Cronica e arte
CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email cronicaearte@cronicaearte.com
Rua São João 869, 14882-010 Jaboticabal SP
O TIROTEIO NO RIO, A REALIDADE DO BRASIL E A
POLÍTICA HOJE COM DISCURSOS VAZIOS
Mentore Conti Mtb 0080415 SP // fotos internet
Jaboticabal, 6 de maio de 2021
Um tiroteio marcou a
manhã de hoje no Rio de
Janeiro, na favela do
Jacarezinho, com 25
mortes sendo uma delas a
de um policial civil. Durante
o tiroteio um trem do
metrô passou próximo à
favela, e dois passageiros
foram atingidos dentro de
um dos vagões,
passageiros que não
faleceram.
A favela fica na Zona Norte
do Rio de Janeiro, com complexo do Alemão e a
operação foi para combater o tráfico na favela. Os
criminosos fugiram.
Um dos fatores que aumentam o número de tiroteio
no Rio de Janeiro é a presença de várias quadrilhas
que muitas vezes dividem o território de uma única
favela. Assim as vezes se encontra um quarteirão de
uma favela dominado pelo Comando Vermelho, e já
no quarteirão seguinte, a quadrilha, ADA, ou TCP, por
exemplo.
Mas não vamos nos iludir, a criminalidade hoje se
espalhou no pais, como demostra uma reportagem de
“A Gazeta do Povo”
(https://www.gazetadopovo.com.br/) Paraná em 3 de
Janeiro de 2019 e atualizada em agosto daquele ano.
Neste ponto o leitor está se perguntando o que um
assunto como este, está fazendo em um site desta
Região de Ribeirão Preto, como o Crônica e Arte.
Caro leitor, neste artigo eu quero apenas lembrar que
enquanto o brasileiro vive em meio à violência
generalizada, violência da qual não se escapa, nem
mesmo morando em cidades pequenas como Dumont,
ou cidades como
Jaboticabal e Guariba, o
Senado Federal e o STF
estão preocupados com a
CPI da Covid 19.
Eu sei a gravidade que
tem a Covid 19, mas além
da Covid 19, provocada
sim, por um vírus
existente em morcegos na
China, (que habitam uma
área próxima ao Laos) e
que vinha sendo estudado
em 9 laboratórios de
Wuhan na China,
desde 2012, (entre
eles o Centro de
Virologia de Wuhan),
como registrou a
RAI, Radio e
Televisão Italiana em
uma notícia
(reportagem em
vídeo, em arquivo
neste site), assunto
este reportado também no jornal "The Washington
Post" e o canal de TV Fox News, veículos de
comunicação Estadunidenses, o Brasil tem problemas,
de magnitude quase pior que a pandemia.
Uma delas é a violência. O Brasil jogou para baixo do
tapete, a negligência que se tem com a própria
população. Tirando raríssimas exceções, há quase
quarenta anos se deixa as questões sociais em
segundo plano, ou se remedia com programas de
cestas básicas, auxílios isto, bolsas aquilo, etc.
O Brasil de há muito tempo não cria uma estrutura
capaz de atender a população que tem ou que vai ter
com o decorrer dos anos. A crise hospitalar que
apareceu durante a pandemia já existia antes, mas só
foi lembrada agora, quando, no linguajar popular, “a
porca torceu o rabo”.
Os problema é tão grande que não temos saneamento
básico satisfatório, cidades como Jaboticabal onde o
serviço atinge praticamente a totalidade das casas, a
autarquia está em crise, com tubulações velhas e
captação de agua sempre com dificuldade e
problemas, como fui
alertado durante a
última campanha
eleitoral.
Na periferia do Rio de
Janeiro por exemplo
a agua é barrenta e
malcheirosa.
As ruas esburacadas,
inclusive em Jaboticabal.
Nestes últimos anos a população cresceu, mas o
judiciário foi esquecido e mesmo antes da pandemia
não tinha estrutura (física e de pessoal) para atender
a população. As delegacias foram reduzidas e muitas
vezes mal tem faxineiros e, os escrivães e
investigadores se revezam no transporte de presos.
Mas as demandas sociais e os litígios aumentaram,
proporcionalmente ao aumento da população e parte
da população, sabendo que o judiciário vai demorar,
recorre a bandos de criminosos para resolver seus
litígios.
Agora começamos e ver notícias onde comerciantes e
a população em geral, recorre a criminosos para
intermediar litígios. Na Bahia há cerca de 10 dias,
dois ladrões pegos roubando no atacadão “Atakarejo”,
no bairro de Amaralina em Salvador, foram pegos
pelos seguranças e entregues, não para a polícia, mas
para traficantes, que os mataram.
Quando a polícia chegou, os seguranças despistaram
dizendo que nada tinha ocorrido.
Assim leitores chegamos praticamente ao fim de um
pais, onde as pessoas reconhecem como poder um
grupo de traficantes e ignoram a polícia e o judiciário,
isto, mesmo um supermercado.
Em São Paulo, vira e mexe aparecem notícias
informando que pessoas cobrando dividas, chamam
criminosos para resolver litígios, e por absurdo que
possa parecer até parte da imprensa enfeita e
enaltece o fato criminoso, chamando este tipo de
bando criminoso de Tribunal do Crime.
Esta mesma imprensa fala em gerente do tráfico,
(gerente é cargo em
empresa, não em
quadrilha), no tráfico não
tem gerente tem traficante.
Às vezes eu ouço quartel
do tráfico, oras leitores,
trafico tem covil e não
quartel.
É neste pais, de contrastes
e com este problema
gigantesco que vemos uma
CPI, discutindo sobre a
pandemia em discursos
vazios.
Discutem como se
estivéssemos em um pais,
sem problemas, como se o
Brasil fosse um pais com sua população, sem os
índices de pobreza e sem as mazelas que tem. Vemos
os Senadores discutindo como se o país não tivesse
de acordo com o Censo 2010 do IBGE, cerca de 11,4
milhões de pessoas morando em favelas, com 12,2%
delas (ou 1,4 milhão) só no Rio de Janeiro (Segundo a
Agência IBGE de Notícias).
Um pais oficial, burlesco e caricato no dizer de
Machado de Assis, longe de um pais real. Neste pais
oficial, longe da fome, de doenças como a
tuberculose, a sífilis, a covid 19 e dos tiroteios como o
de hoje, muitos políticos agora já pensam na eleição
de 2022, nem que para isto tenham que transformar
um assunto sério como a pandemia em palanque
eleitoral.
fotos: facebook do autor dominio
público e EBC
Mentore Conti Mtb 0080415 SP (jornalista, advogado e professor de História e
Geografia)
Para ler em Smartphones gire seu aparelho na
horizontal
continua depois do anuncio
Ernesto Geisel e Getulio
Vargas
Cronica e arte