Cronica e arte
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João Paulo Lopes Felix - jornalista MTb 76.126/SP
fotos: facebook do autor e EBC e
dominio públivo /divulgação
O que é a tal de “Melhor Idade”
Não tem como escapar desde de que se chegue lá. Mas o que
é a “Melhor Idade”? O dramaturgo e poeta Rui Guerra uma vez
definiu a melhor idade como sendo aquilo que se encontra
entre os 60 anos e a proximidade da morte. Pelo jeito ele não
está errado, mas vamos analisar as diversas situações:
Quando se chega a “melhor idade”, em geral estamos
aposentados, cujo valor dificilmente cabe no mês e, portanto
tem que arranjar algum “ofício” para se sustentar, mas por
conta própria, pois nenhum empresário quer contratar alguém
com tanta experiência, por incrível que pareça. Temos tanta
coisa que é de dar inveja a qualquer jovem de 20 anos: artrite,
artrose, osteoporose, pressão arterial compatível com placar de
basquete americano, dificuldade de ver, ouvir, diabetes (o
Chacrinha só tinha chacretes), além do malfadado aumento da
próstata, nos condenando a pelo menos, uma dedada por ano.
Quer mais, ha ha ha, fiquem com inveja, molecotes.
Mas com tudo isso, também nos trás uma repentina saudade
pelo que está prestes a acontecer. Sabemos muito bem que
temos muito mais olhando para trás do que nos espera pela
frente e isso faz o tempo passar, de tal forma, que mereceria
uma multa por excesso de velocidade.
Ficamos mais sensíveis e já temos uma imensa saudade do
que ainda está disponível. Por isso que os netos são joias
raras. Essas figurinhas nos renovam de vida, enquanto seus
pais, na maioria das vezes, já não tem nenhuma paciência para
nos aturar. É muito comum, quando estamos dirigindo, no
transito, algum “jovem” afoito, louco para pisar no acelerador e
chegar primeiro, onde nem ele sabe, gritar em tom de
xingamento: “Vai pra casa, velho inútil!”. Certamente ele não
sabe que, se tiver sorte e souber viver, ele chegará na melhor
idade que hoje estamos. E assim, vamos escrevendo um pouco
do que o coração manda até o dia que ele, já cansado parar.
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