A ORDEM DE UM JUIZ NA ROÇAUma crônica de Mentore Conti - fotos EBCJaboticabal, 31 de agosto de 2024“esta é uma obra de ficção e portanto qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência” --- oh vois mice mi diz uma coisa.... falou um homem que se esgueirava em uma parede do bar... já havia bebido três ou quatro doses de pinga e seus olhos fixos, mas sonolentos de cachaça, faziam força para se manterem atentos ao interlocutor. Ao ouvir zé do mé, puxar conversa com ele, Alfredo Mucciolo, prestou atenção, parta tentar entender o que queria dizer aquela figura insólita.Zé do mé então continuou e perguntou que conversa era aquela que o juiz da cidade proibira as conversas na praça, onde se falava de tudo, onde as pessoas até exageravam para dar importância ao que ao que se falava.---Mas escuita... eu que repassei uma fofoca que ouvi... vou ser multado quinem falaro???Alfredo Mucciolo tentava explicar em termos mais simples, que na realidade havia uma disputa entre o Apoio Cultural:farmacêutico local e o juiz, que era novo na cidade e queria se impor, e que ia punir o farmacêutico, que gostava de estar na praça com os amigos, de conversar ali e, para tanto, proibindo as rodinhas de pessoas que se encontravam em público, era uma mneira de punir seu adversário.--- mais pra que? Num era mais fácil vir tomar uma pinga co’a gente???!!!--- meu caro zé, disse Alfredo- esta gente não se mistura, e, muitas vezes quando assumem um cargo se acham o dono do mundo...Zé do mé, que já bebera duas doses a mais e já se escorava no balcão, pois chegara no bar já depois de beber na casa de um conhecido disse:--- intão é como alguém que sobi numa caixa de forsfo - disse soluçando de bêbado- e faiz um discurso?Na realidade nosso personagem, bêbado que fosse, não entendia, como a vaidade pode alterar alguém, e criar um orgulhoso sem motivo. Na cabeça de nosso personagem, só um bobo, um idiota, era capaz de Apoio Cultural:provocar tanta briga por nada.Zé do mé enquanto pensava desta maneira, com a língua entolada de pinga, lembrou-se do funeral de seu pai. Ele que não podia andar muito pegou carona no carrinho funerário, que levava seu pai do velório à sepultura, e ainda se lembrava da cena. Enquanto o cariinho funerário motorizado ia conduzindo o cortejo, Zé do mé, olhava as vezes e via a ponta do caixão.Este trecho, apesar dos anos que tinham passado, não lhe saia da cabeça. Que adiantara tanta briga, tanta luta, se naquele caixão, do qual ele fia apenas um ponta, de onde estava sentado, estava seu pai. E pensar que o único beijo que dera no seu pai, que era fechado, ele deu, momentos antes de fecharem a urna funerária. --- se esti juiz subesse o quanto é inútil tanta briga e tantu rançu ele era mais carmo!! Disse zé do mé preferiu pegar sua bebedeira e sentar em uma cadeira do bar em um canto, com suas lembranças e seus ais, já que ninguém o entenderia.A inutilidade da arrogância do juiz e a virulência do farmacêutico a reagir a proibição, que Zé sabia em sua consciência serem atos inúteis, ficaria apenas em sua mente, inundada de aguardente e em silêncio. Quem ouviria um bêbado? Zé com sua roupa lustrosa de tanto ensebada, sabia que os atos dos dois briguentos era mais imundo que sua vestimenta e que ia atrasar a vida de toda uma cidade.Mas ele era um bêbado e tinha consciência disto. Um bêbado, somente um bêbado, encostado em uma parede de bar... ...e nada mais.
fotos Foto de Francesco Ungaro, Foto de MING-CHENG WU//Pexels