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O CASO LEO LINS, O FASCISMO E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO
um artigo de Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos divulgação e dominio
público ( na ultima foto sessão do «Tribunale Speciale prer la difesa
dello Stato»
Jaboticabal, 5 de junho sde 2025
Prezados leitores do site crônica e
Arte é com muito estranheza que
fico sabendo da condenação do
humorista Léo Lins há 8 anos e
três meses de cárcere, acusado e
agora condenado por contar
piadas de um show. A sentença é
da Terceira Vara Federal do
Estado de São Paulo.
A pergunta que fica é a seguinte:
Onde está o país civilizado e a
democracia tanto apregoada por
autoridades em vários níveis de poder. A democracia não é só uma
questão de voto, partidos livres, é uma questão também de liberdade
individual e, principalmente liberdade de expressão de pensamento.
Alegar que a liberdade de expressão de pensamento tem limites, não dá
direito ao Estado Nação de
encarcerar alguém.
O limite da liberdade de
expressão, está na
possibilidade de algum
ofendido, por alguma ideia
expressa ter direito de
reparação se foi realmente
ofendidas e assim ficar
provado. Também seria vetado
fazer apologia ao fascismo ou
nazismo, por exemplo, mas,
uma atividade artisica de contar
piadas, paasa bem longe disto.
Mais um Estado uma Nação condenar ao cárcere uma pessoa que
expressou o seu pensamento é praticamente voltar ao fascismo
mussoliniano que vigorou na Itália de 1921 a 1943, onde o «Tribunale
Speciale prer la difesa dello Stato» julgava casos de expressao de
pensamento e atos que ferissem o fascismo. Pasmem senhores, a
liberdade de expressão de pensamento de Léo Lins não foi para
denegrir alguém
especificamente, ou mesmo
pregar a instauração de um
regime de arbítrio.
Ele usou a sua liberdade de
expressão de pensamento,
para contar piadas. É
lamentável ver um país, que,
não se espanta com a
corrupção, que não se espanta com o roubo desregrado no INSS, (e
assim eu posso falar porque além da notícia do roubo do INSS não
houve indignação alguma por parte de muitas autoridades), punir quem
conta piadas.
Além de punir a liberdade de
expressão de pensamento e
Leo Lins, proibiu-se a sua
atividade, porque ele contava
piadas não em um boteco
bebendo cachaça, mas em
um show exercendo a sua
atividade como artista.
Se seguimos o mesmo
princípio desta sentença, é
melhor que a polícia comece a passar de bar em bar, em finais de
semana, para prender todos os bêbados que com boca de whisky, de
cerveja de pinga contam piada.
Isso não é nem mesmo politicamente correto, pois não há politicamente
correta que impeça alguém de trabalhar e um artista de fazer humor,
quando exerce sua profissão. Como eu disse antes, em história, o único
país onde eu me lembro que isso acontecia, era na Itália de Mussolini,
onde os artistas que não estivessem alinhados com o Partido Nacional
Fascista, no período que já falei antes, eram condenados e colocados
em uma prisão.
Os senhores antifascistas querem realmente caçar os fascistas? eu
acho que é melhor não procurar no meio do povo e começar a vasculhar
outros lugares. Eu por expressar o meu pensamento, neste caso, é
claro que eu estou arriscado a ser processado também, mas o mínimo
tem que ser falado não é possível ficar em silêncio diante de uma
decisão mussoliniana como esta, me desculpem senhores é só isso.
E aqui eu posso falar do regime de Mussolini, já que sendo italiano,
alem de brasileiro nato por opção, e tendo parentes, que tiveram que
lutar no exército de Mussolini, durante a Segunda Guerra Mundial, fui
pesquisar o que foram os 20 anos de governo de consenso de
Mussolini, e o que eu achei, foi
exatamente a influência que
esse governo fazia nas artes,
obrigando os artistas a
seguirem a linha do governo e
o pensamento do partido e,
qualquer coisa que ferisse a
moral partidária, a moral do
Estado de Mussolini, mesmo
que fosse uma notícia criminal
comum, ou a manifestação de
um artista que desagradasse
as linhas do fascismo, corria-se
o risco de ser condenado,
como aliás muitos foram na época.
Será que eu, depois de 36 anos de ter voltado ao Brasil, vejo agora, um
governo, e digo governo porque o judiciário faz parte do governo, que
se comporta como um período na Itália, que existiu entre 1921 e 1943, e
que hoje é abominado inclusive lá.
Será que a condenação de Léo Lins, é porque o nosso Código Penal e
Código de Processo Penal, são adaptações dos códigos de Mussolini, e
que até hoje não foram revistos? Em todo caso é inexplicável que no
século 21, um artista seja punido porque em um show exercia sua
função de contar piadas.
Oras a piada mesmo que com o cunho mais pesado do que o normal, é
uma fantasia, uma forma de arte, no caso de Leo Lins, que faz o público
rir, nada mais do que isso, mas o que dizer para autoridades que não
sabem o que é realmente uma liberdade de expressão? Para
autoridades que ainda usam o método que já foi abolido na Itália em
1943.
em meu modo de pensar caberia até mesmo um procedimento do
Conselho Nacional da Magistratura, para averiguar a infiltração de
pensamento neofascista em casos como este no judiciário.
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