraguai apesar do boicote da política do imperador e políticos de então, no Rio de Janeiro (que era a capital do pais), o exército era denegrido por que se dizia que ele tinha sido violento nas batalhas.  Como se uma batalha não fosse violenta, como se uma guerra do Paraguai ou qualquer outra guerra não fosse violenta, mas os políticos no Brasil resolveram denegrir o exército por causa da violência na guerra do Paraguai.  Esses dois fatos somados. A ofensa feita ao exército por causa da guerra do Paraguai e a punição do tenente-coronel Sena Madureira e do coronel Cunha Matos para manifestarem politicamente suas opiniões, fizeram com que o exército, liderado pelo Marechal Deodoro, destituísse o império e implantasse a república, com apoio da Igreja.  Em 1930 os desmandos da primeira fase da República só foram cortados com a intervenção do exército que se viu obrigado a entrar no poder para acabar com a desordem que proprietários rurais e jagunços faziam no país. Em 1964 o exército brasileiro quando se viu ameaçado por João Goulart que queria interferir na disciplina do exército, apoiando a sindicalização de Sargentos e marinheiros, interveio junto com governadores para destituir o governo.  Os documentos demonstram como o governo de João Goulart era apoiado pela antiga União Soviética, de linha socialista.  Agora mais uma vez vemos desmandos e mais desmandos e não bastasse a incompetência de grande parte dos políticos, vemos meia dúzia deles afrontar o exército de maneira pueril por assim dizer. Assim com o andar da Carruagem se houver a necessidade de intervenção militar, não venham esses políticos mal-acabados de ideia e que estão brincando com a política brasileira, dizer que são inocentes e que são perseguidos por que apenas queriam a preservação da democracia. Se quisessem mesmo a democracia, seriam no mínimo, sérios!!  Por ora caros leitores é aguardar e ver o que acontece, mas esta política pueril, está levando o país a um confronto e estes políticos que causam o caos, que não vêm que com isso, estão jogando a coroa do poder na sarjeta, o que tem por consequência, uma tomada do Poder por alguém de mão forte, como ocorreu inclusive muito antes de tudo que eu descrevi acima, na França de Napoleão Bonaparte.  O próprio Napoleão dizia que a coroa do Poder estava jogada na sarjeta bastou pegar esta coroa e colocar na cabeça.