Cronica e arte
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ANÁLISE SOBRE O PLANO DO REINICIO DAS
ATIVIDADES ESCOLARES PRESENCIAIS EM SÃO PAULO
O governo de São
Paulo apresentou
hoje em sua
entrevista coletiva
um plano para
reabrir as escolas a
partir de setembro.
Em linhas Gerais o
plano vai contar com
aulas presenciais, com o número de alunos reduzidos,
sendo que os alunos que não participarem das referidas
aulas, deverão receber o mesmo material via online.
As escolas, deverão ter uma limpeza mais frequente,
contando com álcool em gel e máscaras para os alunos.
O intervalo entre as aulas não poderá ser frequentado
por todos os alunos que estão na escola ao mesmo
tempo além de outras medidas. O plano é bonito e
maravilhoso mas não leva em conta um pequeno
detalhe, ou alguns pequenos detalhes.
O Estado de São Paulo é de fato o estado mais rico do
país, mas mesmo assim tem em seu território, uma
grande quantidade de favelas e de pessoas que não têm
acesso à tecnologia, ou se tem este acesso não
consegue uma internet satisfatória, como necessita o
plano para oferecer as aulas online.
Mesmo a classe
média que tem
acesso à tecnologia
razoável, não tem
uma internet
adequada, com
velocidade suficiente
para que um aluno
assista aulas online.
No Brasil se vende como internet, muito download na
internet, mas não se vende muito e não se oferece
muito o upload, ou seja o brasileiro quando se torna
usuário da internet, tem uma velocidade razoável para
receber vídeos, assistir filmes, ouvir músicas, mas as
empresas, calculando que grande parte da população só
envia e-mails, e posts em redes sociais, não oferece
upload suficiente para envio de cadastros, planos de
aula, livros em PDF e etc.
O Upload é a velocidade de envio que é necessário para
que um aluno depois de ver o vídeo da aula, posso
enviar algum formulário, requerido pela escola. O
Upload é necessário para que as escolas enviem aos
alunos os vídeos das aulas, o material pedagógico, mas
a velocidade muitas vezes oferecida na internet não
permite o envio de tanto material assim.
É por isto que conheço professores, que reclamam
muito que não conseguem preencher os cadastros, que
o sistema home office exige.
Se fosse só essa a parte difícil dá aula online que vai
continuar existindo, mesmo depois do retorno às aulas,
o problema seria resolvido facilmente, mas com o plano
criado pelo governo, será necessário mais funcionários e
professores, pois o mesmo professor não conseguirá dar
aulas presenciais e ainda montar aulas a serem enviadas
aos alunos que não frequentaram aquela aula específica.
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As escolas deverão ter mais faxineiros, mais gastos com
material de limpeza e assim por diante. O Estado não
terá condições de suprir a falta de professores e mais
pessoal que trabalha na escola, para colocar esse plano
em andamento.
Nesse ponto eu faço uma pequena pergunta: por que
não voltar ao velho e antigo sistema do Telecurso via
televisão, ou via rádio. O rádio e a televisão pode atingir
a última casa, de qualquer favela do Estado, sem que
aquele aluno que não tem nem mesmo para comer,
precise comprar um celular bom, ou mesmo assinar uma
internet de qualidade, ou com fibra ótica.
O Telecurso como era usado desde os anos 80 ainda no
governo do regime político-militar, era assistido pelos
alunos,
que no final de determinados períodos, deviam
prestar exames em determinadas escolas, para validar o
que tinham assistido e apreendido via televisão ou rádio.
Seria interessante no máximo alterar algumas
questões, como por exemplo, deixar professores nas
escolas e fazer com que os alunos marcassem (por
telefone celular ou e-mail), aulas presenciais, para tirar
dúvidas do conteúdo assistido no Telecurso. Limitando o
número de alunos que pudessem tirar dúvidas durante
cada dia da semana,
sempre na escola em
que estivesse
matriculado.
No final de cada
período a escola
marcaria para os
alunos nela
matriculadas, datas
para realização das provas e verificação do aprendizado.
Claro que nós voltaríamos ao velho arroz feijão ainda
dos anos de 1980, mas era funcional na época, e seria
funcional ainda hoje, diante da pobreza que nós temos
no país e da ausência de uma tecnologia e quantidade
de professores e funcionários.
Afinal de contas o governo do estado tem um canal
inteiro de televisão, a TV Cultura, que também tem
rádio.
Alguém poderia me colocar a questão da escola
particular, mas a escola poderia aproveitar o mesmo
Telecurso e atender seus alunos da rede particular nas
dúvidas existentes
A escola particular teria o diferencial de acrescentar ao
currículo do Estado, passado via telecurso, o seu
currículo próprio. Os alunos poderiam receber via e-mail
ou correio, questões de reforço.
Os alunos de escolas particulares poderiam enviar o
trabalho feito, por correio se fosse o caso, ou deixar na
portaria da escola com a sua identificação (trabalho do
aluno este, enviado para a escola em papel, disquete ou
pen-drive, conforme sua possibilidade).
No final de cada período a escola marcaria datas para
realização das provas e verificação do aprendizado.
Assim ficaria a critério da escola particular acrescentar
conteúdos a mais,
via online, por e-
mail ou correio, ou
mesmo se quisesse
e fosse viável, criar
aulas online, O que
seria um pouco
difícil graças à falta
de internet como já
mencionei acima.
Aliás misto eu não estou inventando nada, este era o
antigo formato do sistema de ensino à distância que
formava técnicos, onde as aulas eram enviadas pelo
correio e o aluno deveria enviar pelo Correio também, os
exercícios realizados.
O sistema é antigo muitas vezes foi ridicularizado, mas
formou muitos técnicos em eletrônica no país.
Assim teríamos uma saída bem mais “arroz feijão”, bem
menos moderna, mas que numa época de pandemia,
funcionaria bem para um país e um Estado, com as
dificuldades técnicas e com a pobreza que nós temos.
fotos: facebook do autor e EBC e
dominio público
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