CRONICA E ARTE CNPJ nº 21.896.431/0001-58 NIRE: 35-8-1391912-5 email
cronicaearte@cronicaearte.com.br Rua São João, 869, 14882-010 Jaboticabal SP
O MERCADO CLANDESTINO DE BEBIDAS FALSIFICADAS E OS
RISCOS À SAÚDE NO INTERIOR PAULISTA - UM CRIME A SER
INVESTIGADO EM TODOS OS SEUS ASPECTOS
Um artigo de Mentore Conti Mtb 0080415 SP fotos Agência
Brasil
Jaboticabal, 3 de outubro de 2025
A prisão realizada
em outubro em
Santa Ernestina é
apenas um
capítulo de uma
série de operações
que têm marcado
a região de Monte
Alto e Jaboticabal
ao longo de 2025.
Em 29 de maio, um empresário de Monte Alto foi preso
acusado de liderar esquema que falsificava uísque, vodca e
gin. No dia seguinte, 30 de maio, uma fábrica clandestina foi
desmantelada na mesma cidade, resultando na apreensão de
mais de 160 garrafas já prontas para venda.
Esses episódios não são isolados. Um levantamento da
Fhoresp, (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado
de São Paulo) divulgado em abril de 2025, revelou que 36%
das bebidas comercializadas no Brasil são falsificadas, índice
9% maior que o registrado em 2023. O dado mostra não
apenas a dimensão do problema econômico, mas
principalmente a gravidade sanitária: bebidas adulteradas
frequentemente contêm solventes industriais, álcool de
procedência duvidosa e até metanol — substância que pode
causar cegueira e até a morte.
O funcionamento
dessas fábricas
clandestinas
segue um padrão
conhecido:
garrafas
recicladas de
marcas
importadas são
lavadas, reenchidas com misturas de álcool de cereal, açúcar
queimado e corantes, e recebem lacres e rótulos falsos
adquiridos em grandes centros como São Paulo. O produto
final, vendido por preços muito abaixo do mercado, circula em
bares de periferia, festas particulares e até mesmo em pontos
de venda aparentemente regulares.
O impacto econômico também é expressivo. A falsificação
drena arrecadação tributária, desvaloriza marcas tradicionais e
prejudica o setor formal de bares e restaurantes. Segundo a
própria Fhoresp, a falsificação já representa bilhões de reais
em prejuízo para a cadeia produtiva de bebidas no Brasil.
As autoridades de Monte Alto e Jaboticabal têm intensificado
as ações conjuntas da Polícia Civil, Polícia Rodoviária e
vigilância sanitária. A meta é desarticular não apenas os
distribuidores, mas também as fontes de fornecimento de
rótulos e embalagens, elementos essenciais para que a fraude
se sustente.
A questão ultrapassa a esfera policial e alcança o campo da
saúde pública. O consumo de bebidas adulteradas pode
provocar
intoxicações
severas,
internações
hospitalares e
até mortes,
como já
registrado em
casos anteriores
no estado de São
Paulo. A
conscientização da população, aliada ao fortalecimento da
fiscalização, aparece como o único caminho possível para
reduzir esse risco que mistura economia clandestina, saúde em
perigo e crime organizado.
É interessante que se investigue também e, acredito eu que isto
será investigado, se por trás destas falsificações criando
bebidas em substancias venenosas, não estão, maus executivos,
empresários, de grandes corporações, tentando desacreditar
engenhos, destilarias de bebidas artesanais, que ocupam o
espaço, legalmente, de grandes empresas do ramo de produção
de bebidas (empresas artesanais estas, que com todo este
escandalo sofrerão em certa medida descredito em seus
produtos).
Chega a ser muito estranho que alguém que queira sonegar
impostos, crie bebidas que envenenam.
Esta não é uma hipótese a ser descartada, e que, acredito que
será investigada, como disse acima, pois com o fim de
engenhos e destilarias de bebidas artesanais como cervejas etc,
legalizadas, sobraram somente as corporações, muitas vezes
multinacionais, psara suprir o mercado.
Oras se o intuito é a sonegação, ele tem que vender e não
matar, envenenando quem bebe a bebida falsificada. O crime é
a contrafação (no Brasil chamado também de pirataria) e não
de criar o pânico com o homicídio de quem ingere a bebida
feita em contrafação.
Para facilitar a leitura use o celular na hotizontal