Cronica e arte
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O TRABALHO DE COMBATE À COVID 19
Jaboticabal, 30 de junho de 2020
O Estado de São
Paulo a partir do dia
1 de julho, terá
fiscalização para o
uso de máscaras e
multas para quem
não usá-las. Isto foi
anunciado pelo
governador do
Estado ontem, porque haveria parte da população que
não utiliza a máscara. A multa será de 500 reais por
pessoa.
De tudo que se fala sobre o coronavirus ninguém quer
comentar uma questão que pode fazer com que as
pessoas não estejam respeitando o uso de máscaras, o
isolamento social ou mesmo o distanciamento social.
Me refiro aqui a falta de seriedade da maioria dos
governos que temos, tanto no âmbito Federal quanto no
estadual e mesmo a nível municipal.
Desde que começou a pandemia do coronavírus há cerca
de três meses, muitos governos tem praticado decisões
contraditórias. A última delas vem do próprio governo
Municipal de São Paulo, atrelado ao governo estadual,
ou seja o Bruno Covas e o João Dória.
No dia de ontem segunda-feira dia 29, mesmo sem falar
claramente que a epidemia acabou, mesmo porque até
agora não há sinais claros do fim do surto epidêmico da
covid 19, o hospital de campanha do Pacaembu, na zona
oeste de São Paulo, foi desativado.
Pela experiência que
temos visto em
outros países, existe
uma segunda onda
do surto epidêmico
da covid 19. Se é
assim por quê
desativar o hospital
agora? A desativação
do hospital agora, ou significa que a pandemia acabou,
ou que os administradores e os seus secretários são
irresponsáveis, de terminar com atividade de um
hospital para covid 19, quando ainda existe epidemia no
Estado.
Se o próprio Governo do Estado disse que no interior do
Estado existem casos de aumento da doença, porque
não manter o hospital funcionando e transportar doentes
para capital para serem tratados? Ou será que o paulista
do interior do Estado não merece tratamento em
hospital da capital do Estado? Ainda que seja um
hospital de campanha.
Durante esses três meses o Governo do Estado fez um
projeto de isolamento social, mas esqueceu que tem
inúmeras favelas no estado, onde o isolamento social
daria problema para os favelados.
Aqui vamos chamar de favelas para não encobrir a
miséria que temos no Estado, ato de encobrir que
geralmente alguns governantes e muitas pessoas fazem,
quando chamam de comunidade as favelas existentes.
No plano elaborado, ninguém lembrou que em uma
favela onde muitas vezes, 10 pessoas moram em um
único barraco a contaminação seria grande, mas os
governantes passaram a gritar durante três meses
“fique em casa, fique em casa”.
Falavam “fique em casa” como se ficar em casa fosse
vacina, esqueceram que muitos Paulistas na beira da
miséria, ou na miséria não tinham como sobreviver sem
trabalho diário, pois têm empregos informais, são
camelôs, ambulantes, não conseguem fazer poupança,
isto além de esquecer que não da para falar “fique em
casa” para os moradores de rua que o Estado tem.
Esqueceram que o isolamento social, não era para evitar
a contaminação, mas seria para que muitas pessoas não
adoecessem todas de uma única vez e, neste meio
tempo se fizessem hospitais, ou se aumentasse leitos
hospitalares.
Se este é o objetivo do isolamento, porque desativar um
hospital, enquanto a epidemia não acabou?
Depois de fazer um plano pela metade ninguém quer
entender o porquê o povo não obedece o governo, que
agora vem com a multa?
Esta desobediência, seria porque os atos do governo
demonstram que grande parte da população do estado
ficou abandonada?
Durante três meses uma campanha sistemática foi feita
sempre dando a entender que a culpa do contágio no
comércio. Mas o período de carnaval onde o vírus já
circulava no estado e no país, foi o próprio governo do
Estado de São Paulo, que estimulou a ida do Povo na
rua, dizendo que ia ser o melhor Carnaval dos últimos
anos, isto quase ninguém fala.
Quando se reabriu o comércio em várias cidades, se
permitiu que o comércio funcionasse poucas horas
durante o dia e neste ponto se esqueceu que se houve a
diminuição do horário de atendimento de um comércio,
é óbvio que os fregueses vão se aglomerar dentro ou
nas porta das lojas. A solução seria estender o horário
do comércio para diluir a frequência dos consumidores
durante a atividade comercial.
Isso é uma regra simples de matemática, se você tem
um número determinado de consumidores para comprar
em poucas horas de comércio aberto, vai haver
aglomeração, se existir a extensão do horário do
Comércio, o mesmo
número de
consumidores, que
geralmente é a
média de
compradores a
muitos anos (ou
seja, aumentando o
horário do comercio,
não vai aumentar os
consumidores em exagero), não vai ter aglomeração,
porque o consumidor sabe que ele não precisa se
atropelar, para chegar e comprar alguma coisa.
Mas a matemática parece que foi abandonada quando
se fez esse projeto, aliás foi esquecido que a sociologia,
principalmente, estuda a formação de uma sociedade e
a relação entre as pessoas nas referidas sociedades,
também é uma ciências e não deveria ser abandonada,
ao se pensar em isolamento social e em um comitê de
crise?
Nós cansamos de ver referencias do próprio governador
afirmar que suas decisões eram baseadas em ciência e
se referia somente à ciência medida e esquecer que a
economia é uma ciência e a sociologia é uma ciência
(aqui para citar duas ciências esquecidas pelo comitê de
crise, pelo modo como se referiam à ciência)
Assim quase toda a população viu que o governo fez um
trabalho de combate ao coronavírus às cegas, ao
descurar da sociologia da economia e ainda, porque não
testou grande parte da população. Diante deste trabalho
cheio de falhas vemos então um dos porquês a
população acaba não obedecendo a orientação de usar
máscaras.
O governo, para parte da população, age de um modo
que ela tem que improvisar, aliás um comportamento do
Brasileiro, que foi descrito por Darcy Ribeiro
fotos: facebook do autor e EBC e
dominio público
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