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O BRASIL E SUA SITUAÇÃO ECONÔMICA: UM RETRATO EM
BRANCO E PRETO
por Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos Agencia Brasil
Jaboticabal 30 de Abril de 2025
Prezados leitores
Cotidianamente vemos
políticos falarem que eles
trabalharam e conseguiram
diminuir a pobreza no país. E
aqui não falo somente de
quem se diz de esquerda,
mas também os que se dizem
de direita, ou de centro (como
se as ideologias existissem
ainda como na época da
guerra fria, vide artigo já publicado neste site.
Todos ou a maioria destes políticos, percebendo que este tipo de
discurso agrada o povo, falam que no governo deles, a população
deixou a linha da pobreza. Muitos até dizem que com essa atitude dele
como governante, as pessoas passaram a ter condições melhores e
passaram a ter cidadania.
Vemos neste caso que há um erro em confundir a cidadania, com
possibilidade de se alimentar ou de viver razoavelmente.
Se assim fosse, quem é pobre e mora em uma favela, em um
mocambo, em uma calçada, e não tem condições de viver dignamente,
não seria cidadão?
A cidadania está ligada ao nascimento de um indivíduo e ao
reconhecimento dele pelo Estado, de que esta pessoa, mesmo diante
de toda a privação que passa, é uma pessoa, um cidadão. Diante
deste status o governo deve prover uma estrutura social, para que, um
indivíduo tenha condições de se desenvolver, um governo deve prover
um Estado de segurança, e toda uma infraestrutura básica.
Governar não é apenas criar e dar bolsa família, dar ajutório!
Mas além desta questão de
falar e criar confusão de
cidadania com ganho em
dinheiro, (confusão esta que
em qualquer país mais sério
que o Brasil, seria passível de
impeachment) é possível falar
que grande parte dos
brasileiros saíram mesmo da
miséria?
Vemos diariamente, pessoas idosas, que além do parca aposentadoria
que recebem, tem que sair com o restinho de forças que tem, para
buscar material de reciclagem na rua, ou vender doces, para ganhar
alguns tostões. Aqui não é o caso de ser contra um vendedor
ambulante, oras, este tipo de vendedor sempre existiu.
Se essa pessoa tivesse realmente saído da pobreza como dizem
muitos políticos de qualquer espectro político, ela não estaria com
seus 60, 65 anos 70 anos, catando latinha para sobreviver. A ideia da
maioria das pessoas nesta condição, pelo que se percebe, não é
praticar um comércio para ser comerciante, mas é a simples
sobrevivência.
O outro sintoma que vemos que a pobreza não acabou, é que o
governo não consegue
extinguir o bolsa família, oras
se uma grande parte das
pessoas, precisa do bolsa
família, para manter o seu
orçamento doméstico, é
porque o país não tem
condições de dar emprego, e
só consegue dar um ajutório.
O serviço social que foi criado
em sociedade para ser uma exceção, passou a ser a regra, o que
prova, mais uma vez, o estado de miséria desta nação.
O mesmo se diga em relação ao remédios. A farmácia do povo deveria
ser a exceção. Um trabalhador ao receber o seu salário deveria ter
condições, ele, de escolher o que comprar, onde comprar e não ficar
dependendo de uma cesta básica, como muitas vezes acontece.
Um outro sintoma ainda da pobreza do pais, é a justiça gratuita
concedida, por um convênio do governo do Estado, a quem precisa
entrar com uma ação, ou se defender no judiciário (por este convenio
o advogado recebe o valor do seu trabalho, do governo, mas devido a
pobreza do pais e dos Estados, os valores atrasam, e são menores do
que a tabela da Ordem dos Advogados do Brasil OAB).
Mas devemos pensar um pouco. As pessoas não entram com ações
quinzenalmente ou mensalmente, e se ela, para ter um advogado
precisa do convênio da justiça gratuita, e deverá ser cliente de um
advogado que o convênio nomeia e não um que ela escolhe, é mais
um sintoma que ela não saiu da miséria como se tem falado
atualmente já que quem saiu da pobreza, pode escolher seu
advogado. Aqui frisemos que todos os advogados atuam igualmente,
mas o cliente em um pais, onde a pessoa tivesse autonomia e
pudesse com seu salário, ter seu orçamento próprio, deveria, ele
cliente escolher o advogado.
Será que perdemos devido a pobreza, a ideia que as pessoas devem
ter autonomia?
E ainda vem algumas questões estranhíssimas, por assim dizer. As
pessoas muitas vezes são
beneficiadas, exatamente
porque estão em situação de
pobreza, mas os atos fora do
judiciário não são, muitas
vezes, cobertos totalmente
pelo convênio, e para se
conseguir a gratuidade em
alguns atos fora do fórum, o
advogado deve recorrer a um tribunal, (provocando recursos sempre
mal vistos pelos tribunais, como vemos atualmente - agissem
corretamente as autoridades competentes, e não haveria recurso).
Segundo o apurado por este colunista, isto acontece em muitas
comarcas na região.
E aqui uma pergunta fica no ar:
Se o Estado não quer pagar
essa carta, ou um ato fora do
fórum para um processo, a
quem é beneficiário da justiça
gratuita, seria este fato um
sintoma que o país está
empobrecido a ponto de não
poder arcar com as custas de
correio para quem é
beneficiário da justiça gratuita, ou pagar por algum ato administrativo
em repartições fora do fórum, atos administrativos estes, ligados ao
processo?
Na realidade eu acredito que a justiça gratuita deveria ser concedida
em casos extremos, através do convênio e concedida fora do
convênio, nos demais processos, deixando o pagamento das custas
para o final da ação.
O convênio é dado para pessoas pobres e se exige delas que não
tenham bens como imóveis, carros, motos ou dinheiro em banco,
então portanto é concedido para pessoas que estão na pobreza.
Aqui não adianta disfarçar falando que com essa concessão de
advogado gratuito pago pelo convênio e concessão de bolsa família, a
pessoa saiu da pobreza. Na realidade a pessoa continua na pobreza
como antes, e só está recebendo ajutório do governo, porque
exatamente não saiu da pobreza.
Ou o Brasil para de disfarçar a pobreza que tem ou nós nunca
sairemos desta situação em que estamos.
Nós temos na realidade 50% da população abaixo da linha da
pobreza, 20% de pessoas pobres e o restante 25% de classe média, e
a classe rica 5% da população.
O que confirma essa situação é a manutenção desses programas
sociais.
O Brasil precisa de mais trabalho, menos festa e mais gente séria,
tanto elegendo políticos, quanto governando. Claro que existem
pessoas sérias no país, mas o que se vê, pelo resultado da eleição é
que grande parte de quem entra lá foi colocado, por eleitores que não
sabiam em quem estavam votando, ou mesmo não fizeram caso de
votar em políticos corruptos, ou ainda votaram em políticos incorretos
esperando algum favor.
Com isso vemos políticos que na maioria das vezes não querem saber
de nada, ao é o que se percebe, ao analisarmos o resultado das
votações.
A pergunta que deixo ao senhor, amigo leitor, é: Até quando vamos
continuar com estes erros? A pobreza muito alta e tem jornal, como vi
hoje preocupado se a cor da camisa da Seleção Brasileira em 2026
será amarela ou vermelha!! Ah faça-me o favor e trabalhem com temas
sérios!!!!!
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