Cronica e arte
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O CASO DOS DESVIOS DE VERBA DURANTE A
PANDEMIA DA COVID 19
Mentore Conti Mtb 0080415 SP // foto Crônica e Arte
Jaboticabal, 11 de junho de 2020
É incrível como no Brasil
o combate a pandemia
da covid 19 virou um
caso de polícia e já
resultou em um processo
de impeachment ao
menos. A cerca de 2
meses, veio a primeira
notícia de desvio de dinheiro para a compra de
respiradores artificiais, com superfaturamento isto no
Estado de Santa Catarina.
Depois no Rio de Janeiro começaram a surgir problemas
com atraso nos hospitais de campanha, que não ficavam
prontos, equipamentos hospitalares, incluindo
respiradores artificiais (respiradores mecânicos), que não
chegaram. Agora a polícia investiga no governo do Pará
o desvio na compra de Equipamentos Médicos.
Naquele Estado Helder Barbalho (MDB) e Alberto
Beltrame passam por investigação, já que existe a
suspeita de fraude na compra R$ 50 milhões em
respiradores. Existem suspeitas também de
superfaturamento inclusive no Estado de São Paulo, que
usou a mesma empresa envolvida nos problemas do Rio
de Janeiro, para comprar equipamentos médicos.
É claro que tudo isso vai ser investigado e apurado, mas
nesse ponto eu gostaria de saber de onde saiu tanto
escândalo. Será que o interesse em pedir que a
administração do combate a pandemia pelos Estados,
era para que os Estados, diante de um período em que
se faz compras sem licitação, pudessem através de
alguns funcionários e de alguns governadores, desviar
dinheiro?
Quando os estados
gritaram contra o
governo federal que
eles deveriam
orientar o combate a
pandemia, a maioria
pensou que esse
combate seria feito
com lisura, aliás é o
que se espera de uma autoridade que governa um
Estado em um período de pandemia como este.
Até mesmo STF autorizou que os estados e os
municípios tivessem este controle, para que para que a
administração e o combate da pandemia fosse mais
eficaz, já que a população mora nos Estados e nos
municípios. Lamentavelmente o que era para ser um
benefício virou, ao que tudo indica, em ladroeira, ao
menos, em parte dos Estados brasileiros.
Usar a pandemia para roubar não é perverso, é
macabro. Somente pessoas insensatas e sem civilidade,
podem pensar em praticar um ato criminoso se
beneficiando de doentes e de mortos em um país.
Me desculpem senhores, não há outro termo a ser
usado, não existe outra forma de falar.
Precisa ser muito sem vergonha, muito descarado, para
usar de um doente e ganhar dinheiro com ele. A
hipocrisia em cima do povo brasileiro tem sido tanta, que
muitos governos falam que o povo tem que lavar as
mãos, mas ninguém nem um deles começou uma obra
de saneamento básico que fosse para aumentar a
quantidade de casas com saneamento básico no Brasil e
levar esse saneamento até as favelas.
Muitos me dirão que em dois meses não daria tempo de
fazer tudo isso. Claro que não, mas qual administrador
mostrou boa vontade ao menos começar a obra?
Eu cansei de ouvir
nesses dois meses a
frase “fique em
casa”, mas eu não
vi quase ninguém,
lembrar que no seu
Estado, existiam e
existem pessoas
que moram na rua,
que moram em mocambos.
Esta responsabilidade foi empurrada para os municípios.
Ninguém quis lembrar durante a frase “fique em casa”,
que 50% da população brasileira é uma população
pobre.
Quando o assunto veio à tona nos jornais muita gente
comentou, mas poucas autoridades tiveram coragem de
falar e assumir que o país é um país onde 50% da
população é pobre.
No dia de hoje o governador do Estado de São Paulo
anuncia que o Instituto Butantã se associou um
laboratório chinês para produção de uma vacina. É uma
das inúmeras vacinas que está em fase de testes no
mundo.
Mas diante de tanto problema que nós já tivemos com
produtos chineses na área de saúde, não seria o caso de
tomar cuidado numa parceria com a China?
Até que ponto a China é um país com uma ditadura no
mínimo estranha (um misto de comunismo e
capitalismo), depois da vacina pronta, vai querer
entregar isto porque teve parceria com o Brasil, ou vai
vender isso a peso de ouro?
Afinal de contas o Brasil já foi vítima da China quando
comprou máscaras e a China não entregou, porque tinha
revendido a outros países, os lotes já vendidos ao Brasil
por preço mais alto (ou seja, sem respeitar o contrato
feito com o nosso país). Fato este alardeado por vários
órgãos de imprensa no país.
Então a pergunta permanece: feita a vacina, concluída a
vacina, o Brasil receberá um lote por que foi parceiro ou
por que deverá comprar a peso de ouro, da China?
Infelizmente vou ter que dar mais uma vez, razão ao
general Newton Cruz, que participou do governo político
militar (1964/1985), que em entrevista na GloboNews,
disse que se ele tivesse que colocar um artigo na
Constituição Brasileira, o único artigo que ele ia sugerir
era um artigo onde estivesse escrito que todo brasileiro,
tem que ter vergonha na cara.
Depois de tanta roubalheira que começa a despontar é o
que podemos pensar, ou seja, que para parte dos
brasileiros, que governa o país o que falta é vergonha na
cara.
fotos: facebook do autor e EBC
Mentore Conti
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